Projeto identifica riscos de incêndio em residências

Trabalho desenvolvido no Bateas e no Volta Grande orienta moradores a como evitar acidentes com gás de cozinha

O Corpo de Bombeiros de Brusque entregou na última semana os dados do projeto Alerta Vermelho no Centro Universitário (Unifebe). O trabalho tem o propósito de vistoriar residências para orientar moradores e, assim, prevenir acidentes e incêndios. Ele foi promovido por bombeiros militares e comunitários da corporação, além de alunos da universidade. As visitações ocorreram em 197 casas nos bairros Volta Grande e Bateas.

De acordo com o tenente Hugo Manfrin Dalossi, comandante da 3ª Companhia de Bombeiros Militar de Brusque, o objetivo é orientar moradores de bairros mais afastados da área central sobre a importância de manter o botijão de gás do lado de fora da residência, a evitar cortinas e a mangueira de gás muito próximas ao fogão e outros problemas que podem ocasionar acidentes.

O trabalho acontece todos os semestres com alunos de diversos cursos da Unifebe. Nos últimos dois anos, as vistorias foram feitas nos bairros Santa Luzia e Beco Pavesi. As visitações deste semestre começaram no dia 23 de maio. O programa tem 20 horas/aula e os estudantes são divididos em duplas durante as vistorias. Antes de iniciar o programa, eles passaram por um curso, onde receberam orientações para serem repassadas aos moradores.

Durante seis encontros, que aconteceram aos sábados, quatro bombeiros comunitários e dez acadêmicos visitaram as residências e fizeram 22 perguntas aos moradores. Entre as edificações vistoriadas, 66% eram de alvenaria, 19% mistas e 15% de madeira.
54% dos entrevistados alegaram que não sabiam utilizar um extintor de incêndio
– Basicamente, para utilizar o equipamento é preciso retirar o pino de segurança, empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. Mas antes de utilizar o extintor, deve-se observar o foco do incêndio.
Existem cinco classes principais de extintores de incêndio, cada uma delas é destinado a algum tipo de material.
57% não saberiam resolver um vazamento de gás de cozinha
– Ao perceber cheiro de gás de cozinha, passe uma esponja com água e sabão sobre a conexão válvula/regulador de pressão. Se houver vazamento, aparecerão bolhas. Em seguida, feche a alavanca do regulador, abra portas e janelas da casa, não ligue tomadas, eletrodomésticos ou produza qualquer fonte de calor. Se o botijão estiver vazando e você não puder conter, leve-o para um local arejado para que o gás se disperse no ambiente.
Entre em contato com a assistência técnica do seu fornecedor de gás e, em casos mais graves, com o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
Em 48% das residências a instalação do gás havia sido feita de forma inadequada
Em 53% dos casos o botijão não estava instalado do lado de fora das casas
– O ideal é deixar o botijão do lado de fora da cozinha, em local arejado, coberto e protegido do mau tempo. A mangueira jamais deve ficar atrás do fogão. Se for necessário alterar a posição de entrada de gás, chame profissionais credenciados pelo fabricante do fogão.
A orientação é que ele sempre em locais ventilados, para facilitar a dispersão do gás em caso de vazamento, e nunca fique em compartimentos fechados, como armários, gabinetes, vãos de escada e porões.
A segurança das edificações também foram avaliadas pelos alunos durante a vistoria. Segundo o tenente Manfrin, a análise é feita levando em conta tanto a instalação do gás na residência, quanto a fiação elétrica. Para fazer isso, os estudantes tiveram a orientação do Corpo de Bombeiros, durante um curso realizado antes do início das vistorias.
Em 3,5% das casas, a segurança da edificação era deficiente, em 62% tem instalações regulares e 34,5% tem um boa segurança.