Projeto para produção de cerveja une teoria à prática na Unifebe
Alunos do curso de Engenharia Química produziram cerveja para disciplina de Introdução à Engenharia Química
Os estudantes do primeiro semestre de Engenharia Química da Unifebe tiveram a oportunidade de, logo no começo do curso, unir a prática à teoria. Eles participaram do desafio The Best Beer, trabalho desenvolvido na disciplina de Introdução à Engenharia Química.
Como forma de estimular os estudantes que recém entraram na faculdade, a professora Rafaela Bohaczuk Venturelli Knop e a coordenadora do curso, Daniele Vasconcellos de Oliveira, propuseram aos alunos o desafio de produzir uma cerveja artesanalmente.
A turma foi dividida em três grupos, mas todos participaram ativamente do processo de produção. O trabalho foi desenvolvido ao longo do semestre e culminou na aprovação por parte de uma banca de notáveis na semana passada.
Daniele conta que o desafio proposto na disciplina de Introdução à Engenharia Química é uma tradição. A cada semestre, é escolhida uma tarefa para que os alunos cumpram durante o período de aulas.
Neste ano, a produção cervejeira – em alta no mercado e algo historicamente ligado à região – foi escolhida. A Zehn Bier foi parceira do The Best Beer e forneceu insumos para os trabalhos. E os acadêmicos visitaram a cervejaria.
Os três grupos receberam a mesma receita: de uma cerveja Blond Ale. Cada um, seguiu-a da melhor forma. No entanto, os resultados acabaram saindo diferente.
O resultado foi bastante positivo, comenta a coordenadora do curso. A banca avaliadora, composta por gente que conhece do ramo, elogiou os trabalhos. As receitas seguiram todos parâmetros de qualidade de uma cerveja.
Ela ressalta que os estudantes aprendem outros conceitos químicos durante o semestre, paralelo ao desafio. “Um dos objetivos do curso é fazer com que o acadêmico não tenha só teoria, mas também a prática”, afirma Daniele.
Segundo a coordenadora, uma característica da Unifebe é que os cursos unem prática à teoria, para quebrar o paradigma de que o acadêmico só “colocará a mão na massa” na metade final da faculdade.
Mercado em expansão
Francisco Maximo Striolli Junior participou de um dos grupos e teve um motivo em especial para se dedicar ao trabalho. Ele já é um produtor caseiro de cerveja. Como já tem experiência, ele auxiliou também os demais colegas.
“Foi uma experiência bem legal, pessoalmente e para os grupos”, diz Striolli Junior. Para ele, a iniciativa da coordenadora e da professora é interessante porque já mostra um mercado em expansão.
O acadêmico e cervejeiro artesanal conta que a maioria das pessoas, na região, que se dedicam à cerveja artesanal não são químicos, mas profissionais de outras áreas. Por isso, para ele, trata-se de um mercado a ser explorado.
Teoria e prática
A acadêmica Cíntia Merisio Pedrini também participou do The Best Beer e destaca a possibilidade de poder praticar os ensinamentos desde o começo. “Foi uma experiência única, porque já aprendemos a ver um pouco do nosso futuro”, diz.
Cíntia conta que o processo de produção foi longo, mas com auxílio da professora e de Striolli Junior, todos os grupos atingiram o nível satisfatório, motivo de orgulho para a jovem.