Projeto para transformar Villa Renaux em parque cultural é apresentado em Brusque

Arquiteta que desenvolveu o projeto a pedido do herdeiro de Maria Luiza Renaux fez a apresentação nesta segunda-feira

Projeto para transformar Villa Renaux em parque cultural é apresentado em Brusque

Arquiteta que desenvolveu o projeto a pedido do herdeiro de Maria Luiza Renaux fez a apresentação nesta segunda-feira

Transformar a Villa Renaux em um parque cultural. Este é o projeto que Vitor Renaux Hering, trineto do cônsul Carlos Renaux, tem para a antiga propriedade que fica na avenida Primeiro de Maio, no bairro de mesmo nome, em Brusque. O projeto, desenvolvido pela arquiteta Rosália Wal, foi apresentado nesta segunda-feira, 21.

A Villa Renaux está em processo de usucapião desde dezembro de 2011, em uma ação aberta pela mãe de Hering, a historiadora Maria Luiza Renaux, a Bia, que faleceu em 2017. Apesar das incertezas, o trineto do cônsul segue com a intenção de preservar o casarão.

Hering diz que transformar a Villa Renaux em um parque cultural não é um projeto apenas para caso ele vença a ação judicial. “Eu espero que o projeto prevaleça independente do resultado jurídico”.

A arquiteta Rosália, que é especialista em restauração de bens imóveis e áreas culturais, diz que o projeto prevê a preservação e a restauração dos aspectos arquitetônicos e históricos da propriedade.

A área, que tem mais de 50 mil metros quadrados, terá na parte externa o parque, uma área de contemplação e um espaço para eventos. O bloco frontal do casarão terá um museu de três pavimentos, que deve ter áreas fixas e outras mais restritas, visando a conservação dos ambientes, uma área de eventos interna e uma sala de projeção.

No bloco posterior da casa, o projeto prevê a inclusão de uma recepção, sala de projeção, área administrativa e área de pesquisa. Na propriedade ainda deve ter uma casa para o caseiro, uma área de serviços e estacionamento para carro e ônibus.

Para que a Villa Renaux possa receber visitantes, o projeto inclui intervenções como banheiros adaptados e com rampa de acesso, nova escada e nova edificação para os serviços.

Além disso, há intervenções removíveis, como uma cobertura sobre o pátio circular que fica na parte de frente do casarão, e outra para o viveiro de mudas onde antigamente ficava o orquidário. Também haverá bancos e mesas com guarda-sol.

A arquiteta explica que o casarão será impermeabilizado, por conta da umidade. Também haverá uma mudança no armazenamento de água da propriedade. O projeto ainda prevê a manutenção dos móveis que estão na residência.

Hering diz que algumas mudanças já podem ser feitas, como a inclusão de uma caixa d’água. Os demais elementos do projeto dependem de recursos que ainda não estão definidos. Depende do acerto das questões judiciais e também do tombamento definitivo da Villa Renaux, que ainda está em aberto e deve ter um fim no ano que vem.

Relembre o caso

O trineto do Cônsul Carlos Renaux deu continuidade ao processo de usucapião aberto pela mãe em 2012. Ela morou na casa durante muitos anos e moveu ação contra a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, sob o argumento de que cuidou da casa como se fosse proprietária.

A massa falida da empresa foi comprada em 2017 pela Challenger Fundo de Investimento, de propriedade da Havan.

Em matéria publicada em setembro deste ano, o jornal O Município noticiou que os advogados do Challenger Fundo de Investimento criticam o posicionamento de Vitor em continuar com o processo aberto pela mãe. Eles afirmam que Maria Luiza viveu na propriedade sem nenhum tipo de pagamento à empresa, mesmo quando a fábrica já estava passando por dificuldades financeiras. Ainda segundo os advogados, consta no processo que ela recebeu uma herança milionária.

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