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Projeto ‘Proteja uma Criança’ volta a ser realizado presencialmente em Brusque; saiba como funciona

Realizado pela Dpcami, projeto tem como objetivo prevenir a violência sexual infantil com oficinas lúdicas para crianças

Criado com o objetivo de prevenir a violência sexual infantil, o projeto ‘Proteja uma Criança’ retorna neste ano com atividades presenciais, após dois anos de paralisação devido à pandemia da Covid-19.

O projeto, que é desenvolvido pelas psicólogas policiais Aline Pozzolo Batista e Cristina Maria Weber, nas Delegacias de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami) de Brusque e Joinville, visa, por meio de oficinas educativas e lúdicas, ensinar as crianças a reconhecer uma situação de abuso e denunciar.

“O principal objetivo é formar na criança o que chamamos de eixo de prevenção: reconhecer, reagir e relatar. A ideia é que a criança saia sabendo reconhecer uma situação de risco, como se proteger e relatar para um adulto de confiança”, explica Aline.

O ‘Proteja uma Criança’ foi criado em 2019, com a oferta das oficinas presenciais para adultos e crianças, entretanto, com a pandemia em 2020, as atividades tiveram que ser paralisadas e migraram para as redes sociais. No Instagram, por meio do perfil @protejaumacrianca, as psicólogas continuaram publicando materiais sobre o tema, com o objetivo de continuar o projeto, mesmo de uma forma diferente da que foi idealizado.

Com a redução nos casos de Covid-19, o projeto retornará no segundo semestre em Brusque, com as oficinas realizadas entre julho e agosto.

São duas oficinas diferentes. A primeira voltada para adultos leigos, que se interessam em ser multiplicadores do tema, e assim, auxiliar na prevenção de casos de abuso sexual infantil. São três encontros no total, em que são abordados diferentes aspectos sobre o tema.

Já as oficinas voltadas para as crianças são bastante lúdicas, com contação de histórias, brincadeiras e atividades que entram no tema de uma forma leve e de fácil entendimento. Os encontros são voltados para crianças de 5 a 10 anos. O primeiro é voltado para os pais e dois são realizados somente com as crianças.

“Muitas pessoas podem pensar, mas por que para crianças tão novas? Justamente porque a faixa etária que mais acontecem os abusos é entre 5 e 9 anos. Não dá para esperar essas crianças ficarem mais velhas para fazer o trabalho de prevenção, temos que começar desde cedo”, diz.

A psicóloga policial destaca ainda que o abuso sexual infantil está mais presente do que se imagina, por isso a importância de trabalhar a prevenção desde cedo.

“As estatísticas nos mostram que uma a cada quatro meninas, e um a cada seis meninos vivem alguma situação de violência sexual durante a infância. Metade desses casos são praticados por familiares ou pessoas próximas, por isso, é fundamental que as crianças saibam perceber facilmente quando há alguma situação de abuso”.

O local onde as oficinas tanto para os adultos, quanto para as crianças serão realizadas, serão definidas posteriormente. As inscrições para participar serão feitas de forma on-line, por meio do perfil @protejaumacrianca no Instagram. Mais informações também podem ser obtidas pelo e-mail protejaumacrianca@gmail.com

Maio laranja

O mês de maio é conhecido como Maio Laranja com a campanha de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Essa campanha foi criada com o objetivo de reforçar as ações de combate e conscientização. 

Nesta quarta-feira, 18, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à EXploração Sexual de Crianças e Adolescentes, data criada pela lei 9.970/2000, em memória da menina Araceli Crespo, 8 anos, que foi sequestrada, violentada e assassinada em 18 de maio de 1973.

Denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, de forma anônima, ou pelo telefone da Dpcami de Brusque: (47) 3251-8303.