Projeto social brusquense que ensina boxe a jovens busca apoio para atender demanda

Atletas buscam espaço na luta que já revelou ídolos nacionais

Projeto social brusquense que ensina boxe a jovens busca apoio para atender demanda

Atletas buscam espaço na luta que já revelou ídolos nacionais

Cerca de 25 jovens praticam o boxe gratuitamente na rua Azambuja graças a um projeto social idealizado há cerca de um ano. De forma gratuita, as crianças – grande parte delas carentes – aprendem o esporte que já revelou muitos ídolos no Brasil, como Robson Conceição, medalhista de ouro na Olimpíada Rio 2016.

Proporcionar em Brusque as mesmas oportunidades que o campeão de origem humilde teve em sua vida é o objetivo dos instrutores Jefferson de Goes e Alessandro Peixer, mas eles têm encontrando dificuldades nessa missão. Sem patrocinadores ou auxílio do poder público, tirando dinheiro do próprio bolso, a dupla trava uma luta fora dos ringues: a busca por apoiadores.

Portas que se fecham

O projeto nasceu do sonho dos boxeadores em fazer com que o esporte o qual são especialistas pudesse mudar também a vida das crianças.

Mas conseguir alguém que apoie o projeto não é tarefa fácil, segundo Goes. “A gente tenta mas não dá certo, e é um desgaste grande, tanto de tempo quanto de dinheiro”. Ele explica que em 2016 procurou auxílio da Fundação Municipal de Esportes (FME), mas foi recomendado que ele criasse uma associação legalizada.

Hoje, a Associação Brusquense de Boxe (ABB) está regularizada e pronta pra captar recursos, mas ainda não recebe repasses. “Seria interessante porque é um trabalho feito para a sociedade. Estamos tirando a molecada da rua”, afirma. Pelo trabalho realizado com os jovens, o projeto de Goes e Peixer recebeu a Comenda do Mérito Esportivo em 2016.

Busca de estrutura

Atualmente, a associação é bancada pela dupla de professores. Gastos com aluguel do espaço – uma sala comercial na rua Azambuja -, os equipamentos, luvas dos atletas, além de diversas outras despesas saem do bolso deles. Mas como a procura pelo boxe vem aumentando, a situação vai ficando cada vez mais insustentável.

“Queremos um ringue, que ainda não temos, e também pensamos em estender nosso projeto para inclusão social com deficientes físicos, mas tudo isso depende da ajuda que vamos ter, pois a aparelhagem tem que ser adaptada para esse público” diz Goes.

Mesmo sem o necessário apoio, Goes vê um futuro melhor para o projeto e um ano com surpresas. “Conversei com os vereadores Marcos Deichmann, Leonardo Schmitz e Jean Pirola e todos se comprometeram a nos ajudar”. O instrutor aproveitou para agradecer também ao ex-vereador Alessandro Simas, que, segundo ele, ajudou no início do projeto.

Aos interessados em participar das aulas de boxe, o local de treinos é na rua Azambuja em sala comercial em cima da Fruteira do Cid. Os dias de treino são de segunda a quinta-feira, das 20h às 21h.

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