Projetos iniciados: prefeito de Brusque faz balanço da gestão em 2022 e adianta ações para 2023

Ari Vequi comemora ações realizadas durante o ano e reforça projetos a serem realizados nos próximos meses

Projetos iniciados: prefeito de Brusque faz balanço da gestão em 2022 e adianta ações para 2023

Ari Vequi comemora ações realizadas durante o ano e reforça projetos a serem realizados nos próximos meses

Com a chegada do fim do ano, o Executivo brusquense avalia o trabalho realizado durante 2022 e já projeta as ações para 2023. Em entrevista concedida ao jornal O Município na semana passada, o prefeito de Brusque, Ari Vequi, comenta sobre as obras realizadas e adianta os planos para o município.

Ari inicia destacando o esforço da gestão em melhorar a infraestrutura de Brusque. Em 2021, por exemplo, foi feito um trabalho de programação de infraestrutura, com busca de recursos com a União e o Estado, além de financiamentos.

“Para poder dar uma nova versão para Brusque de desenvolvimento e melhorar o acesso de regiões, como o bairro Limeira e Dom Joaquim. Esses investimentos fazem com que as regiões se desenvolvam, com geração de emprego, renda, impostos e recursos, para que a cidade cresça, mas com qualidade de vida e dos serviços prestados”, conta.

Em 2021, inclusive, a cidade enfrentou problemas estruturais em cinco pontes do município, sendo que muitas foram interditadas e outras reconstruídas. Neste sentido, Ari comenta sobre a construção de uma ponte nova no Dom Joaquim, na rua DJ 003, com investimento de R$ 2 milhões, que já ocorre neste ano.

“Todas as pontes interditadas já voltaram a funcionar, uma ponte pequena no Dom Joaquim está em construção. Uma ponte nova, que tinha o compromisso desde 2013”, detalha.

Já em 2022, Ari avalia que foi um ano para colocar os planos em prática. Neste sentido, o prefeito comenta sobre os empréstimos do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal, que resultaram em duas grandes obras: a ponte do Centro, prevista para ser entregue em agosto de 2023, e o início do complexo da Beira Rio Dom Joaquim, com canal extravasor, calçadas e ciclovias.

“A ponte do Centro estava no Fonplata [Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata] no governo passado, quando a Câmara rejeitou, era uma obra que já naquela época era de mais de R$ 3 milhões. Essa obra é muito melhor, pois ela está fora da cota de enchente, um metro acima. É uma ponte alta e vai ser a maior em extensão em Brusque, com quase 300 metros, com investimento de R$ 23 milhões”, continua.

A ponte ligará o Centro de Brusque à rodovia Antônio Heil, considerado o principal acesso do município. Ari observa que a estrutura auxiliará a movimentação até a região central, com acessos às principais vias da cidade. “Essa ponte servirá para isso, também para desafogar a saída do Centro”, diz.

Beira Rio Dom Joaquim

O prefeito reforça que a Beira Rio Dom Joaquim é feita no modelo da obra Beira Rio margem esquerda. Ele revela que, apenas em indenizações, foram pagos R$ 2 milhões para o uso de dois grandes terrenos, localizados no caminho em direção onde é construída uma ponte, com investimento de R$ 10 milhões.

“Neste momento estão fazendo a fundação. Para chegar lá estamos licitando o acesso, são R$ 4 milhões em terraplanagem e troca de solo, para garantir a base da obra, do Instituto Federal Catarinense em direção ao Rio Branco”, explica.

A ponte em questão ligará os bairros Jardim Maluche, Rio Branco e Guarani. Além disso, também será usada a rua Orides Schwartz para dar acesso ao Guarani. Segundo o prefeito, o trecho deve ser liberado até o final de 2023 ou início de 2024, a depender da liberação do Fonplata.

Ainda, o prefeito comenta que o município está em processo de execução do projeto da obra da Apae até a ponte Alois Petermann, que liga as comunidades do Rio Branco e Dom Joaquim. A expectativa é que o projeto executivo completo seja entregue até o final de janeiro de 2023 pela empresa vencedora, no valor de R$ 250 mil. O valor total de investimentos da obra é previsto para R$ 40 milhões.

“Não temos esse dinheiro, pois estamos dentro do Fonplata, que não está definido. Conversei com o Banco Central, porque estamos neste ano tentando tirar o Fonplata de dentro do Ministério da Economia para encaminhar ao Senado. O senador Esperidião Amin tem me ajudado para que possamos pegar esse recurso de 30 milhões de dólares, mais 7,5 milhões de dólares do governo municipal, algo próximo de R$ 200 milhões de investimento”, continua.

Recursos do Fonplata

Conforme Ari, a primeira obra a ser licitada é a da ETA da Cristalina, que já conta com a terraplanagem feita. Portanto, o terreno está pronto, assim como o projeto feito.

“Acredito que ao assinar o contrato, no início do ano que vem, eu lanço já a licitação da Cristalina, que é a maior obra física da história de Brusque. Serão mais de R$ 80 milhões de investimento, uma ETA para produzir 400 litros de água por segundo, o que garantirá água potável para a cidade por mais 50 anos”, adianta.

Dentro do empréstimo, também há o novo acesso do bairro Limeira, que ainda é preciso fazer um projeto. A ideia é a ligação passar por trás da padaria Sodepan até a igreja da Limeira Baixa e, então, ligar a rodovia Antônio Heil ao bairro. “Isso resolveria o problema de ter uma área industrial, então poderíamos ter um novo distrito industrial para o desenvolvimento, pois é mais perto do porto de Itajaí e aeroporto”, conta.

Também, Ari aponta que existem outras obras de drenagem a serem realizadas na cidade. Assim, com o Fonplata assinado, essas obras serão encaminhadas e iniciadas ainda no primeiro semestre de 2023, com recurso para início e fim.

Programa de pavimentação

De acordo com a prefeitura, seis ruas receberam obras de drenagem e pavimentação pelo programa de parceria comunitária anterior, e outras duas estão em fase de conclusão. Já pelo novo modelo de parceria, cinco ruas foram contempladas e finalizadas neste ano.

O programa deve virar um fundo específico dentro da Prefeitura de Brusque, segundo Ari Vequi.

“Graças a muita discussão com a Câmara, conseguimos fazer um programa de pavimentação comunitária fechado, seguro, o dinheiro vai para uma conta só. Antes, muitas ruas entraram na Justiça para ganhar a pavimentação que já haviam sido pagas. O novo programa é transparente, com edital, e informações. Tudo isso deve intensificar muito no ano que vem”, diz.

Revitalização na Antônio Heil

Outra grande obra é a de recuperação e revitalização do trecho urbano da rodovia Antônio Heil. Segundo o prefeito, o governo do estado já pagou R$ 7,3 milhões e, até março de 2023, a primeira etapa da obra deve ser finalizada da ponte próxima a Uvel até a Stop Shop e Fip com as duas alças de retorno, para desafogar a entrada para a Limeira, próximo a Aradefe.

“Esse recurso já está em caixa e deve acontecer. O estado deve mais uma parcela desta obra, que totaliza R$ 11 milhões. Se pagar neste ano, teremos caixa para iniciarmos o trecho 3, próximo ao Mont Serrat até a praça Vicente Só, pois o Trecho 2, perto das lojas até a entrada do Nova Brasília, é muito procurado na temporada de Verão pelo comércio. Combinamos com os empresários e vamos pular essa etapa, que deve ser feita após março. São R$ 23 milhões de obra”, ressalta.

Educação

Neste ano, na educação, foram 15 mil alunos atendidos, em 61 unidades escolares do município. Vinte escolas foram reformadas e outros dois centros de educação infantil foram inaugurados, ampliando o número de vagas na educação infantil. Além disso, a secretaria comprou 70 vagas em instituições de ensino privadas.

“Foi um ano muito forte de investimento em tecnologia e inovação para a área da educação, com premiações. Vamos continuar investindo, vamos inaugurar duas creches, até o início do ano a Emma II, com mais de 200 alunos, e devemos construir mais uma próximo a [escola] Augusta Dutra de Souza, na Limeira”, adianta.

Saúde

Na Secretaria de Saúde, de acordo com a prefeitura, foram investidos mais de R$ 150 milhões e atendidas mais de 130 mil pessoas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Só para o Hospital Azambuja, a prefeitura destinou R$ 39,2 milhões neste ano. Já para o Hospital Dom Joaquim, o total repassado em 2022 foi de R$ 10,1 milhões.

“No Dom Joaquim foram 54 mil atendimentos. Se não tivesse com as portas abertas, iriam todos para o Azambuja. Mesmo com dificuldades, ganhamos muito”, avalia o prefeito.

Ainda de acordo com o balanço divulgado pela prefeitura, em 2022 foram realizadas 3.036 cirurgias em diversas especialidades, além disso, foram 249.862 consultas médicas e outros 226.695 atendimentos odontológicos pelo SUS, e mais de 22,8 milhões de medicamentos distribuídos ao longo do ano.