Promotor titular do caso do menino Bernardo Boldrini é brusquense
Bruno Bonamente pediu a condenação dos envolvidos na morte do menino durante o julgamento que terminou nesta sexta-feira
Bruno Bonamente pediu a condenação dos envolvidos na morte do menino durante o julgamento que terminou nesta sexta-feira
O promotor titular do caso Bernardo Boldrini – morto em 2014 após uma superdosagem de medicamento dado pela madrasta – é brusquense e se formou em Direito no Centro Universitário de Brusque (Unifebe).
Bruno Bonamente atuou no julgamento que culminou com a condenação da madrasta, Graciele Ugulini; do pai, Leandro Boldrini; Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, e Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia.
O julgamento iniciou na segunda-feira, 11, e terminou no fim da tarde de sexta-feira, 15, no Fórum de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul.
Durante o julgamento, o brusquense pediu para que os jurados fizessem justiça.
“Bernardo não grita mais por socorro. Ele foi silenciado. Tenho certeza que hoje Bernardo grita por justiça, justiça! É isso que ele quer. E só vocês podem fazer justiça. Pedimos condenação em pena máxima”, disse Bonamente no último dia de julgamento.
Bonamente atua na comarca de Três Passos desde 2014. O caso Bernardo deve ser um dos últimos nesta comarca, já que a partir de abril, o brusquense inicia na comarca de Marau, também no Rio Grande do Sul.
Bruno Bonamente teve seu primeiro contato profissional na área já no início da faculdade, como estagiário voluntário no Poder Judiciário. Meses depois, foi aprovado como estagiário no Ministério Público, órgão em que permaneceu até o final da faculdade. Ele também trabalhou como assistente de promotoria de Justiça.
Em 2011, foi aprovado em um concurso de técnico judiciário e em 2013 assumiu o cargo de chefe de cartório da vara da família e infância e juventude da comarca de Brusque, onde atuou até assumir a Promotoria de Justiça de Três Passos.
A sentença
Após 50 horas de julgamento, a juíza Sucilene Engler Werle proferiu a sentença, por volta das 19h de sexta-feira.
Graciele Ugulini, a madrasta foi condenada a 34 anos e sete meses de reclusão; o pai, Leandro Boldrini, recebeu 33 anos e oito meses de prisão. Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, foi condenada a 22 anos e 10 meses e seu irmão, Evandro Wirganovicz a nove anos e seis meses em regime semiaberto.
Ao fim do julgamento, Bonamente e os outros dois promotores que atuaram no caso foram aplaudidos por centenas de pessoas que se aglomeravam em frente ao fórum e acompanharam os últimos momentos do júri.
O caso
Bernardo Boldrini desapareceu no dia 4 de abril de 2014. Ele foi encontrado morto 10 dias depois em uma cova às margens de um riacho. Laudos periciais atestaram a presença de Midazolam no estômago, rim e fígado do menino. A superdosagem do medicamento teria sido a causa da morte da criança.