Especial O Município
Promotora afirma que assassinato de Edinei foi orquestrado: “Ele jamais imaginou que morreria pelas mãos da própria esposa”
Susana Carnaúba afirmou que todos os sete acusados participaram ativamente do crime
Durante a primeira sessão do julgamento que apura o assassinato de Edinei da Maia, a promotora do Ministério Público de Santa Catarina, Susana Carnaúba, apresentou uma manifestação forte e emocionada ao tribunal.
Ela descreveu a vítima como um homem traído e morto de forma cruel por pessoas próximas — principalmente pela esposa, Elisa, e pelo ex-funcionário Júlio Cézar, apontados como mentores da execução.
Segundo a promotora, Edinei “jamais pensou que seria morto pela própria esposa”.
Em sua argumentação, Susana sustentou que Elisa mantinha comportamentos promíscuos e que teria visto no crime a “oportunidade perfeita” para se livrar do marido.
A promotora exibiu um vídeo de uma testemunha que recebeu Elisa em casa. Esta mulher teria relatado que Elisa pediu para que um amante dormisse no local, evidenciando uma rede de relacionamentos paralelos mantidos pela ré.
A acusação também apontou que Júlio, além de participar da execução do crime, teria voltado a procurar Elisa após o assassinato para intimidá-la e extorquir mais dinheiro.
“Ele chegou a marcar um encontro entre ela e Patrick, um dos executores, em um motel. Isso é o cúmulo. Ele não queria justiça, queria mais dinheiro”, acusou Susana.
A promotora afirmou que Júlio foi quem contratou Patrick para participar do plano e que Patrick, por sua vez, buscou outros comparsas para a ação criminosa. Em um vídeo apresentado ao júri, Patrick admite que tinha um caso com Elisa. Em outro trecho, ele relata:
“Júlio veio até a minha casa e perguntou quem poderia fazer um serviço para dar um susto em um cara. Eu dava ‘uns pega’ na Elisa, e sei que ele (Júlio) também ficava com ela, e o Edinei descobriu, por isso o demitiu. Foi aí que começou tudo”.
Para a promotoria, não há dúvidas sobre a responsabilidade de cada um dos réus.
“Convenhamos que Patrick não vai admitir que foi contratado para matar alguém. Os acusados jogam a culpa uns nos outros. Se dependesse do relato deles, ninguém teria morrido. Mas a verdade é que, meses depois da articulação, Edinei estava dentro de uma cova funda, amarrado. Tão funda que nem vivo ele sairia de lá”, afirmou.
Susana também rebateu a tese da defesa de que Júlio gravou provas contra Elisa para se proteger:
“Se ele gravou todas as ameaças dela, por que não procurou a polícia? Júlio não é vítima. Ele é o mentor ao lado de Elisa. Ele fez um teatro o tempo todo”.
Ela destacou ainda que Elisa sacou R$ 150 mil de um banco, valor que teria sido utilizado para pagar os executores do crime.
“Tem acusado aqui que participou por R$ 1 mil, R$ 2 mil. Isso vale uma vida?”, questionou aos jurados.
Em outro momento de sua fala, Susana pediu sensibilidade ao júri:
“Essas conversas que os réus dizem ter apagado são insignificantes diante das provas que temos. E ainda tiveram a coragem de dizer que Edinei estava calmo? Ele devia estar apavorado. Se coloquem no lugar dele”.
Para o Ministério Público, o crime foi planejado, executado em detalhes e com a colaboração ativa de todos os réus. A promotoria sustenta que a morte de Edinei não foi um acaso, mas uma execução calculada, e pede a condenação dos três réus que estão sendo julgados neste primeiro júri.
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