Pronto atendimento no Santa Terezinha deve iniciar no começo de 2023, projeta Secretaria de Saúde de Brusque
Objetivo é que espaço atenda por 12 horas
O espaço que seria destinado ao projeto de implementação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, no bairro Santa Terezinha, deve ter de fato uma finalidade em 2023. A Secretaria de Saúde de Brusque pretende transformar o espaço em um Pronto Atendimento (PA) de 12 horas e já tem autorização do Ministério da Saúde.
Segundo o secretário de Saúde, Osvaldo Quirino de Souza, o objetivo é que o espaço seja um braço do pronto-socorro. A secretaria projeta o início dos trabalhos a partir de março de 2023, mas ainda não há previsão exata. O andamento da obra e abertura terão que ser informados ao Ministério da Saúde.
Atualmente, convênios são realizados com os hospitais de Brusque. O responsável pela pasta detalha que a medida pode desafogar o atendimento em pronto-socorro no Hospital Azambuja, por exemplo.
A Secretaria de Saúde projeta que o PA tenha estrutura para atender pacientes graves, em que haverá ambulância atuando no transporte dos pacientes. Inclusive, uma das propostas é que uma ambulância da Prefeitura de Brusque auxilie na condução.
No PA, devem atuar um clínico-geral, um cirurgião, um ginecologista e um pediatra. “A expectativa é que seja realizado também um convênio com a Unifebe, para que os alunos possam fazer cirurgias menores no local”, afirma o secretário.
Além de ter como objetivo desafogar o pronto-socorro dos hospitais, a proposta é que o espaço atenda os moradores da região, incluindo aqueles que vivem nos bairros Santa Terezinha, Santa Rita, Limoeiro e outros.
O projeto precisava do aval do Ministério da Saúde. A concessão foi dada pela gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello. Conforme Osvaldo, a proposta já recebeu parecer favorável do Conselho Municipal de Saúde (Comusa) e ainda precisa ser aprovada na Câmara de Vereadores de Brusque.
Novela
Quando anunciada pelo governo do ex-prefeito Paulo Eccel, a promessa era de que a UPA 24 horas serviria para diminuir as filas nos hospitais, principalmente no Hospital Azambuja, já que o local teria estrutura para receber casos como pressão alta, febre, fraturas, cortes, infarto e derrame.
Com a saída de Paulo da prefeitura em 2015, a obra ficou inacabada. O governo do ex-prefeito Roberto Prudêncio cancelou a continuidade do projeto de instalação da unidade em Brusque.
Um dos argumentos do governo interino de Prudêncio na época era de que os custos de manutenção seriam de R$ 1,5 milhão mensais. O governo federal contribuiria somente com R$ 150 mil ao mês.
Os prefeitos seguintes após Paulo buscaram adequações junto ao governo federal. O modelo de UPA 24 horas foi criado no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Sendo assim, a obra foi construída com recursos da União.
O espaço nunca foi de fato utilizado. Em 2020, a prefeitura foi alvo de uma denúncia do ex-vereador Paulo Sestrem. A alegação era de que o espaço da UPA 24 horas constava em funcionamento no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes).
Posteriormente, o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) entendeu que não existiam as ilegalidades apontadas nas denúncias do vereador e o processo foi arquivado.
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