Propostas de redução dos salários de prefeito, vice e vereadores são rejeitadas na Câmara de Brusque
Com isso, vencimentos dos agentes públicos para o próximo mandato continuam os mesmos
Os vereadores rejeitaram na sessão virtual desta terça-feira, 23, emendas modificativas aos projetos que fixam os salários do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais e vereadores para o período de 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2024.
As emendas, apresentadas pelos vereadores Marcos Deichmann (Patriota) e Ivan Martins (DEM), reduziam os salários dos agentes públicos de Brusque.
A emenda de Deichmann sugeria que o salário do prefeito fosse reduzido para R$ 23 mil, dos vereadores para R$ 6,4 mil, do presidente da Câmara para R$ 11 mil, assim como do vice-prefeito e secretários municipais, também em R$ 11 mil.
Já a emenda de Martins estipulava o salário dos vereadores em R$ 2.886,24, do presidente da Câmara em R$ 3.897,88, do prefeito em R$ 20 mil e do vice-prefeito e secretários em R$ 10 mil.
As propostas de Deichmann foram rejeitadas por 10 votos a 4. Votaram contra os vereadores:
Jean Pirola (PP)
Celso Emydio (DEM)
Deivis da Silva (MDB)
Cleiton Bittelbrunn (DEM)
Ana Helena Boos (PP)
Joaquim Costa – Manico (MDB)
Leonardo Schmitz (DEM)
Rogério dos Santos (DEM)
José Zancanaro (Podemos)
Sebastião Lima (PL)
Votaram a favor da emenda:
Marcos Deichmann (Patriota)
Gerson Morelli – Keka (Podemos)
Claudemir Duarte – Tuta (PT)
Paulo Sestrem (Republicanos)
As emendas propostas por Ivan Martins foram rejeitadas por 13 votos a 1. Apenas Tuta votou favorável.
Com a rejeição das emendas, os projetos originais foram aprovados, mantendo os mesmos salários que os agentes públicos de Brusque recebem atualmente: R$ 30.068,39 para prefeito; R$ 14.578,62 para vice-prefeito; R$ 14.351,12 para secretários municipais; R$ 10.167,47 para vereadores e R$ 13.731,22 para presidente da Câmara.
Posicionamentos
Durante a sessão, Paulo Sestrem disse que entende que a redução dos salários dos agentes públicos “é razoável dentro do momento que vivemos no país, estado e cidade”.
Tuta afirmou que as reduções propostas são suficientes para manter o legislativo e o executivo funcionando. “A população clama por isso. Esse dinheiro que sobra, automaticamente, volta para a população”.
Sebastião Lima, por outro lado, se manifestou a favor da manutenção dos valores atuais “como forma de ser solidário com a sociedade que está fortemente abalada pela pandemia e fragilizada pelos efeitos das paralisações que afetam o sistema econômico”.
O vereador destacou que a votação é para definir os salários dos próximos mandatos, por isso, não considera a redução justa e responsável. “Vamos isolar interesses e vaidades e fazer valer o nosso senso do razoável, do adequado, do responsável”.
Celso Emydio seguiu a mesma linha do posicionamento de Lima. “Não nos cabe o direito de alterar o subsídio para baixo, porque a Câmara vem a três, quatro mandatos mantendo o salário sem qualquer ganho real. Manter os subsídios atuais é justo”.