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Proteção para quem?

Aprovado projeto que dispensa símbolo da transgenia em rótulos de produtos”, essa foi a matéria que li recentemente e adivinhem a minha reação…

Gente, a que ponto chegamos? A Lei 11.105/2005 (Lei de Biossegurança)garante que todos os produtos, com qualquer percentual de substância transgênica, precisam ter na embalagem um símbolo de um triângulo amarelo preenchido por um “T” maiúsculo.

Bom, antes de discutir esse assunto, vamos esclarecer o que é um alimento transgênico: organismos geneticamente modificados (OGM) são manipulados em laboratório para favorecer características desejadas, como a cor ou o tamanho de uma espiga de milho. Os mais famosos OGM são os transgênicos, ou seja, os organismos que recebem parte do DNA de outro organismo.

No site do Greenpeace há um alerta sobre o consumo excessivo destes alimentos, pois se trata de um ramo de pesquisa relativamente novo (a engenharia genética). Fabricantes de agroquímicos criam sementes resistentes a seus próprios agrotóxicos, ou mesmo sementes que produzem plantas inseticidas. As empresas ganham muito com isso, mas nós pagamos um preço alto: riscos à nossa saúde e ao ambiente onde vivemos.

Provavelmente você consome algum alimento transgênico com grande frequênciae nem se dá conta, pois cerca de 90% da soja e do milho produzido e comercializado no Brasil tem produtos transgênicos em sua composição. E ai você diz: “tudo bem, eu não como milho nem soja”. O problema é aspartame, óleo de soja, óleo de milho, amido de milho e xarope de milho, margarina, leite, salsicha, soja e lecitina de soja são facilmente encontrados em quase todos os alimentos processados e infelizmente contêm transgênicos.

Tememos possíveis efeitos negativos para os seres humanos e para o meio-ambiente a longo prazo, já que a produção de alimentos transgênicos em larga escala é relativamente recente. Enquanto não temos certeza sobre quem está certo, a regra deveria ser uma só: transparência. Todos queremos e devemos ser capazes de identificar facilmente alimentos produzidos através de bioengenharia, no rótulo, para poder escolher se quer ou não consumi-los.

Vivemos um retrocesso, essa que é a verdade. O debate sobre o fim da exigência do rótulo colocou em oposição deputados da bancada ruralista e defensores do meio ambiente, que argumentaram que o projeto retira o direito do consumidor de saber o que está comprando.

Mas você pode fazer sua parte: no site do IDEC você pode contribui com uma mensagem aos senadores pedindo rejeição do projeto. Leia atentamente mensagem e faça sua parte. Eu já fiz a minha. O site Proteste.org também tem uma boa explicação sobre a alteração da lei.

 

 

Ariane Serpa – Nutricionista