Moradores do bairro Lageado, em Botuverá, bloquearam a SC 486, na manhã de ontem, 11 de abril, em protesto à falta de resposta do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) sobre a pavimentação da rodovia.
A estrada passa por Botuverá e vai até Vidal Ramos, servindo de acesso às principais empresas mineradoras da região e, por isso, o fluxo de caminhões pesados é intenso.
O protesto, que transcorreu sem incidentes, reuniu mais de cem moradores da região, incluindo o prefeito e vereadores, e impediu o trânsito por aproximadamente duas horas. Segundo os manifestantes, o trânsito estava tranquilo e, por esse motivo, a fila de carros e caminhões não chegou a cinco quilômetros.
Sem respostas
Alessandra Santos, uma das líderes do movimento, conta que o Deinfra não deu resposta desde a última reunião com a comunidade no dia 20 de novembro do ano passado.
Na ocasião, os engenheiros do órgão alertaram que é economicamente inviável fazer a pavimentação asfáltica até Vidal Ramos, e os moradores sugeriram que o projeto fosse refeito para o asfaltamento de um trecho menor, de cerca de 14 quilômetros, até as empresas mineradoras.
– Este ano ainda não consegui falar com Paulo Meller, presidente do Deinfra. Ele nunca está, ou está em reunião ou viajando. Sentimos descaso e abandono com o silêncio do Deinfra e do Governo do Estado – afirma Alessandra.
O prefeito, José Luiz Colombi (Nene), apoiou e parabenizou a iniciativa da população.
– Sou cooperativista, gosto da união de forças e isso nos ajuda muito – salientou o prefeito.
Também disse que fez contato com o governador, vice-governador, senador Luiz Henrique Silveira (PMDB), e com os deputados estaduais Peninha (PMDB), Serafim Venzon (PSDB) e Ciro Roza (PSD).
– Estamos montando um grande grupo para mostrar para o governador que precisamos de definição para essa situação. São quase 200 carretas que passam por aqui diariamente levantando poeira e ninguém gostaria de morar em um lugar assim – declarou.
Vidas em risco
Anésio de Pinho, 43 anos, é agricultor em Vidal Ramos e foi pego de surpresa, pois não sabia do fechamento da estrada, mas diz que concorda com o protesto e fez questão de esperar a reabertura para dar apoio ao movimento.
– Se fica alguém doente, até chegar em Brusque ou Vidal Ramos, a pessoa morre. Tem que continuar fazendo esses protestos até resolver a situação porque isso é uma vergonha – desabafou.
Após o término do bloqueio, que durou duas horas e não teve incidentes, o trânsito foi liberado:
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