“Provavelmente teremos monitoramento eletrônico nas escolas”, diz prefeito Ari Vequi após tragédia em creche de Blumenau
Coletiva de imprensa foi realizada no fim da tarde desta quarta-feira com a presença dos órgãos de segurança
Coletiva de imprensa foi realizada no fim da tarde desta quarta-feira com a presença dos órgãos de segurança
Colaborou Otávio Timm
A Prefeitura de Brusque realizou coletiva de imprensa no fim da tarde desta quarta-feira, 5, para falar sobre o atentado que deixou quatro crianças mortas em uma creche de Blumenau nesta manhã.
Além do prefeito Ari Vequi e da secretária de Educação, Eliani Buemo, participaram da coletiva o delegado regional Fernando de Faveri, o comandante da Polícia Militar de Brusque, tenente coronel Pedro Machado, o comandante do Corpo de Bombeiros, capitão Rodrigo Basílio e vereadores.
O prefeito Ari Vequi destaca que junto com as polícias, a prefeitura deve estudar medidas para reforçar a segurança nas instituições de ensino do município.
“Provavelmente teremos o monitoramento eletrônico nas escolas. Em um curto espaço de tempo seria o mais viável. Tentaremos unir as redes de vizinhos em torno das escolas para auxiliar na proteção dessas instituições. Este poderia ser o primeiro passo”.
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Vequi afirma que as discussões sobre o assunto devem continuar nesta quinta-feira. A ideia, de acordo com ele, é dividir os órgãos de segurança para que se tenha mais presença nos bairros. “Queremos que segunda-feira volte com normalidade e não mediremos esforços para isso. É difícil garantir segurança total no momento, porém, vamos tentar pensar em formas”, diz.
“É difícil manter policiais em 63 escolas. De nossa parte queremos tranquilizar na medida do possível e dizer que a população pode contar com a gente e com as forças de segurança pública. A comunidade e a vizinhança são nossas parceiras”, completa o prefeito.
A secretária Eliani explicou a decisão de manter as aulas nas escolas municipais na tarde desta quarta-feira. Vários municípios da região cancelaram as atividades após a tragédia.
De acordo com ela, 73% dos pais foram buscar as crianças que já estavam nas escolas da rede municipal de Brusque, e apenas 27% das crianças permaneceram nas unidades de ensino no município.
“Esse tipo de ocorrência é imprevisível e poderia ocorrer em qualquer lugar. Quando tivemos que tomar uma decisão sobre o que faríamos, tivemos cuidado com as famílias que precisam das escolas para cuidar das crianças. Muitas delas, inclusive, têm nas escolas suas melhores refeições diárias. Tomamos a decisão de manter as escolas abertas, porém, cabe às famílias tomar a decisão de levar ou não o seu filho às escolas de Brusque. Os números de hoje mostram o quanto as famílias sentiram maior segurança guardando seus filhos em casa. Amanhã escolas estarão abertas. As frequências não serão cobradas nem hoje e nem amanhã”, diz a secretária.
O delegado regional Fernando de Faveri chamou a atenção para a disseminação de notícias falsas. “O foco é desmentir as fake news que circulam rapidamente após casos como esses. Não há indicativo na nossa cidade de que algo parecido ocorra. Claro que há coisas inevitáveis e imprevisíveis, porém, embora seja natural a preocupação dos pais, a Polícia Civil está toda na rua junto da PM”.
O comandante da PM, tenente coronel Pedro Machado, informa que assim que soube do atentado em Blumenau, designou várias viaturas para rondas nas escolas de Brusque, buscando tranquilizar pais e profissionais. “Neste primeiro momento, teve presença policial massiva”, diz.
Ele também destacou as ações que a polícia realiza nas escolas, como a Rede de Segurança Escolar, em que cada guarnição visita entre três e cinco escolas para mostrar a presença da polícia nas proximidades. “Desde 2021 também realizamos palestras para profissionais da educação sobre como agir a ameaça ativa, que é quando alguém invade escolas e atenta contra a vida de de quem está no local. Vamos intensificar esses projetos. Na nossa cidade não aconteceu nada e queremos tranquilizar a todos”.
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