Com intervenção da Polícia Militar, Prudêncio toma posse como prefeito após determinação judicial

Decisão aconteceu cinco dias depois da eleição indireta que deu a Bóca Cunha o cargo de chefe do Executivo de Brusque

Após decisão da juíza Iolanda Volkmann, da Vara da Fazenda Pública, Roberto Prudêncio Neto reassumiu o cargo de prefeito de Brusque na noite desta sexta-feira, 10.

Ele estava em Florianópolis e, por volta das 19h30, chegou na Câmara de Vereadores onde se encontrou com sua equipe de trabalho – secretários e cargos comissionados – para aguardar a chegada do oficial de justiça com a notificação da decisão e, posteriormente, subirem juntos a rampa em direção à prefeitura. Danilo Rezini, candidato a vice na chapa de Prudêncio, chegou ao local pouco tempo depois.

Assim que souberam da decisão da justiça, correligionários de Prudêncio se reuniram do lado de fora da prefeitura. O clima ficou tenso no local, já que dentro do prédio, durante todo o tempo, estavam seguranças armados de José Luiz Cunha, o Bóca, que venceu a eleição indireta realizada no domingo, 5, e ocupou o cargo de prefeito até o fim da tarde desta sexta-feira.

Prudêncio afirma que “a justiça foi feita” e que a sua equipe iniciará o trabalho ainda nesta sexta-feira. “Vamos fazer uma análise dessa semana, várias mudanças já foram feitas, tomara que esteja tudo em ordem. Daqui pra frente é pensar em Brusque, sem rivalidade política porque a cidade já foi muito prejudicada. A partir de hoje vamos nos inteirar de todas as pastas porque a cidade não pode parar”, diz.

Após receber a notificação da Justiça, eles seguiram para a prefeitura. O grupo tentou entrar no gabinete, mas os seguranças de Bóca bloquearam a passagem e afirmaram que só iriam liberar a entrada com a presença da Polícia Militar (PM).

A PM chegou ao local e, somente às 20h45, depois de um acordo entre representantes das duas administrações, mediado pelos policiais, o gabinete foi liberado e Prudêncio conseguiu entrar junto de sua equipe para retomar o comando da prefeitura.

O advogado da coligação PSD-PMDB, Cambises Martins, diz que “é mais do que provável” que uma nova eleição indireta seja realizada, com apenas a chapa de Roberto Prudêncio e Danilo Rezini.

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