PSB aposta em novas filiações
Partido ainda negocia vinda de políticos de outras siglas, visando pleito do próximo ano
Partido ainda negocia vinda de políticos de outras siglas, visando pleito do próximo ano
“O nosso partido hoje é como um time de futebol: está procurando se reforçar para disputar um bom campeonato”, anuncia Dagomar Carneiro, presidente do PSB municipal, sobre os interesses do partido nas próximas eleições municipais.
Carneiro, que já foi candidato à Prefeitura de Brusque, não fala em nomes de pré-candidatos da sigla para disputar a cadeira mais estofada do paço municipal no próximo ano. “Não temos nome, não temos nada, apenas preparando o partido para a eleição do ano que vem”, afirma.
A intenção do partido, que atualmente faz parte do governo interino de Roberto Prudêncio Neto (PSD), com dois nomes no primeiro escalão, é estabelecer uma boa nominata de candidatos a vereador. Para a eleição majoritária, nada definido. “A nossa intenção é fazer parte da majoritária ou com candidato a prefeito ou com candidato a vice”, diz o presidente da sigla.
O partido apoia o governo interino, pois, segundo Carneiro, a sigla “acredita que ele possa fazer um bom governo”, ressaltando que, na sua avaliação, a troca de gestão foi “boa para a cidade”.
“O Roberto Pedro Neto está fazendo seu trabalho sem revanchismo”, opina o presidente do PSB, “aquele clima de briga, de rancor, de raiva não deve mais ter no município, porque essa não é a característica do brusquense”.
Se eventualmente indicar um nome para prefeito ou vice, o PSB mantém o suspense sobre quem seria o escolhido. “Temos várias pessoas que têm condições para disputar”, limita-se a dizer o presidente da sigla.
Em uma eventual eleição marcada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) antes da convencional, a ser realizada em outubro de 2016, o PSB não disputará, adianta Dagomar Carneiro, “até porque hoje estamos participando da administração do Roberto, temos que aguardar”, justifica. Ele acredita que, na volta do recesso do TSE, neste mês, uma definição da situação política de Brusque virá de Brasília.
Recentemente, especulou-se a vinda de nomes do PTdoB e do PTB para o partido, assim com a fusão dessas siglas com o PSB de Brusque. Porém, também sobre isso há indefinição. “Isso é que nem contratação de jogador de futebol, não se fala no assunto para não atrapalhar as negociações. Temos várias pessoas sendo convidadas, mas prefiro deixar para depois do fato ser concretizado”.
Nomes no governo descartam candidaturas
Atualmente, o PSB ocupa dois cargos no primeiro escalão do governo interino. Na Fundação Cultural, o empresário Michel Belli, e na Procuradoria-Geral do município, com o advogado Danilo Visconti.
Belli, superintendente da Fundação Cultural, é prudente ao comentar sobre as pretensões do partido no pleito de 2016. “Ainda não tem nada definido, é cedo, nada foi conversado, não houve nem reunião do partido neste sentido”, afirma.
Num passado recente, seu nome já chegou a ser pré-anunciado como postulante à Prefeitura de Brusque em 2016, fato que, atualmente, ele descarta: diz que não deverá concorrer a nenhum cargo eletivo no próximo ano.
O partido não tem se reunido com frequência, mas tem apostado em novas filiações. Uma das mais recentes foi do advogado Danilo Visconti, atualmente exercendo o cargo de procurador-geral do município.
Historicamente ligado à direita brusquense, Visconti foi um dos advogados que patrocinou a ação judicial que deu origem à cassação do ex-prefeito Paulo Eccel. Ele está na sua segunda filiação partidária – a primeira foi no DEM, até 2005 – e também afirma que não tem pretensão de concorrer a cargo eletivo no próximo pleito.
“A filiação é mais uma questão de cidadania, estar em um partido político para discutir a política, mas a curto prazo não tenho nenhuma intenção [de concorrer]”, diz, acrescentando que a escolha pelo PSB foi por afinidade com o pensamento do partido, principalmente com o que era proposto pelo falecido Eduardo Campos, que foi candidato à presidência da República em 2014.