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Quadrilha presa em São João Batista tem extensa ficha criminal

Deic apresentou nesta terça-feira, 14, armas e munições utilizadas na tentativa de assalto do último sábado

A Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, por meio da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (Deic), apresentou nesta terça-feira 14, numa coletiva à imprensa em Florianópolis, as armas, munições, explosivos, coletes balísticos e apetrechos utilizados pela quadrilha durante uma tentativa de assalto ao Banco do Brasil, na madrugada no último sábado, 11, em São João Batista.

Até o momento, são quatro presos, três assaltantes mortos, um ferido e quatro foragidos, todos identificados e com extensa ficha criminal, como: latrocínio, homicídio, roubo, lesão corporal, tráfico de drogas, associação criminosa, explosão, adulteração, entre outros. Dois policiais civis, da Divisão de Roubos e Antissequestro (Dras) foram atingidos por estilhaços durante o confronto – um agente de Polícia, que já recebeu alta do hospital e o delegado Anselmo Cruz, que permanece em observação, mas não corre risco de morte.

O diretor da Deic, delegado Adriano Krul Bini, afirma que as investigações, ocorridas como neste caso, em razão da periculosidade e complexidade são realizadas em caráter sigiloso e restrito à equipe que irá executar o trabalho policial. Ele conta que a equipe da Dras tomou conhecimento da possível ocorrência de explosão e se deslocou em quatro equipes para São João Batista. Três equipes se posicionaram nas proximidades do Banco do Brasil e a outra próximo ao quartel da Polícia Militar porque o modo de operação desta quadrilha, era que, primeiro, atacassem a base da PM e depois a instituição financeira.

“Essa organização criminosa é tão violenta que existiam divisões de tarefas e funções específicas para cada integrante. Eles eram investigados em atos ilícitos graves nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, diz o delegado, que ressaltou que em Santa Catarina os marginais não vão se criar.

Tensão entre os policiais

A coletiva, marcada para as 10h, atrasou devido a um desentendimento entre os policiais civis e militares. O tenente da PM de São João Batista, Paulo Renato Farias, discutiu com policiais civis pois queria participar da entrevista no auditório e foi impedido.

Conforme informações dos bastidores, o tenente estaria descontente pelo fato de a PM não ter sido avisada previamente da operação em São João Batista e que, supostamente, os militares teriam corrido risco. O diretor da Deic afirmou, por sua vez, que a PM não foi informada da operação para evitar o vazamento de informações na rede de rádios da PM, a qual, segundo ele, poderia ser interceptada pelos assaltantes, que então ficariam sabendo da investigação da Polícia Civil.