Quais atrações estiveram presentes na 1ª Feira do Cervejeiro Artesanal

Evento organizado pela Unifebe reuniu expositores de diversos ramos voltados à produção da bebida mais popular do país

Quais atrações estiveram presentes na 1ª Feira do Cervejeiro Artesanal

Evento organizado pela Unifebe reuniu expositores de diversos ramos voltados à produção da bebida mais popular do país

A 1ª Feira do Cervejeiro Artesanal foi realizada pela Unifebe neste sábado, 11, e reuniu 15 expositores que exibiam diversos produtos e serviços. A iniciativa se tornou parte do curso de extensão de cervejeiro artesanal, uma atividade que tem recebido investimentos constantes da instituição. Acadêmicos e o público geral tiveram a oportunidade de conhecer diversos processo referentes à produção da bebida, além de criar contatos comerciais.

A pró-reitora de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão, Edinéia Betta, explica que os planos da instituição são de realizar uma feira por semestre, junto com o curso de extensão. A iniciativa é resultado em parceria com a cervejaria-escola junto com a Zehn Bier.

“O curso de extensão de cervejeiro artesanal já existe há dois anos e é realizado uma vez por semestre. É uma iniciativa do curso de Engenharia Química, e neste ano lançamos uma pós-graduação nesta área da cerveja. A feira é importante para que os alunos cultivem contatos com fornecedores.”

Ela também lembra que Brusque foi a primeira cidade a receber uma cervejaria, ao fim do Século XIX. “A cervejaria era referência um função da qualidade da água, que é um tema com pesquisas que vêm sendo desenvolvidas aqui para todo o estado”.

A qualidade da água na produção da cerveja até mesmo tema de palestra da engenheira química Silvana Quaresimin, da Zehn Bier, ministrada simultaneamente com a feira. “Mais de 95% da composição da cerveja é água, que independente da fonte, seja mineral, de abastecimento público ou de poço. É importante analisar a água e corrigir seus componentes. A ideia é explicar sobre as diferentes águas para os diferentes tipos de cerveja. Determinados estilos requerem quantidades específicas de elementos na água”, conta.

Malte
Uma pós-graduação focada em produção cervejeira será iniciada pela Unifebe neste ano, e a turma está em formação. O coordenador da pós, Rodolfo Rebelo, foi um dos expositores da feira. Ele é proprietário da Malteria Blumenau, fundada em 2015. A empresa adquire aveia, trigo e cevada e fornece o malte destes cereais para 125 cervejarias e 30 comerciantes de insumos.

“Temos 14 tipos de malte atualmente, entre o base, o caramelo e o torrado de cevada, além dos torrados de outros cereais. O base dá a base do extrato e enzima, passa por processos mais simples; os caramelos e torrados trazem aroma e cor. O processo é longo, exige trabalhos em três turnos e os diferentes processos de maceração, germinação e secagem dos grãos resulta nos diversos tipos de malte”, explica.

Diversos tipos de malte foram expostos | Foto: João Vítor Roberge

Aquecimento elétrico
Os irmãos Rodrigo e André Rodrigues são proprietários da RG, empresa blumenauense que produz resistências elétricas há 20 anos. Eles se inscreveram para tornar sua indústria mais conhecida e ingressar com mais força no mercado da cervejaria artesanal.

“A resistência é utilizada para aquecimento. Muitos cervejeiros utilizam o aquecimento a gás. O controle da temperatura é mais difícil, menos efetivo desta forma. Com a resistência, você controla a rampa de temperatura e torna a produção mais segura e profissional. A qualidade da cerveja passa muito pelo controle de temperatura”, conta Rodrigo.

Ele ainda destaca a importância do investimento no fornecedor local. “É interessante que as indústrias busquem empresas da região, o evento também é importante por isto. Assim, o produção de cerveja, que é crescente, alavanca a economia local que fornece diversos produtos para esta atividade.”

Irmãos apostam na resistências elétricas para controle de temperatura na produção | Foto: João Vítor Roberge

Higienização
Maycon Ziehlsdorff é sócio da Stamp, indústria que produz diversos equipamentos. Há dois anos, a empresa passou a focar também no ramo cervejeiro. Sua principal atração na feira é a lavadora de garrafas, que suporta 6, 12 ou 24 recipientes, dependendo do modelo. A versão mais simples custa em torno de R$ 12,5 mil.

“Atendemos muitas cervejarias artesanais, as pessoas têm dificuldade na limpeza da garrafa após o uso, e as garrafas são muitas vezes reutilizadas e reutilizáveis. A esterilização é feita com água até 60°C, com soda cáustica ou detergentes semelhantes. A tecnologia é nova e não é barata porque é completamente inoxidável e resistente à soda cáustica. O custo é alto, mas a satisfação e a qualidade compensam”, relata.

Máquinas lavadoras de garrafas são tecnologia recente da Stamp | Foto: João Vítor Roberge
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