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Qual é o novo material que a Prefeitura de Brusque testará nas calçadas

Inspirada no modelo alemão, Secretaria de Obras fará passeios com asfalto

Mais barato e prático, o asfalto será testado como matéria-prima para as calçadas feitas pela Prefeitura de Brusque. O uso desse material para passeios públicos já é realidade há muito tempo na Alemanha, país que serve de modelo para o município.

O diretor-geral da Secretaria de Obras, Nik Imhof, esteve na Europa recentemente no projeto 50 Parcerias para o Clima. Lá, ele observou que as calçadas são de asfalto e resolveu propor que o mesmo modelo, com algumas adaptações, seja implantado em Brusque.

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A ideia já foi apresentada e aprovada pelo prefeito Jonas Paegle. Com isso, a substituição do concreto pelo asfalto será feita de forma experimental em três pontos: avenida Arno Carlos Gracher (Beira Rio), entre as pontes estaiada e Arthur Schlösser; rua São Pedro, no lado da vala; e loteamento Cyro Gevaerd. Não há prazo definido para que isso aconteça.

Essas calçadas que serão feitas ficam ao lado de áreas de preservação ou locais sem moradores, por exemplo, a vala no São Pedro. A prefeitura não fará passeio público para a população. Neste caso, fica a cargo do morador em parceria com o município.

O principal ponto que tende a impactar, sobretudo na avenida Beira Rio, é a estética. Por isso, neste primeiro momento, será apenas uma amostra para ver a receptividade da população.

A Beira Rio terá não só a calçada de asfalto como contará com passeio público expandido. No trecho entre as duas pontes, havia vegetação, que foi retirada.

Sem isso, a Secretaria de Obras deverá asfaltar essa parte também, com isso a calçada ficará mais larga e será compartilhada entre pedestres e ciclistas, de acordo com Imhof.

Vantagens
Segundo Imhof, hoje a confecção de calçadas é uma dificuldade para a secretaria. Demanda muito tempo e a produtividade nem sempre é a desejada porque as empresas que fornecem o concreto à prefeitura, às vezes, não conseguem entregar no ritmo necessário.

A falta de material não deve acontecer, ou pelo menos não ser tão frequente, com o asfalto. A usina da prefeitura é que produzirá a matéria-prima conforme o necessário.

Segundo estimativa da secretaria, a produtividade pode ser multiplicada por três. “Com concreto, conseguimos fazer no máximo 200 metros quadrados por dia de calçada, mas com o asfalto estimamos que será possível fazer 600 metros quadrados”, afirma o diretor.

O custo também deve cair. “Conseguimos reduzir 35% do custo”, diz Imhof.

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Técnica
Na Alemanha, essas calçadas de asfalto são feitas com maquinário correto. Brusque não os possui, por isso, a princípio, a aplicação da massa será manual.

Segundo Imhof, não deve haver problemas devido à impermeabilização do solo. Destaca também que o concreto não é duro como o asfalto, por isso tende a se acomodar melhor.

O piso podotátil para cegos deve ser feito com PVC, algo já comum no mercado nacional. No entanto, por enquanto, a prefeitura não tem empresa licitada para este fim.

Em relação ao paver, o custo o inviabiliza como material a ser usado pela prefeitura. Segundo Imhof, o custo por metro quadrado é de R$ 36, enquanto que o do asfalto é de R$ 16.