Quando a fase é ruim…
Há um bom tempo atrás, o Palmeiras jogou a Série B após ser rebaixado com um time que, no papel, não podia ser chamado de ruim. Mas os resultados não vinham, o desespero foi batendo, e nada deu certo. O Inter passa por situação similar. Tem um time caro, trouxe Camilo e Leandro Damião para […]
Há um bom tempo atrás, o Palmeiras jogou a Série B após ser rebaixado com um time que, no papel, não podia ser chamado de ruim. Mas os resultados não vinham, o desespero foi batendo, e nada deu certo. O Inter passa por situação similar. Tem um time caro, trouxe Camilo e Leandro Damião para pesar ainda mais a folha. Os resultados não estão vindo e, junto com a má fase, vem o constrangimento. O time entrou em campo contra o Oeste carregando a pressão do tamanho do Rio Grande do Sul. Na teoria, seria partida para chegar e vencer sem cerimônia. Venceu como se tivesse levado um título, mas tem muita coisa pra rolar ainda pela frente. Mas veja como anda a situação: vejo muita gente na torcida colorada severamente preocupada com cada partida, escolada com o que aconteceu no jogo contra o Luverdense. Existem precedentes, e já teve muito time caro afundando na lama. O Inter vai no mesmo caminho, ainda que muita coisa ainda tenha pela frente na Série B.
Retrocesso?
O Figueirense vive uma situação de desespero similar ao Inter, com a diferença de que o elenco tem uma qualidade infinitamente menor. Fui um dos que elogiou a vinda de Marcelo Cabo, mas se vê que ele não está dando conta do recado. Como a grana está curta e não dá pra trazer um caminhão de jogadores, a solução é fazer o que dá com as peças existentes, dentro de uma política de Carlos Arini que, quando chegou ao clube, trouxe vários atletas com passagem pelo futebol paulista para inchar o elenco. Não vejo a queda para a Série C como um retrocesso. Não há injustiça aqui. A bola pune os maus planejamentos feitos por dirigentes. O rebaixamento é um recado de que uma ampla reestruturação precisa ser feita para que o clube não acabe ainda mais inchado em dívidas e com erros constantes de planejamento. O Joinville está pagando pelo que colheu no ano passado. E o castigo é merecido, forçando seus dirigentes a mudar suas teorias sob pena de “pegar recuperação” e repetir mais um ano na série inferior.
NOTAS
Renovações
O Brusque anunciou a renovação de 13 jogadores para a Copinha e o Catarinense de 2018, o que é uma ótima notícia neste início de segundo semestre. O clube não terá que correr feito louco atrás de um time novo, podendo agir com mais tranquilidade atrás de bons reforços pontuais.
Copinha
É uma pena que a Copa Santa Catarina vá acontecer. O Brusque terá que disputa-la e conquistar o quarto título na competição para voltar à Copa do Brasil. Se ela não acontecesse, o time estaria dentro da competição nacional como quarto lugar no campeonato estadual. Mesmo assim, o time entra bem na competição. Vai com chances.
Uniforme
A empresa Kanxa soltou nota ontem informando que procurou o Brusque para buscar renovar o vínculo do fornecimento de uniformes para 2018. Prometeu exclusividade (o outro time que fornecia, o Metropolitano, foi rebaixado) e fez juras de amor ao clube. Se nada mudar, o Bruscão terá marca própria de uniformes no ano que vem. Já vem sendo alinhavado há tempo um acordo com a empresa Spieler, de Joinville, que produz os uniformes da Octo, marca que pertence ao JEC.
No mesmo ponto
Abaixo, gráfico enviado pelo Juliano Fossá, de Chapecó, sobre o rendimento do Avaí em 2017 comparando com 2015, último ano que o clube jogou a Série A. Os números são interessantes, e mostram a diferença dos aproveitamentos, que convergem ao mesmo ponto a esse ponto do campeonato, com 17 pontos conquistados em 16 rodadas. Há dois, anos, o Leão fez apenas um ponto em quatro rodadas nas rodadas 13 a 16, enquanto neste ano, no mesmo período, o time conquistou cinco. Bom lembrar que o time de 2015 chegou na última rodada contra o Corinthians com a possibilidade de escapar, mas acabou empatando em São Paulo e confirmando a sua queda.