Quase 20% da população de Brusque declara imposto de renda
Cidade ocupa a posição 150 no ranking nacional de declarantes
Segundo cálculo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), Brusque aparece na posição 150 do ranking nacional de declarantes do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), com 19,99% da população declarante. A cidade está atrás de Guaratinguetá (SP) e posicionada à frente de cidades como Ipiranga do Sul (RS) e Criciúma (SC).
No cenário estadual, o município aparece na posição 21. As cinco cidades com mais declarantes em Santa Catarina são Florianópolis, Balneário Camboriú, São José, Joaçaba e Blumenau.
O município ocupa boa posição nacional em todos os índices calculados pelo FGV Social. Considerando a renda média por habitante, Brusque está em 106º lugar, com R$ 1.707,82 mensais. O cálculo inclui todos os habitantes, não só quem declara o IRPF.
Calculando entre os que declaram o IRPF, a renda pula para R$ 8.541,53. No cenário nacional, o valor deixa a cidade na posição 159, atrás do município de Indaiatuba (SP) e à frente de Lucas do Rio Verde (MT).
De acordo com a FGV Social, o patrimônio líquido médio da população, entre todos os habitantes, é de R$ 65.965,88. Considerando apenas os que declaram o imposto, a média do patrimônio é de R$ 329.922,46, pouco mais de cinco vezes maior.
Guabiruba e Botuverá
Na região, Guabiruba e Botuverá ocupam as posições 34º e 42º respectivamente no ranking estadual.
Guabiruba tem 18,13% da população declarante. Em Botuverá, a porcentagem é de 17,44%.
A renda média da população em Guabiruba é de R$ 1.023,08. No município de Botuverá, a renda média é de R$ 840,35.
Considerando apenas os declarantes, a renda média em Guabiruba aumenta 5,5 vezes, ficando R$ 5.642,67. Em Botuverá o valor médio é de R$ 4.817,98, 5,7 vezes maior.
O patrimônio líquido médio da população guabirubense é de R$ 44.101,82. Considerando os declarantes, a média é de R$ 243.238,75.
A população botuveraense tem um patrimônio líquido médio de R$ 24.791,77. A média entre os declarantes é de R$ 142.139,45.
Cenário nacional
Segundo a FGV Social, a região de Brasília é a com maior renda. A região do Lago Sul (DF), tem renda três vezes maior que o município mais rico per capita do Brasil.
Em relação à desigualdade entre estados do país, as evidências apontam que a renda média no Distrito Federal é oito vezes maior que a renda no Maranhão, a unidade mais pobre, com apenas R$ 363 mensais.
De acordo com os cálculos, 17 dos 27 estados têm uma renda média menor que R$ 1 mil, sendo que nenhum desses estados pobres está localizado nas regiões Sul ou Sudeste.
As duas capitais mais ricas estão na região Sul, enquanto as cinco mais pobres estão todas na região Norte, com Macapá ocupando a última colocação.
O topo de renda média entre os 5.570 municípios brasileiros está concentrado em municípios menores como Nova Lima (MG), Santana do Parnaíba (SP) e Aporé (GO). Há ainda cidades praianas de Florianópolis, Niterói e Santos, que segundo a FGV Social são atrativas à este público.
“Pessoas de maior poder aquisitivo escolhem lugares com melhor qualidade de vida e não seguem apenas critérios econômicos. Até porque onde moram pessoas de alta renda há mercado de trabalho para médicos, advogados ou profissionais liberais em geral. Na nossa análise, exploramos um pouco o estilo de vida dos mais ricos”, diz o estudo.