Quase 70% da população aprova o governo Paulo Eccel, diz pesquisa
Avaliação encomendada pela prefeitura de Brusque mostra que dois terços da população consideram administração boa
Pesquisa de avaliação do governo Paulo Eccel divulgada esta semana pela prefeitura de Brusque aponta que dois terços dos moradores de Brusque aprovam a gestão dele e do vice-prefeito Evandro de Farias, o Farinha. Além de apresentar os números gerais, o levantamento realizado pela empresa Plano Pesquisas, de Florianópolis, também qualificou áreas específicas do município – como Saúde, Educação, geração de empregos e outras.
Segundo a prefeitura, foram ouvidas 560 pessoas de vários bairros da cidade durante a pesquisa. A prefeitura não informou ao jornal Município Dia a Dia qual o período em que as entrevistas foram realizadas e nem revelou quanto foi repassado à Plano Pesquisas pelo levantamento. Os números apresentados são fragmentos da pesquisa publicados pela Secretaria de Comunicação, já que o MDD não teve acesso ao material completo.
De acordo com a pesquisa, a administração municipal é aprovada por 68,18% da população. Para chegar a este número, são somados os percentuais das pessoas que avaliaram o governo como ótimo, bom e metade do percentual da avaliação de regular, conforme a metodologia da Plano Pesquisas. Os números discriminados mostram que 4,69% consideram ótimo; 46,09% boa; 34,77% como regular; e 14,46% como ruim ou péssima.
Já no caso da avaliação pessoal da gestão de Paulo Eccel à frente do Executivo brusquense o resultado da pesquisa é de 68,75% de aprovação. Este número, segundo a Secretaria de Comunicação, representa a soma de 17,58% (que responderam que aprovam totalmente) e 51,17% (que responderam que aprovam em partes). O material divulgado não apresenta neste quesito a porcentagem daqueles que reprovam Eccel.
O levantamento encomendado pela prefeitura ainda mostra que 67,19% consideram que a cidade melhorou com a atual gestão. Novamente, estes dados são a soma dos 19,14% que disseram que melhorou muito e dos 48,05% que responderam que melhorou um pouco. Há também 10,94% que consideram que o município piorou pouco ou muito com a atual equipe de governo.
“Os dados demonstram que estamos seguindo no caminho certo, executando o plano de governo com planejamento estratégico e participação popular”, diz o prefeito Paulo Eccel. Segundo ele, estes números são importantes para que a equipe da Secretaria de Governo e Gestão Estratégica possa elaborar o Plano de Ações de 2015.
Áreas
Os pesquisadores também pediram aos entrevistados que atribuíssem notas para as áreas apresentadas e que apontassem o maior problema a ser enfrentado pela prefeitura. O item que recebeu a maior média foi a geração de emprego, com 8,52. Em seguida vieram pela iluminação pública, com 7,94, e abastecimento água, com 7,7.
Rogério Ristow, diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), comemora o resultado da pesquisa. “O que estamos fazendo à frente do Samae é pôr em prática todos os projetos de governo. Estamos fazendo uma administração séria e sem ingerência política, sempre buscando melhorar”, diz.
A Guarda de Trânsito de Brusque (GTB) recebeu a pior nota dos entrevistados. O trabalho do órgão foi avaliado com nota 5,44. Logo em seguida vêm as calçadas, 5,6; e as Unidades Básicas de Saúde, que ficaram com média 5,67. O terceiro pior colocado é o item trânsito e mobilidade, com 5,81. Ainda com relação à Saúde, a pesquisa divulgada mostra que 58,99% dos entrevistados consideram que as políticas públicas executadas nesta gestão melhoraram o serviço.
Plano Pesquisas
A Plano Pesquisas atua há mais de 20 anos no mercado de pesquisas para governo e campanhas políticas. De acordo com o proprietário, Flávio Mafra, ele já prestou serviços inclusive para o governo estadual. A página da internet da empresa diz que ela já realizou trabalhos para mais de 300 municípios em nove diferentes estados.
Quando questionado sobre o motivo de sua empresa não ser conhecida na região, ele afirma que atua mais para o Sul de Santa Catarina e tem parceiros em outros estados, mas que possui experiência na área. Mafra diz que começou a trabalhar para a prefeitura de Brusque no início do ano passado e fez várias pesquisas internas de avaliação de temas específicos, como da Saúde.
Segundo ele, outras pesquisas foram realizada com mais entrevistados, mas neste caso o prefeito contratou uma mais restrita. “O motivo de a pesquisa ter uma margem de erro de 4,5 pontos percentuais é o custo. Quanto menos entrevistados, maior a margem. Uma entrevista com 1,2 mil entrevistados custa o dobro”, explica. Mafra afirma que esta prática é normal no meio político. Muitos gestores fazem pesquisas menores só para conhecer o sentimento popular sobre o governo a fim de tomar decisões sobre mudanças no governo. A fala de Mafra coincide com a minirreforma no secretariado, promovida por Paulo Eccel no fim do ano passado.