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Que fim levou? Onde estão os campeões da Série D pelo Brusque

Título nacional do quadricolor completa três anos nesta quinta-feira

O título da Série D do Campeonato Brasileiro conquistado pelo Brusque completa três anos nesta quinta-feira, 18. A final histórica contra o Manaus, decidida nos pênaltis, mudou a história do quadricolor e marcou o início de uma série de recordes, de grandes campanhas e de mais troféus.

No elenco atual do Brusque, apenas quatro jogadores participaram da conquista: o lateral-direito Edílson, o zagueiro Ianson, o lateral-esquerdo Airton, e o volante Zé Mateus. Com o passar do tempo, os outros 18 jogadores foram deixando o clube. Edílson ficou emprestado por alguns meses à Ponte Preta, em 2019, mas retornou.

O jogo na Arena da Amazônia é, até hoje, o que teve maior público presente (44.896) no estádio desde sua inauguração, em 9 de março de 2014. Neste quesito, supera partidas da Copa do Mundo, como Inglaterra 1×2 Itália, e clássicos envolvendo Vasco, Flamengo e Botafogo.

Após empate no jogo de ida em 2 a 2, no Augusto Bauer, o Brusque abriu o placar com Júnior Pirambu, no começo da partida. Levou a virada com Sávio e Mateus Oliveira, mas empatou no final com Thiago Alagoano. Nos pênaltis, vitória por 6 a 5, com Zé Carlos convertendo a última cobrança.

Depois, o Brusque continuou sua ascensão nos cenários estadual e nacional. Ainda em 2019, conquistou seu quinto título da Copa Santa Catarina. Em 2020, foi campeão da Recopa Catarinense, teve uma campanha recorde na Copa do Brasil e foi vice-campeão estadual. Claro, também conquistou o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro.

Em 2021, não houve troféus erguidos, mas houve uma campanha de 13º colocado na Série B do Campeonato Brasileiro, emplacando um artilheiro pelo terceiro ano em competições nacionais. Depois de Júnior Pirambu na Série D de 2019 e de Thiago Alagoano na Série C de 2020, Edu foi o artilheiro da Série B. No ano seguinte, o quadricolor conquistou o título estadual pela primeira vez em 30 anos.

Confira abaixo que destinos tiveram os campeões da Série D de 2019.

Goleiros


Dida

Herói no jogo de volta da semifinal, no qual defendeu um pênalti, Dida esteve no Brusque até a Série C de 2020, participando da campanha do acesso. Depois, disputou o Catarinense pelo Metropolitano, e pendurou luvas e chuteiras após o rebaixamento do time blumenauense.


Otávio

O terceiro goleiro do Brusque não chegou a entrar em campo durante a Série D. Foi campeão também da Copa Santa Catarina 2019, e ao final do contrato foi para o Glória, de Vacaria (RS). Também passou por Camboriú, Hercílio Luz, Esportivo-RS e Guarany de Bagé (RS). Mais recentemente, disputou a Série C do Brasileiro pelo Brasil de Pelotas, que foi rebaixado.


Zé Carlos

Sempre um líder no elenco, Zé Carlos esteve no Brusque até o fim da temporada 2021. No primeiro semestre, disputou a Série A2 do Campeonato Paulista com o São Bento. Sua equipe conquistou o acesso à elite, mas perdeu a final para a Portuguesa. Depois, foi disputar a Série B do Catarinense pelo Metropolitano. O Metrô era um dos principais candidatos ao acesso, mas caiu nas quartas de final diante do Atlético Catarinense.

Zagueiros


Cleyton

O zagueiro marcou época no Brusque, com cinco títulos e passagens de 2012 até 2021. Depois da Série D, Cleyton só deixou o clube ao fim do Catarinense de 2021, mas não entrou em campo nesta competição. Depois, participou da campanha do título da Série B estadual com o Barra, e disputou a elite em 2022. Ainda teve uma rápida passagem pelo Itabaiana-SE até chegar ao Carlos Renaux, que foi eliminado pelo Inter de Lages nas quartas de final da segundona Catarinense.


Magrão

Chegou ao Brusque emprestado pelo rival Marcílio Dias. Após o título da Série D, retornou ao Marinheiro, sendo personagem importante do clube até 2021, quando deixou a equipe após o final do contrato. Em 2022, foi anunciado pelo Rio Claro-SP, mas não chegou a entrar em campo.


Neguete

Outro defensor que fez história no Brusque, com trajetória semelhante à de Cleyton, de quem foi colega por vários anos. Neguete deixou o quadricolor após a Série C de 2020. Passou pelo Operário de Várzea Grande (MT), e foi vice-campeão da Série B e da Série A do Catarinense com o Camboriú. Entre estas conquistas, teve uma passagem rápida pelo Inhumas, na segunda divisão goiana.

Em 2022, fez dupla de zaga com Cleyton no Carlos Renaux, mas, desta vez, não conseguiu o acesso à elite catarinense.

Volantes


Gama

Com nove partidas na Série D, Gama revezou jogos como titular e no banco de reservas. Atuou na final contra o Manaus. No fim de 2019, voltou à Cabofriense-RJ, clube do qual havia vindo emprestado. Ficou por lá até 2021 e, no mesmo ano, passou pelo Cascavel-PR. Em 2022, foi contratado pelo Volta Redonda, que está na segunda fase da Série C do Brasileiro.


Rodney

O volante disputou três jogos na campanha do título da Série D, e saiu durante a Copa Santa Catarina. Teve passagens por Patrocinense-MG, Sertãozinho-SP e Uberaba-MG, e não há registros de novos clubes desde 2020.


Ruan

O volante deixou o clube após o acesso à Série B, ao fim da temporada 2020, e passou por empréstimos a Hercílio Luz, Penapolense e Camboriú. Com a Cambura, em 2021, participou da campanha do acesso à Série A do Catarinense. Depois, foi para o Brasil de Pelotas, pelo qual foi semifinalista do Campeonato Gaúcho e integrou o elenco que foi rebaixado à Série D em 2022.

Meias


Romarinho

O meia era titular, disputando 14 dos 16 jogos na campanha da Série D. No início da Copa Santa Catarina 2019, teve uma lesão que o tirou do resto da competição. Ao fim do contrato, foi para o América-RN. Ficou no clube potiguar até 2021, acumulando mais de 50 jogos. Depois, teve uma passagem rápida pelo Al Jeel, da Arábia Saudita. Nos primeiros meses de 2022, atuou pelo Volta Redonda. Hoje, está sem clube.


Thiago Alagoano

Thiago Alagoano deixou o Brusque após o fim da Série D, quando seu contrato terminou. O campeonato havia terminado em 18 de agosto, e o Reizinho teve seu retorno anunciado em 17 de setembro. Continuou no clube até o fim da temporada de 2021, com uma série de conquistas, e terminou sua passagem sendo o maior artilheiro da história do clube, com 50 gols marcados em 125 jogos. Disputou o Paulista de 2022 pela Inter de Limeira, e atualmente defende o Criciúma.

Atacantes


Fio

Fio teve uma passagem pelo Brusque muito atrapalhada por lesões. Conseguiu voltar a jogar pelo Brusque, mas deixou o clube ao fim da temporada 2021. Em 2022, jogou a Série A3 do Paulista pelo Capivariano, e disputou a Série B do Catarinense pelo Carlos Renaux, ao lado de Cleyton e Neguete.


Jefferson Renan

O ponta era protagonista no Brusque, e saiu durante a Copa SC de 2019. Foi emprestado ao Figueirense e ajudou a equipe a fugir do rebaixamento à Série C do Brasileiro. Ao final do contrato, foi para o Boavista, pelo qual disputou o Campeonato Carioca. Voltou por empréstimo ao Brusque em 2020 e participou da campanha de acesso à Série B.

Depois, ainda retornou ao Boavista, e teve passagens por Tombense, Vitória e Aparecidense-GO, com a qual tenta subir à Série C.


Júnior Pirambu

O artilheiro da Série D de 2019, com 10 gols em 16 jogos, logo foi para o Londrina, mas não repetiu o sucesso que teve no Brusque. Voltou ao quadricolor por empréstimo em 2021, sendo semifinalista do Catarinense com seis gols marcados. Retornou ao LEC para disputar mais uma Série B, e em 2022 já passou pela Portuguesa-RJ e pelo Brasil de Pelotas, com o qual foi rebaixado à Série D.


Leílson

O baixinho atuou em sete partidas da Série D, incluindo a final em Manaus, mas não renovou o contrato. Passou pelo Ypiranga em 2020. Em 2021, jogou o Paulistão pelo São Bento, e depois atuou pelo São José-RS na Série C. Ao longo de 2022, jogou pelo Botafogo-PB.


Thiago Henrique

O atacante disputou todas as partidas da Série D e marcou dois gols. Não teve boas atuações durante a Copa SC, e deixou o clube após lesão. Passou por Londrina, Criciúma e São Joseense-PR. Atualmente, joga pelo Ansan Greeners, da segunda divisão da Coreia do Sul.


Vicente

O jovem atacante, à época com 20 anos, não teve muitas chances, e não atuou de fato na Série D, sem sair do banco. Deixou o Brusque durante o segundo semestre. Passou por Inter de Bebedouro-SP, Real Noroeste-ES, Flamengo-PI e Jacobina-BA. Mais recentemente, em 2022, integrou o time de aspirantes do Vitória.


Vinícius

O atacante começou a Série D como titular, mas depois foi reserva imediato de Júnior Pirambu. Converteu uma cobrança de pênalti na final em Manaus. Depois do título da Copa SC, rodou por Anápolis-GO, Avenida-RS, Águia Negra-MS, Unirb-BA e ASA-AL. Terminou 2021 em nova passagem pelo Avenida-RS. Em 2022, teve uma passagem relâmpago pelo Doce Mel-BA.

Técnico


Waguinho Dias

Após o título da Série D, Waguinho Dias foi para o Criciúma, na Série B, mas durou apenas cinco partidas. Depois, teve boa passagem pelo América-RN, mas foi demitido após derrotas em clássicos para o ABC. Em 2020, ficou por um curto período no Penapolense, sem evitar o rebaixamento à A3 do Paulista nas três rodadas finais.

Ainda em 2020, Waguinho voltou ao Marcílio Dias. Levou o Marinheiro às quartas de final, na melhor campanha do clube na competição, mas foi eliminado pelo Altos-PI. Na Copa Santa Catarina, caiu nas semifinais para o Concórdia. Em 2021, pelo Uberlândia-MG, o treinador conseguiu a manutenção na elite estadual, e foi demitido durante a Série D.

No mesmo ano, voltou ao Brusque, garantindo a manutenção na Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2022, foi campeão catarinense pelo quadricolor, mas não resistiu a um início irregular na Série B e foi demitido ao fim da sétima rodada. Está sem clube desde então.