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Queda do número de passageiros leva Santa Terezinha Transporte e Turismo à readequar horários

Linha de Brusque ao Gaspar Alto foi extinta por falta de passageiros, e outras são readequadas periodicamente

Queda do número de passageiros leva Santa Terezinha Transporte e Turismo à readequar horários

Linha de Brusque ao Gaspar Alto foi extinta por falta de passageiros, e outras são readequadas periodicamente

A Santa Terezinha decidiu, recentemente, pelo cancelamento da linha que levava passageiros de Brusque a Gaspar Alto. A justificativa da direção é de que esta é uma linha que tinha poucos passageiros, e que os custos de operação não eram cobertos pela arrecadação com as passagens.

A medida não é tão corriqueira, mas readequações de linhas e horários são realizadas periodicamente pela empresa, no que se refere ao serviço de transporte intermunicipal. Recentemente, o Departamento de Transportes e Terminais (Deter) recebeu pedido para que seja encurtada a linha Tijucas-Blumenau para Tijucas-Brusque, o que ainda está em análise.

“Isso não acontece com tanta frequência, ultimamente solicitamos algumas alterações para deixarmos tudo 100%, afirma Artur Klan, diretor da empresa. “Em algumas [o cancelamento] é por falta de passageiro, com certeza”.

Adequações como supressão de horários em determinadas linhas nas cidades de São João Batista, Tijucas e Major Gercino também foram solicitadas ao Deter neste ano.

Klan explica que, no caso do Gaspar Alto, a empresa “tentou de tudo” para que esta linha voltasse a dar lucro, ou operar de forma que fosse vantajoso para a Santa Terezinha e para os passageiros, mas o número limitado de passageiros impossibilitou sua continuidade. “Infelizmente, a cada dia que passava, o número diminuía”.

Facilidade de financiamentos

Em algumas outras linhas as readequações de horários também acontecem por solicitação dos passageiros, mas a direção da empresa informa que não consegue identificar um motivo claro sobre o porquê de, em determinadas linhas, cair o número de passageiros.

“Percebemos, às vezes, que algumas linhas têm queda de passageiros”, relata Artur Klann. “Hoje já não é tanto, mas a gente percebeu que houve uma facilidade de financiamento de motos e carros” diz, ao afirmar que a facilidade de crédito aproximou as pessoas do veículo próprio e as distanciou do serviço de ônibus intermunicipal.

“Mas com alta de gasolina, alta de diesel, mais dificuldade de fazer financiamentos, a gente acredita que volte o pessoal a andar de ônibus, a procurar mais essa opção”.

Alta de combustíveis não influencia

A empresa diz que não diminui a quantidade de linhas e horários disponíveis por casa da alta do preço dos combustíveis, por exemplo. “Não deixamos de fazer horários por causa da alta dos preços, os horários continuam os mesmos, isso não repercute neles, mas reflete no geral”, diz o diretor.

Com isso, para evitar o corte de horários por causa do aumento substancial do custo de operação, a empresa tende, inevitavelmente, a reajustar o preço das passagens para cobrir o aumento destes custos. “Todos esses custos, daqui a pouco, vão ser repassados para os usuários, para que as linhas possam continuar a serem feitas”.

O Deter autorizou em agosto deste ano um aumento de 7,42% na tarifa dos ônibus intermunicipais que circulam no estado. Os reajustes, segundo o departamento, levaram em consideração o desgaste dos veículos, as distâncias e os salários dos funcionários.

Para o próximo ano, aumento maior deve ser autorizado, devido, principalmente, à alta registrada no preço do preço dos combustíveis.

 

 

 

 

 

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