Queda merecida
Não só eu, como muito torcedor, parou pra fazer contas e mais contas para ver as possibilidades que o Brusque tinha para escapar do rebaixamento. Basicamente, o time teria que vencer os seus jogos em casa e já teria o caminho da permanência trilhado. Mas acabou aconteceu exatamente o contrário. Quando tinha gente vendendo a ideia de que tudo mudaria quando o time voltasse a jogar no Augusto Bauer, o drama veio: o quadricolor virou saco de pancada jogando no campo sintético, e as quatro derrotas seguidas acabaram por sepultar as chances. Vamos admitir: o Brusque caiu. E está caindo por merecimento.
Me chama atenção as promessas de melhora que nunca se cumpriram do técnico Marcelo Cabo, que não custou barato para a diretoria, chegou cheio de vontade, prometendo a permanência, mas não conseguiu trazer uma evolução sequer ao funcionamento do time, apenas trabalhando uma parte motivacional que até deu certo resultado lá no começo. De resto, foi tudo mais do mesmo, com jogos terríveis e um ataque que não faz gol. E não cabe a desculpa dos desfalques, viu? No ataque, o time não estava sem seus principais jogadores. Faltou competência mesmo.
O torcedor está triste, porém conformado. Vamos concordar que essa série B, mesmo com o baixíssimo nível técnico, não é para o Brusque continuar. A diretoria teve uma falsa impressão de que estava tudo bem no estadual, mas falhou em algumas situações, como a janela de meio de ano, a manutenção de jogadores questionáveis, a escolha de Marcelo Cabo e a teimosia de manter Luizinho Vieira comandando o time por 19 rodadas. Iria resolver mudar antes? Não sei. Mas alguém poderia trazer de volta a competitividade do time.
Segunda tem jogo contra um Paysandu aliviado e que precisará de um ponto para afugentar de vez o rebaixamento. E eles não tem um plantel tão mais qualificado assim que o Brusque. O Operário também não tem, o Amazonas também não tem. Mas eles estão escapando com trabalhos bem feitos dos seus treinadores. Aqui não vemos isso, pelo menos do atual técnico e do anterior. É voltar pra Série C e aprender com os erros.
Vai começar antes?
A CBF apresentou aos clubes uma proposta de calendário para 2025, com os estaduais começando na segunda semana de janeiro e o Brasileiro já em março, para acomodar melhor o calendário. Isso aí vai ser problema pra quem está jogando as Séries A e B nesta temporada: o tempo de preparação após as férias será muito curto, e até dando risco de lesão pelo curto período. Mas isso não parece ser preocupação para os cartolas.