Aposto que você não conseguiu terminar a semana passada sem ter contato com algum comentário sobre os shows de Roger Waters em São Paulo. Comentários contra ou a favor da postura antifascista do músico – que, aliás, sempre teve a mesma postura, visível em suas letras e muitíssimo visível no filme The Wall. Nem precisaria ver o filme tudo, só o clipe de Another Brick in the Wall, para saber qual é a posição dele. Quem reclamou, reclamou por falta de atenção, no mínimo.

Pois é. E não é que na mesma semana o músico Castor Daudt, que nós conhecemos do DeFalla, passou por um tipo de experiência que tem muito a ver com isso tudo. Aspas para ele: “Semana passada estava indo pra academia com a camiseta do Dark Side of the Moon/Pink Floyd. Na última quadra notei três caras me seguindo. Eu me preparei pra qualquer coisa. Nisso, veio se aproximando e me acenando um pessoal conhecido da academia. Os caras pararam e ficaram só encarando, da esquina. Fiquei intrigado… Quando olhei no espelho veio a resposta. Eles devem ter achado que, por causa das cores do arco-íris, eu estaria defendendo a causa LGBT -que até defendo, mas não era o caso! Com certeza iriam me agredir, se não fosse o movimento das pessoas.

Para confirmar, ele perguntou para várias pessoas na academia e quase ninguém reconheceu a capa super icônica do Pink Floyd. São as referências que se perdem, de geração a geração.

Pelo menos agora, depois dos aplausos e vaias que Roger Waters recebeu em seus shows, por conta da postura antifascista, mais gente conheça – e conheça direito, de preferência – a obra da banda…