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Quem ganha com isso?

O ser humano, homem e mulher, é naturalmente agressivo. Às vezes, violento. Tanto pessoalmente como também coletiva ou socialmente. O conflito faz parte dos relacionamentos humanos. A arte é saber administrar esses conflitos. Para isso, são necessárias certas virtudes que não dons naturais, têm que ser aprendidas, por meio de uma educação, fundada em valores […]

O ser humano, homem e mulher, é naturalmente agressivo. Às vezes, violento. Tanto pessoalmente como também coletiva ou socialmente. O conflito faz parte dos relacionamentos humanos. A arte é saber administrar esses conflitos. Para isso, são necessárias certas virtudes que não dons naturais, têm que ser aprendidas, por meio de uma educação, fundada em valores que respeitem a pessoa e a dignidade humanas; que prezem e defendam a liberdade humana e a coloquem a serviço da harmonia e da paz, tanto pessoal quanto comunitária ou coletivamente.

Quando perdemos esse foco, normalmente, caímos em desentendimentos. Estes conflitos podem se tornar agudos e tão intensos que acabam em guerras. Guerras pessoais, familiares, comunitárias, coletivas. Quem de nós quer a guerra? Será que tem alguém que declare gostar de guerra. E, no entanto, por que vivemos em guerra? Algumas são denominadas “guerras frias”. Outras, são declaradas e executadas, não raro, com intensa violência e atrocidades. Vidas são perdidas, ceifadas. Casas e cidades destruídas. Famílias e comunidades lesadas. Sim, porque a guerra não é só entre países ou nações, mas há verdadeiras guerras domésticas, familiares. Também, têm suas vítimas. Algumas, não raro, trágicas.

Normalmente, pensamos e até falamos que ninguém ganha nada com a guerra. Será assim mesmo? Penso que sempre há alguém que ganha com a guerra. Ao menos, em curto prazo. Porque, com o passar do tempo, o pretenso ganho auferido pode voltar-se contra o ganhador. Todavia, sempre tem aquele que ganha com a guerra. Nas guerras entre países ou nações, são os fabricantes de artefatos de guerra. Ganham muito, às custas de vidas humana, destruição, dores, separações, horrores….

Nas guerras domésticas ou familiares, quase sempre são os advogados. Estes são chamados a intervir nessas guerras para tentar criar condições de entendimento, de reconciliação. Nem sempre são bem-sucedidos. Com frequência, as guerras continuam gerando rancor, ódio, vinganças e até mortes. Também, vantagens que são tidas como ganhos. Será?

Outras vezes, as guerras acontecem nos ambientes de trabalho, nas escolas, nas Universidades, nos estádios de futebol, nas ruas, nos bairros… enfim, onde há dois ou mais seres humanos é possível eclodir uma guerra.

Um dos campos, hoje, mais propício para essas atitudes beligerantes, sem dúvida, está no âmbito da política. Gasta-se mais tempo em “guerrear politicamente” do que em construir a paz e o bem comum.

Estamos vivendo um momento histórico novo, o da informática. A guerra, então, migrou para a informática, para as redes sociais. As vítimas são inúmeras, começando pela verdade, o respeito mútuo, a honra, a palavra, a dignidade, etc. etc..

Tudo isso, mostra que estamos longe de uma educação que nos encaminhe para uma convivência e uma vida mais humanizada, impregnadas de valores que são bases, alicerces de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. Ambiente onde todos ganham. Contrário do da guerra, onde todos perdem.