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Quem ganhou e quem perdeu as eleições de 2022

As eleições de 2022, como todas as outras, consagraram alguns candidatos de Brusque e região que saíram com resultados expressivos. Outros, no entanto, não tiveram tanto sucesso. Términos de compromissos políticos, candidaturas fortalecidas, representação no Senado, eleição de aliados e derrotas amargas estão entre os destaques. Fim do compromisso Desde o início cobrando poucas candidaturas […]

As eleições de 2022, como todas as outras, consagraram alguns candidatos de Brusque e região que saíram com resultados expressivos. Outros, no entanto, não tiveram tanto sucesso. Términos de compromissos políticos, candidaturas fortalecidas, representação no Senado, eleição de aliados e derrotas amargas estão entre os destaques.

Fim do compromisso

Desde o início cobrando poucas candidaturas de Brusque, o prefeito Ari Vequi (MDB) chegou a comprar briga com colegas de partido e a relação entre ele e o MDB ficou estremecida. Por um lado, Ari perdeu, pois não conseguiu eleger seus candidatos, Alessandro Simas (PP) e Jonas Paegle (Patriota).

Porém, por outro lado, o prefeito de Brusque se libertou do compromisso político que tinha com o ex-prefeito Jonas. Agora, Ari está livre para tomar quaisquer decisões de apoio ou, até mesmo, concorrer nas próximas eleições, caso desejar.

Candidatura fortalecida

Único candidato de Guabiruba, Marcos Habitzreuter (DC) não conseguiu se eleger, mas sai com o nome fortalecido para uma próxima eleição, sobretudo em nível municipal. Além de unir dois adversários guabirubenses históricos, MDB e PP, em prol de uma única candidatura da cidade, ele conseguiu uma votação expressiva.

Marcos conquistou 7.312 votos, mais do que vários candidatos que tiveram maiores recursos para campanha. Ele foi o mais votado de Guabiruba, contando com voto de 35% dos eleitores da cidade, e o sexto mais votado de Brusque. Além disso, foi o mais votado de seu partido, o Democracia Cristã, superando Jocimar dos Santos (DC), vereador e presidente da legenda.

São João Batista em destaque

O ex-prefeito de São João Batista Daniel Netto Cândido (Podemos) não conseguiu se eleger deputado estadual. No entanto, surpreendeu e fez uma expressiva votação. A campanha dele foi coordenada pelo ex-deputado Serafim Venzon, que se elegeu em algumas oportunidades e serviu de apoio a Daniel na disputa eleitoral.

Seif e Hermes no Senado

Rendeu ao empresário Hermes Klann (PL-SC) se candidatar a suplente de senador de Jorge Seif (PL-SC). A dupla foi eleita ao Senado, mesmo em meio a uma campanha desacreditada desde o início em que, nos bastidores, aliados de Bolsonaro em Santa Catarina articularam para que os apoios de Seif migrassem a Kennedy Nunes (PTB). No fim, mesmo subestimado, Seif fez uma expressiva votação, se elegeu e levou Klann à primeira suplência, impulsado também pela avalanche bolsonarista eleita no Senado.

Aliados de Paulo Eccel

O ex-prefeito Paulo Eccel (PT) conseguiu ficar como segundo suplente de deputado estadual. Apesar de não ter sido eleito, o desempenho da deputada federal eleita Ana Paula (PT) é de se destacar. Ela teve a candidatura coordenada na região de Brusque por Paulo e foi a quarta mais votada do estado, com 148.781 votos.

Além disso, o candidato a governador de Paulo, Décio Lima (PT), foi ao segundo turno com um desempenho surpreendente, vencendo e deixando de fora do segundo turno o governador Carlos Moisés (Republicanos), então candidato a reeleição. Paulo não foi eleito, mas o destaque dos aliados é benéfico ao ex-prefeito.

Atuação de Ciro Roza

Ciro Roza (PSD), ex-prefeito de Brusque, não concorreu nas eleições de 2022, mas emprestou seu apoio a Paulo Bornhausen (PSD) e Júlio Garcia (PSD). Ciro “nem ganhou, nem perdeu”, pois Bornhausen não foi eleito, porém, em contrapartida, Garcia segue para mais um mandato na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).

Sem deputados, com senadores

Com a vitória de Jorge Seif, Brusque passa a ter dois suplentes de senador: Hermes Klann e Ivete da Silveira (MDB-SC). A cidade, que não possui deputados federais e nem estaduais, conta com dois representantes “a um passo” de uma cadeira no Senado. Ivete da Silveira ainda pode assumir definitivamente como titular, caso o senador Jorginho Mello (PL-SC) seja eleito governador de Santa Catarina.

Nova derrota

O ex-vereador Paulo Sestrem (Podemos) não teve um bom desempenho. Ele teve um mandato ativo como vereador de Brusque, mas foi o quinto colocado na contagem de votos quando foi candidato a prefeito em 2020. Quando concorreu a deputado federal em 2018, fez 13.109 votos. Neste ano, porém, conquistou apenas 7.697 votos para o mesmo cargo, equivalente a pouco mais da metade. Fora da política, Sestrem sai enfraquecido. Vale lembrar que o Podemos não elegeu deputados federais por SC.

Desempenho de Simas

O presidente da Câmara de Brusque, Alessandro Simas, tinha o objetivo de se eleger deputado federal, o que não se concretizou, não conseguindo nem a suplência, já que nomes fortes do partido, como Ângela Amin e Silvio Dreveck, não se elegeram, e o Progressistas ficou sem representantes. Se de um lado não houve êxito na eleição para deputado, Simas fez uma votação expressiva, tornando-se um dos poucos candidatos de Brusque a ultrapassar a barreira dos 20 mil votos em uma eleição estadual.

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