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Quintal de Casa: Praia de Sepultura

Hoje vou contar um pouquinho para vocês de um pedacinho do paraíso que temos aqui no quintal de casa, a praia de Sepultura. Eu frequentava muito o local quando pequena, íamos muito passear lá, passar o dia. Depois começamos a ficar mais por Balneário Camboriú, e deixamos de frequentar as praias da região.

Já com esse projeto em mente de visitar locais próximos, no último mês de 2018 eu já estava sonhando com um tempo para respirar, relaxar, fugir um pouco da turbulência que eu me encontrava, olhei para a minha parceira de academia – que sei que ama praia e seria difícil ela negar meu convite – e falei que queria dar uma fugida no meio da semana e, estava pensando em ir para Sepultura, pois fazia muito tempo que não ia e, queria um lugar lindo, calmo, para mergulhar e renovar minhas energias. Ela topou na hora, sorte a minha, por que com amigas é sempre melhor.

Sendo assim, marcamos na quarta-feira próxima, sair cedo e ir curtir nosso pequeno paraíso do lado de casa.

A praia fica na privilegiada Bombinhas. Dentre tantas outras da região, Sepultura é com certeza uma das mais lindas. Para chegar, é preciso seguir até o fim da avenida principal de Bombinhas e dobrar na rua indicativa a esquerda, antes de descer o morro que leva até a Praia do Retiro dos Padres. Há diversas placas pelo caminho que ajudam a chegar lá sem GPS.

Também há diversos locais para estacionar o carro. Mesmo assim, sugiro chegar cedo, pois costuma ficar muito cheia. Pensávamos que teríamos a praia só para nós, pois era início de dezembro e uma quarta-feira, mas estávamos enganadas. Como chegamos cedo estava tranquilo, porém depois não havia mais espaço na areia para abrir mais um guarda sol e colocar cadeiras. Assim, sugiro ir fora da alta temporada, que é de dezembro a março. Então sim, se tornará mais calmo, um refúgio natural.

Estacionamos o carro, de mochila e, preparadas para nossa aventura, fomos descendo até chegar à praia principal, que não era nosso objetivo e, sim chegar nas partes mais calmas para mergulhar. Na praia principal há estrutura com restaurantes, aluguel de cadeiras, guarda-sol, stand up entre outros. Subimos por uma rampa e ali avistamos a entrada da trilha, uma cerca de madeira, a atravessamos e começamos a seguir. O percurso tem grau de dificuldade fácil. São cerca de 20 minutos para realizar o passeio completo até o fim da trilha.

O caminho é lindo, todo cercado por árvores, ouvindo o barulho do mar de longe e, em algumas partes já era possível vê-lo. De cor verde esmeralda refletindo a luz do sol. Continuamos pela trilha, passamos por alguns bois pelo caminho, esses nos deixaram passar tranquilas, seguimos mais um pouco. Passamos por lindas rosas pequenas nos galhos das árvores e chegamos ao final da trilha. Ali tem-se vista para a Praia de Bombinhas na Ponta das Garoupas. A vista é muito bonita e, podemos ouvir o mar batendo nas pedras, o vento soprando nas árvores e até ver algumas borboletas passeando entre as flores. Lindo, paz.

Voltamos pelo mesmo caminho. Até achar um local que pudéssemos descer e chegar nas “prainhas”, a praia do Biguá. Que lugar maravilhoso. Ali era onde queríamos ir. Águas tranquilas, cristalinas, onde era possível ver os peixes mesmo sem máscara de mergulho de tão límpida. O sol, que estava tímido atrás das nuvens, veio iluminar o dia e deixá-lo ainda mais lindo. Ficamos ali, mergulhando, agradecendo, desfrutando. Tinha muitos peixinhos coloridos, e confesso que alguns nos morderam nas pernas, mas tudo bem, faz parte. Quando o local fica mais calmo – fora de temporada – é possível avistar tartarugas, infelizmente não vimos nenhuma.

Havia por ali um balanço e uma piscina natural que queríamos ter visitado, porém o galho em que o balanço estava amarrado quebrou e, a corda, que ajudava a descer na trilha para a piscina natural, não estava mais no local.

Mesmo assim conseguimos achar um cantinho lindo. Logo depois do estacionamento onde deixamos o carro, o senhor que cuidava nos deu a dica. Seguir até o poste de luz e descer as escadas, ali terá uma piscina natural. Fica entre a Praia da Lagoinha e de Sepultura. Não tem placas. Demos mais um mergulho para nos despedir. Confesso que na hora de subir foi um pouco difícil, quase acontecendo um acidente quando coloquei minhas havaianas com o pé molhado e fui quase de cara nas pedras. Fica dica, não usar chinelos molhados nas pedras lisas.

Fomos até a praia principal de Bombinhas, paramos em um restaurante de frente para o mar para almoçar. Aproveitamos a ducha de água doce para tirar a salgada e depois então trocar de roupas.

Final da tarde, seguimos de volta para casa. Felizes e de energias renovadas!

Recebi muitas mensagens no meu Instagram de pessoas que acharam muito legal essa fugidinha no meio da semana e que, na próxima, queriam ir também. Acho que vou ter que contratar uma minivan para irmos todos. Mas só depois de março, esperar ficarem mais calmos os nossos lindos refúgios. Convido você a, se for possível, de vez em quando também dar essa “fugidinha”. Ela com certeza irá dar uma revigorada nos ânimos. Se não der no meio da semana, vai no final de semana.

Curiosidade
Por que a praia tem esse nome? Remete ao fato que aconteceu nos anos 1840, com uma briga entre escravos, um deles morreu e diz a lenda, teria sido enterrado no local. Antigamente também era conhecida como Praia da Baixada, por causa da sua característica local.

O que eu levei na mochila:
Fui de roupa de banho (maiô), shorts jeans e tênis, por causa da trilha. Depois na mochila tinha mais coisinhas: chinelo, boné, óculos, GoPro (máquina de foto e vídeo que pode ser usada debaixo d’água) biquíni extra, kit sobrevivência feminina: com creme de cabelo, escova de cabelo. Kit beleza. Protetor solar, não levei repelente, mas pode ser usado na trilha. Roupa extra para usar depois de sair do mar. Toalha e máscara de mergulho.

Instagram
Mais fotos e dicas você pode encontrar no meu destaques do Instagram: está como Bombinhas.

“Há lugares que eu penso que Deus me tirou para dançar, uma valsa, tocada pelos ventos com cheiro de mar”
Dani Leão