Admirado no Vaticano, Arcebispo brusquense celebra primeiro ato em homenagem a Santa Dulce dos Pobres no Brasil
Personagem
O primeiro ato em homenagem a Santa Dulce dos Pobres, domingo, no estádio Fonte Nova, em Salvador, deu visibilidade, mais uma vez, ao arcebispo brusquense e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, que é vangloriado pela mídia baiana pela forma como equilibra com extrema habilidade a fé católica com o forte sincretismo religioso local. É tão admirado por isso que ainda em setembro do ano passado, ao completar 75 anos, mandou carta ao papa Francisco colocando-se à disposição para deixar o cargo, como prevê o Código Canônico. O pontífice não respondeu, o que é uma senha para que siga firme na sua missão.
Só prejudicando
Quer dizer que foi um “fracasso” a manifestação, que reuniu 50 pessoas, sábado, na cabeceira da ponte Anita Garibaldi, em Laguna, contra os pedágios no trecho sul da BR 101? Neste país de mandos e desmandos, protestos de uns poucos só ganham notoriedade quando conseguem prejudicar muita gente. No de sábado o “fracasso” se deu por não ter sido possível bloquear o transito na rodovia. Em Florianópolis, finalmente, antes que a população fizesse justiça com as próprias mãos, há muito acabou a mania de fechar as pontes.
Baixa presença
Além dos conflitos internos, o PSL tem o desafio da falta de presença no país, com diretórios em só um quarto dos municípios, diz o jornal “O Globo”. Apesar de receber R$ 8,3 milhões mensais do fundo partidário, a legenda do presidente Jair Bolsonaro não tem diretórios municipais constituídos ou está com a estrutura partidária suspensa em 75% das cidades brasileiras. Apesar da vitória presidencial em 2018, conseguir a segunda maior bancada na Câmara e governadores eleitos em SC, Rondônia e Roraima, está formalmente presente em apenas 1.656 dos 5.570 municípios do país. Em SC não tem diretórios em Florianópolis (desde junho de 2018) e em Joinville, desde agosto deste ano.
Pensão eterna
A Justiça de Florianópolis negou o pagamento de pensão especial à filha do ex-deputado estadual Antônio Guglielmi Sobrinho, que falecido em agosto de 1967, deixou-a inicialmente para a viúva, convertida em favor da filha após sua morte, três anos depois. Recebeu-a por mais de 40 anos, até ser cancelada pelo Estado em 2014. Somente viúvas de deputados e outras categorias profissionais fazem jus ao benefício. A inconformidade, desde 1992, só foi observada quando a beneficiária requereu seu reajuste em 2014 e indeferido, o que a levou a ajuizar ação, que perdeu. Detalhe: a autora tinha 19 anos quando passou a receber o benefício, e dele usufruiu até os 64 anos, bancados pelo contribuinte. Cabe recurso.
Questão de minutos
Ah, as firulas da Justiça tupiniquim! Chegou ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, caso de um fórum de SC que aceitou contestação apresentada por meio físico às 19h04 do último dia do prazo, quatro minutos após o horário oficial de encerramento do expediente, causando protesto da parte contrária. Os ministros entenderam que ainda que a peça de defesa tenha sido recebida pelo cartório judicial e protocolada pouco tempo após o encerramento do expediente, “aceitar a dilação do prazo legal abriria margem para compreensões subjetivas e arbitrárias sobre em que medida seria razoável extrapolar o horário limite para o protocolo”. Perguntar não ofende: o que dizer de quando os tribunais demoram anos, quando não infinitas décadas, para julgar? Ultimamente tem “julgado” o que interessa, até pessoalmente, a seus “supremos”.
Oferta recusada
Conta o deputado Marcius Machado que o governo estadual recusou pedido para que Lages receba uma penitenciária laboral, dessas que tem sido tomadas como referência no país e elogiadas recentemente pelo ministro Sérgio Moro. O Executivo justificou que a Serra já dispõe de duas unidades com tal finalidade. Tudo bem. Mas o que dizer de outros municípios, como Imarui e Palhoça, que tem repelido veementemente presídios de qualquer tipo em seus territórios, como se fossem uma praga?
Acordo
O complexo acordo promovido semana passada pela Justiça do Trabalho de SC, que pode viabilizar a continuidade das atividades da Universidade do Sul de SC (Unisul), foi acompanhado passo a passo pelas demais instituições do sistema Acafe, que vivem situação parecida, porém bem mais amena. Pelo acordo, caso seja transferida para outra mantenedora, a Unisul se compromete a quitar dívida trabalhista de R$ 60 milhões no prazo de 30 dias após a assinatura do contrato. Em contrapartida, os sindicatos prometeram manter suspensas as atuais ações trabalhistas. Um alívio para mais de 2.500 famílias que dependem da instituição e dos seus 22 mil alunos.