Apesar de déficit do orçamento, governo do estado não reduz repasse aos poderes
Farra garantida O governador Carlos Moisés enviou para o Legislativo a proposta da Lei Orçamentária Anual para 2021, projetando um déficit superior a R$ 1,6 bilhão no orçamento. As receitas esperadas são de R$ 30,5 bilhões e as despesas R$ 32,143 bilhões. E mais uma vez se faz um silêncio ensurdecer quanto à possibilidade de […]
Farra garantida
O governador Carlos Moisés enviou para o Legislativo a proposta da Lei Orçamentária Anual para 2021, projetando um déficit superior a R$ 1,6 bilhão no orçamento. As receitas esperadas são de R$ 30,5 bilhões e as despesas R$ 32,143 bilhões. E mais uma vez se faz um silêncio ensurdecer quanto à possibilidade de se reduzir os duodécimos ou repasses constitucionais para os poderes (Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa e Ministério Público) onde, conforme se tem constatado, apesar de tantos privilégios em salários, benefícios e mordomias, sobra muito dinheiro.
O socialista
O senador Esperidião Amin (PPSC) está propondo via projeto de lei, o que há décadas sempre se falou e nunca se conseguiu tornar realidade neste país: elevar a alíquota do Imposto de Renda para as pessoas físicas e jurídicas que ganham mais e, com tal receita, de dezenas de bilhões, financiar ações sociais, no caso o Renda Cidadã, a menina dos olhos do presidente Jair Bolsonaro. Se começar pelos congressistas seria um bom sinal.
O contra
Estava prevista para a noite de ontem, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro há sete meses e congelada desde então pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a votação da medida provisória que cria um incentivo contábil para estimular bancos a emprestarem dinheiro de capital de giro a micro, pequenas e médias empresas, terrivelmente afetadas pela pandemia. Só pensando na sua reeleição, Maia dificultou o encaminhamento da MP o quanto pôde. Ficou insensível ao fato de tais empresas concentrarem 70% dos empregos no Brasil. Repugnante.
Gringos
Nas eleições municipais deste ano há 2.650 candidatos a prefeito e vereador nascidos em outros países e que se naturalizaram brasileiros, caso contrário não poderiam concorrer. Seus nomes registrados para ir às urnas deixam evidente suas origens, como Rogério Lisboa Portuga, candidato a vereador em Joinville.
Duas justiças
A Justiça norte-americana definiu indenização de R$ 4,8 bilhões, por parte das seguradoras, para famílias de vítimas do voo da Chapecoense. O senador Jorginho Mello (PL-SC), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o acidente que provocou a morte de 71 pessoas em 2016 na Colômbia, comemorou a decisão e cobrou uma atitude da Justiça brasileira, que não está dando ao caso a devida consideração.
Parecença
Tudo indica que, pela intensidade das informações, cada vez mais interessantes em particularidades, que são extraídas das investigações, logo se vai ter que começar a falar de Alcatraz como se ela fosse a Lava-Jato catarinense, na Assembleia Legislativa.
Obscurantismo
O advento de uma lei, em Blumenau, punindo com multa de R$ 2,5 mil quem em ônibus de uso coletivo ou táxi negar transporte a pessoas cegas acompanhadas por cão-guia expõe o obscurantismo e a cruel ignorância de algumas pessoas. É preciso uma lei para garantir um direito? Não passa pela cabeça de tais ignaros que os animais são alvo de intenso treinamento antes de sair às ruas? Não é o cão que se sente discriminado com tal estupidez: é o deficiente visual.
Posição
Sobre as acusações envolvendo diversos políticos de SC, o jovem deputado estadual Bruno Souza (Novo) manda dizer: “Todos devem ser investigados; culpados devem ser punidos com rigor; ninguém está acima da lei” . E conclui: “A corrupção vai existir enquanto continuar havendo impunidade”. Absoluta verdade.
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Em maio de 2018 este espaço reclamou não entender porque Araquém Alcântara, fotógrafo de natureza e um dos mais importantes da atualidade, manezinho da Ilha de SC, é um ilustre desconhecido em sua própria terra natal. Porque não é convidado para uma exposição, lançamento de seus livros, palestras, etc.? Teria muito o que mostrar. Foi o primeiro a documentar todos os parques nacionais do Brasil e recentemente produziu uma edição especial para a National Geographic Society denominada “Bichos do Brasil”, transformada em livro.
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Araquém está comemorando agora 50 anos de carreira, clicando o Brasil por infinitos ângulos. Aos 69 anos, está às vésperas de mais uma viagem para a Amazônia para, com seus registros, lançar o 56º livro de sua carreira, na Feira de Frankfurt (Alemanha). Antes, lançará outro, centrado no Pantanal.