Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Atuação do MP evita caos generalizado na fiscalização para conter a Covid-19

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Atuação do MP evita caos generalizado na fiscalização para conter a Covid-19

Raul Sartori

Baderna
Reconheça-se. Se não fosse o Ministério Público de SC, estaríamos vivendo um caos generalizado no controle e fiscalização para conter o avanço avassalador da covid-19 no estado. O deputado estadual e médico Vicente Caropreso (PSDB) resume a situação numa frase: “O momento precisa de estadistas e não fazedores de média”.

O outro
Com o resultado do julgamento de sexta-feira, livrando-o do crime de responsabilidade por ter concedido reajuste salarial dos procuradores do Estado, deve surgir um “novo governador” Carlos Moisés, digamos assim, disposto a honrar a estupenda votação que recebeu de milhões de catarinenses em 2018. O tempo de afastamento o fez repensar muitas atitudes, entre elas a necessidade de diálogo, inclusive com a “velha política” e seus conhecidos personagens. Agora sabe onde há joio e trigo. Fará um governo de coalização, mas o desejo dos catarinenses decentes é que não ceda um milímetro em tudo que for contra a qualquer princípio ético e moral na gestão pública.

Witzel comemora
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, comemorou a absolvição de Carlos Moisés. O ex-juiz também responde junto a um tribunal misto, formado por cinco deputados e cinco desembargadores, e entrega hoje sua defesa no processo. Em rede social afirmou que “o direito prevaleceu sobre a política” e que a decisão, aqui, foi um “recado importantíssimo que o Estado de SC manda para o Brasil”. Disse ainda que divergências políticas devem ser resolvidas com debate de ideias e respeito ao voto.

Perdeu
Jair Bolsonaro perdeu mais uma disputa política. Foi a absolvição de Carlos Moisés. Atuou para o que o resultado fosse o contrário. Tanto que despachou para Florianópolis a advogada da família, Karina Kufa. Tentou tudo para que Daniela Reinehr ficasse no comando do Executivo. Em vão.

Curiosidade
Vários jornalistas tentam descobrir a verdadeira razão – pois existem versões diversas e oficiosas, evidentemente – do ódio que o notório deputado Kennedy Nunes (PSD) tem do governador Carlos Moisés. Ele foi um dos três votos pela condenação do chefe do Executivo na sessão do Tribunal Misto, sexta-feira. Houve quem dissesse que Moisés poderia declinar o motivo, mas prefere se calar. Ou guardar munição para uma hora mais adequada.

Calem-se!
Nas reuniões recentes, por videoconferência, das principais entidades da economia de SC, como Fiesc, Faesc, Fecomércio e Facisc, dentre outras, os participantes (os “donos” do PIB do Estado) não se calam e não raro, de modo explícito, expressam sua contrariedade em relação a Bolsonaro e seus filhos por seus disparates, quase que diários. Temem que causem bloqueios às exportações, principalmente para a China.

Reserva feminina
A Câmara dos Deputados deve votar, em breve, Proposta de Emenda à Constituição que reserva até 16% dos assentos para mulheres em todas as instâncias do Poder Legislativo — municipal, estadual e federal. Percentual mínimo já cumprido na maioria delas. Nas eleições do dia 15 em 948 câmaras do país não foi eleita nenhuma mulher.

Isenção
Escreveu-se aqui da penúria dos agricultores catarinenses que além da pandemia, sofrem horrores com a falta de água, mas mesmo assim tem que pagar pela outorga de uso de recursos hídricos. Na Assembleia Legislativa começou a tramitar projeto de lei do deputado Jerry Comper (MDB) que os isenta de tal taxa, quando proprietários com até quatro módulos rurais. Comper é filho de agricultor.

Uniforme
Discute-se no momento o que será uma futura lei estadual dispondo que o uniforme escolar na educação básica da rede pública seja compatível com o clima de cada município ou região. Como chegar a um denominador comum? Há poucos dias ocorreu geada nos pontos mais altos de SC e, no dia seguinte, temperaturas próximas de 30 graus centígrados.

Uso indevido
Autoridades de segurança pública estadual se calam sobre um assunto que deveria ser deixado a limpo: empresas de segurança privada, sem conhecimento daquelas a quem prestam serviço, malandramente não deixam preposto nos locais contratados e a “vigilância” é feita pela PM, acionada por elas.

Universidade “branca”
A presença de professores negros, doutores e pesquisadores que se autodeclaram pretos ou pardos ainda é tímida na UFSC. Num universo de 2.650, há apenas 19 que se autodeclaram pretos, e 43 pardos. Entre os 30 mil estudantes em 107 cursos, se autodeclaram pretos 1.555, e pardos 3.464.

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