Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Balneário comemora alargamento da faixa de areia, mas tem vários pontos impróprios para banho

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Balneário comemora alargamento da faixa de areia, mas tem vários pontos impróprios para banho

Raul Sartori

Telhado de vidro
Balneário Camboriú alardeia a liberação, ocorrida sexta-feira, da Licença Ambiental de Instalação (LAI) para o alargamento da sua praia central. Com custo de R$ 68 milhões, ganhará mais de 40 metros da área de praia, passando dos atuais 25 metros para 70. Lindo, maravilhoso. E a água? Na mesma sexta-feira os relatórios de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente, que liberou a licença para o alargamento, mostravam que no ponto que fica mais próximo da foz do rio Camboriú, em praticamente 50% das análises a qualidade da água estava imprópria para banho. Atualmente, o IMA faz análise da qualidade da água em 10 pontos da praia que será alargada. Todos eles, em algum momento, apresentaram qualidade imprópria para banho.

Harmonia
Uma ponte une as boas relações entre o Legislativo e o Executivo estadual, que até recentemente pareciam separados por um oceano. Ela se chama Eron Giordani, que o governador Carlos Moisés escolheu para secretário de Estado da Casa Civil depois que se livrou do impeachment. Desde então, diz o presidente da Assembleia, deputado Júlio Garcia, “estamos em uma relação harmônica e salutar que veio para ficar”.

Onda colorida
Mesmo com a pandemia ainda dando todas as cartas, está mantida para março de 2021 a oitava edição do Gay Surf Brasil, na Praia do Rosa em Imbituba.

Índios
A população indígena de SC, de pouco mais de 16 mil pessoas, conforme o censo do IBGE de 2010, ganha uma representatividade pública. A lei estadual 18.038, sancionada sexta-feira pelo governador Carlos Moisés, institui o Conselho Estadual dos Povos Indígenas (Cepin-SC), de caráter permanente e deliberativos, subordinado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social.

Perdimento
A exemplo do que já acontece com os bandidos “federais” do tráfico, digamos assim, os estaduais também estão tendo derrotas na justiça. Dois deles, no município de Armazém, acabam de ser condenados não só a 12 anos e sete meses de prisão cada um e multa de R$ 116 mil, como também com a perda do veículo utilizado para o tráfico, transferido para a PM de Gravatal, que atende a região. Se isso pegar…

Burocracia
O governador Carlos Moisés deve sancionar na integra projeto que libera de atos públicos cerca de 290 atividades econômicas de baixo risco em SC. Será o começo do fim de famigeradas e inúteis exigências, trocentas licenças, certidões, alvarás e, porque não, as praticamente inúteis formalidades chamadas autenticação e reconhecimento de firma em cartório?

Cofre fechado
Os prefeitos eleitos ou reeleitos que na campanha prometeram aumentar o serviço público e fazer concursos vão ter que se explicar, já que não conseguirão fazer nada. Lei aprovada em maio deste ano pelo Congresso Nacional impede a União, os Estados e os municípios de fazer qualquer contratação, reajuste ou reforma administrativa que traga aumento de despesa. Está na lei complementar 173, que criou o programa federal de enfrentamento à pandemia do coronavírus. O congelamento de vagas e salários foi a contrapartida a um alívio financeiro de R$ 125 bilhões e à suspensão de pagamentos da dívida com a União, e vale até 31 de dezembro de 2021.

Honestidade
Por ser algo bom é que talvez poucos tomem conhecimento do Prêmio Honestidade nas Escolas Públicas Estaduais de SC, cuja segunda edição teve a entrega de premiações, ontem. Foram premiados os desenhos mais criativos a partir do tema “O que é ser honesto?”.

Diálogo de surdos
A Federação Catarinense dos Municípios, Ministério Público estadual, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde e Associação de Hospitais do Estado se posicionam firmemente, em nota pública. Dizem que em um momento em que 91% dos leitos de UTI disponíveis em SC estão ocupados e em que o Estado vive o pico mais alto da pandemia do coronavírus desde o início das medidas de contenção da doença, em março, é preciso observar com rigor as recomendações técnicas das equipes de Vigilância Epidemiológica no sentido de que qualquer medida dos gestores, municipais e estadual devem induzir a diminuição da circulação de pessoas, jamais o contrário, como vem ocorrendo. Corretíssimo. Mas isso os deputados estaduais não querem entender.

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