Bolsonaro é inoportuno ao zerar imposto para importação de armas após assalto em Criciúma
Inoportuno O presidente Jair Bolsonaro não poderia escolher outra oportunidade para zerar a alíquota da importação de armas (revólveres e pistolas) depois do que aconteceu em Criciúma e numa cidade do Pará, semana passada? Os bandidos vão agradecer. O custo dos assaltos ficará bem mais barato. Porque não zerar, antes, impostos de importação de vários […]
Inoportuno
O presidente Jair Bolsonaro não poderia escolher outra oportunidade para zerar a alíquota da importação de armas (revólveres e pistolas) depois do que aconteceu em Criciúma e numa cidade do Pará, semana passada? Os bandidos vão agradecer. O custo dos assaltos ficará bem mais barato. Porque não zerar, antes, impostos de importação de vários medicamentos?
Inacessível
O presidente da Câmara dos Deputados, o falado e espaçoso Rodrigo Maia, vive numa redoma, tanto é o poder que se atribui. Para falar com ele, só com audiência marcada, mesmo para colegas da Casa, como do catarinense Celso Maldaner (MDB), a quem foi pedir para ele pautar três importantes projetos seus, entre eles o que dá autonomia ao Banco Central e o que inclui o medicamento Zolgensma no SUS, cuja vacina custa R$ 12 milhões e cura, em dose única, crianças acometidas pela doença degenerativa atrofia muscular espinhal (AME)
Combate à corrupção
De janeiro ao início deste mês, o Ministério Público estadual conseguiu sucesso em 74,4% das ações de improbidade administrativa julgadas Tribunal de Justiça. Foram 109 nesse tipo, das quais 81 procedentes. Na área criminal, no mesmo período foram apresentadas 457 denúncias por crimes contra a administração pública, que envolvem atos de corrupção, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e ilegalidades na gestão pública.
Isenção
Cabe ao governador Carlos Moisés decidir se veta ou sanciona projeto de lei que isenta da taxa de inscrição voluntários que auxiliam atletas com deficiência em competições. Surpreende saber, para quem não é do meio, que há tal cobrança, como para o empurrador da cadeira de rodas, por exemplo. Sem ela se promoverá mais inclusão, por que não?
Sem Terra
O ex-deputado Vilson Santin, que é coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), fez uma visita institucional ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Garcia, presenteando-o com uma cesta de alimentos saudáveis da marca Terra Viva, produzidos nos assentamentos de SC. O MST atua há 35 anos em SC, tempo em que conquistou 80 mil hectares de terras e que possibilitaram a 30 mil pessoas viver com dignidade e produzir alimentos.
Espionagem
Parece espionagem internacional o que ocorreu no início deste ano e revelado agora pelo secretário de Estado da Agricultura, Ricardo Gouvêa. Diz que quando o Ministério da Agricultura anunciou a possibilidade do transporte de animais do Paraná e do Rio Grande do Sul por SC, a Coréia do Sul, um dos maiores importadores de carnes do Estado, imediatamente pediu informações e ameaçou interromper as importações, em função dos vizinhos não serem livres de febre aftosa, como é o caso catarinense.
Bairrismo
Há lobby discreto sobre o governador Carlos Moisés para que transforme em lei projeto legislativo estabelecendo que ao menos 20% das cervejas comercializadas em eventos realizados com recursos públicos sejam de origem artesanal e produzidas em território catarinense. Embora fira o princípio da livre concorrência e crie explícita reserva de mercado, tem lá suas razões.
Leitura
O deputado federal e ex-ator Alexandre Frota (PSDB-SC) tem sido muito atuante no Congresso. Esta semana o Senado aprovou projeto dele que torna obrigatória a leitura de, no mínimo, um livro por semestre para cada aluno regularmente matriculado nas escolas públicas municipais que cursam até o 5° ano, e dois livros por semestre para os alunos matriculados nas séries seguintes. Sugere-se ao congressista perguntar se os professores leem o que ele propõe para os estudantes. Hum…
Turismo colaborativo
O que há séculos se pratica no mundo civilizado, pode começar no Brasil. Um projeto de lei no Congresso altera a Lei do Turismo para regulamentar, aqui, o que se chama turismo colaborativo – sistema que permite ao hóspede pagar parcial ou totalmente sua estada por meio da prestação de serviços no estabelecimento hoteleiro.
2020
Seremos sempre reféns do que foi este ano de 2020. E o levaremos na memória, pelo resto de nossas vidas, como se ele nunca tivesse terminado.