Catarinenses, gaúchos e paranaenses são agora os que menos apoiam o isolamento social
Isolamento
Catarinenses, gaúchos e paranaenses são agora os que menos apoiam o isolamento social. Só 51,9%, mostra levantamento do Paraná Pesquisa. O maior apoio é entre os nordestinos, de 54,1%.
Escolhas
Numa acalorada roda no calçadão da rua Felipe Schmidt, no centro de Florianópolis, um grupo de homens, de todas as matizes profissionais e intelectuais, discutiu, ontem cedo, sem chegar a uma conclusão, se o governador fez uma “escolha de Sofia” ou pousou de Pôncio Pilatos ao flexibilizar (não sob imensa pressão) as restrições relacionadas à covid-19. Porque aqui também é cultura: diz-se “escolha de Sofia) quando alguém é forçado a optar entre duas alterativas igualmente insuportáveis, como é o caso. “A Escolha de Sofia” é um romance famoso de William Styron, que virou também filme de sucesso com assombrosa atuação de Meryl Streep. Lavar as mãos é uma simbologia para definir uma pessoa que se retira do problema, e o julga como irrelevante, após decisão própria. Na história biblica, Pôncio Pilatos decidiu que outros julgassem se Jesus seria crucificado ou não. A decisão seria dele, mas nesse meio tempo, lavou as mãos.
Balcão
Com oferta ao temido Centrão, um grupo de quase 400 deputados federais do baixo clero, Bolsonaro busca expandir poderes via cargos. Aquele passarinho veio dizer que se é assim o deputado federal catarinense Rogério Peninha Mendonça (MDB), fã incondicional e número um do presidente, será um nome muito valorizado no Palácio do Planalto. A conferir.
Lobby religioso
Não foi nada religioso, digamos assim, o lobby na Assembleia Legislativa sobre o governador Carlos Moisés para ele levantar as restrições a celebrações religiosas por imposição da covid-19. Dos 40 deputados estaduais, nove são evangélicos e destes quatro representam tais igrejas no Legislativo estadual. Os demais 31, a maioria católicos, pouco se importaram.
Calamidade abreviada
O deputado estadual Sargento Lima (PSL) quer mudar o decreto legislativo 18.332 que estabeleceu o prazo de calamidade pública em SC até 31 de dezembro deste ano. Até lá, o governo está dispensado de atingir resultados fiscais. Lima propõe que os relatórios mensais produzidos por comissão parlamentar e o secretário da Fazenda sobre a situação econômica do Estado sejam submetidos ao plenário do Legislativo e, com base neles, os deputados decidiriam pela manutenção, ou não, do estado de calamidade.
Corrente do bem
Os cartórios de SC tornaram-se postos de coleta para arrecadar alimentos não perecíveis, roupas, máscaras, lençóis, cobertores e itens de higiene e limpeza para ajudar as pessoas mais atingidos pela pandemia. São mais de 600 serventias, presentes em todos os municípios. Os postos de coleta estão identificados com o cartaz da campanha “Amor em SC” na área externa. Cabe a elas a destinação dos itens, identificando as comunidades carentes e instituições de apoio às mesmas na sua cidade e região.
Coerência
Ouve-se a toda hora muitas pessoas dizer que não tem receio nenhum de sair às ruas sem máscara; outras invocam proteção divina para não usar o acessório contra o novo coronavírus. Mas perguntar não ofende: se foram contaminadas, preferirão ficar em casa (e talvez até morrer) ou procurar, e provavelmente ter que disputar uma vaga em UTI de hospital?
Fúria arrecadadora
Em levantamento para subsidiar projeto de lei propondo a prorrogação do pagamento de taxas estaduais, o deputado Milton Hobus (PSD), constatou, atônito, que hoje os catarinenses pagam pelo menos 15 tipos delas e cada uma agregando outras dezenas de tarifas, como é o caso do meio ambiente, que tem uma série de licenças que precisam ser pagas todos os anos.
Isolamento
Catarinenses, gaúchos e paranaenses são agora os que menos apoiam o isolamento social. Só 51,9%, mostra levantamento do Paraná Pesquisa. O maior apoio é entre os nordestinos, de 54,1%.
Santo de casa…
Leitor blumenauense registra que oito anos após sua morte, o cantor, compositor e guitarrista local Celso Blues Boy (1956-2012), que fez sua carreira nacional no Rio de Janeiro, ignora que sua cidade natal tenha prestado a ele alguma homenagem póstuma, como nome de beco, rua ou algo assim.
Despreparado punido
A ausência de treinamento prévio faz com que a presunção de culpa por um acidente de trabalho recaia exclusivamente sobre a empresa, ainda que o trabalhador possa ter cometido ato inseguro. Foi com esse entendimento que a Justiça do Trabalho de SC negou o recurso de uma madeireira de Palma Sola em ação proposta por um empregado que perdeu três dedos da mão esquerda num acidente ocorrido em 2018.