Chamado de Louro José, Luciano Hang responde Lula: “Saudades de uma 51?”
Quem fala o quer…
Quem diz o que quer, tem que ouvir o que não quer. Da prisão em Curitiba, Lula postou um comentário em rede social em relação a Luciano Hang, o dono da Havan, e à classe empresarial brasileira que, para ele, “não está comprometida com o desenvolvimento nacional”. Escreveu: “Aquele dono da Havan parece o Louro José com aquela roupinha dele. Qualquer dia a Ana Maria Braga pega ele e coloca em cima da mesa. Eu fico me perguntando onde estão os grandes empresários comprometidos com esse país?”. Hang respondeu: “Fico feliz com a lembrança do Lula à minha pessoa, sinal que ele está vendo os meus vídeos. Espero comemorar por muitos anos o seu aniversário como presidiário. Empresários bons eram os que pagavam as contas do triplex, do sítio ou de suas palestras fajutas. Saudades de uma 51?”
História
Não só por disputar a final da Série D do futebol brasileiros, o Brusque faz história. Para o jogo de ontem todos os 45.500 ingressos foram vendidos, um recorde na Arena da Amazônia, em Manaus, um dos palcos da Copa do Mundo de 2014 que desde o projeto esteve envolvido em corrupção da mais ordinária. Custou R$ 660 milhões e virou um elefante branco.
Exílio
O colunista Ancelmo Goes publicou em “O Globo”, sábado, nota informando que o conhecido pianista Arthur Moreira Lima, 79 anos, que mora em Florianópolis, compareceu na estreia da exposição dos chargistas Aroeira, Paulo e Chico Caruso, quinta-feira, no Rio, e teria dito: “Ufa! Encontrei uma festa em que ninguém votou no Bolsonaro. Em SC, em todo lugar que a gente vai, todo mundo votou nele”.
Coerência
O presidente Jair Bolsonaro assinou na noite de sábado, na 64ª Festa de Peão de Boiadeiro, em Barretos (SP) decreto que flexibiliza a legislação sobre rodeios no país, ao lado de protocolos de proteção aos animais. Será que, mantida a linha, teremos, em breve, primeiro críticas e depois a revisão da proibição da infame farra do boi em SC?
Incentivos fiscais
Mesmo com a decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária de prorrogar até 31 de dezembro a convalidação ou a reinstituição dos incentivos fiscais que eram concedidos até 2017, o Comitê de Defesa da Competitividade da Economia Catarinense segue no trabalho de pressão para que o governo do estado mantenha os benefícios. Hoje, a advogada tributarista Kelly Martarello palestra sobre as alterações e os reflexos para a economia estadual na Associação Empresarial de São Francisco do Sul. O coordenador do comitê, Marcelo Alessandro Petrelli, também é um dos palestrantes.
Diabólico
A Igreja Católica ainda apita. Em audiência pública em Santa Rosa de Lima, quando várias comunidades rejeitaram a implantação de uma usina de fosfato em Anitápolis e deram apoio total a projeto de lei para proibir a exploração da rocha, foi convidado e participou ativamente o padre Aluísio Heidemnn, vigário de Imaruí e coordenador da Pastoral da Terra da Diocese de Tubarão, que considerou o projeto “diabólico”. Foi muito aplaudido.
Abuso
Fala-se tanto em abuso de autoridade. Um deles, fresquinho: um morador de Canoinhas escapou da cadeia por crime ambiental pelo fato de ter sido flagrado transportando 18 quilos de peixes capturados durante o período de defeso. Os policiais ambientais não acreditaram quando disse – e depois provou, com testemunhas – que o fez com uso de um balde em um tanque artificial formado em decorrência de cheia no rio. Iam morrer de qualquer forma. Mesmo assim a ação foi adiante até ser julgada como “bagatela” semana passada, em segunda instância (TJ-SC).
Caso emblemático
O governador Carlos Moisés deve sancionar projeto de lei que proíbe a inauguração de obras inacabadas, em todos os poderes e órgãos do estado. Um caso recente disso é emblemático: foi o da entrega para uso do Centro de Eventos de Balneário Camboriú, sem a presença de nenhum equipamento. A necessidade de haver um projeto com tal sentido expõe o que é capaz nossa classe política.
Papelada
A coluna acompanha caso em que agricultor familiar quer se habilitar a financiamento do Plano Safra 2019/2020 que, dentre várias novidades, permite reforma e construção de casa rural no valor até R$ 50 mil. Para começar, ele foi alertado que tem que se preparar com pelo menos R$ 5 mil para burocracia, como o necessário projeto técnico, sanitário e elétrico, além das licenças municipais. Lá se vão 10% do valor do contrato. O pequeno e humilde produtor está para se decidir se constrói clandestinamente ou se vai morar no perímetro urbano, para onde já se transferiram cinco filhos.