Cinismo: advogados querem responsabilizar Sergio Moro por “prejuízos” da Lava Jato
País sério? Advogados do Grupo Prerrogativas, a pedido de deputados federais do PT, pleiteiam judicialmente do ex-juiz Sergio Moro o ressarcimento pelos “prejuízos causados à Petrobras e pelos milhões de desempregados em razão da Operação Lava Jato”. Cinismo, não? Foram anos de investigações, com delações premiadas, alguns bilhões de reais recuperados e uma quadrilha de […]
País sério?
Advogados do Grupo Prerrogativas, a pedido de deputados federais do PT, pleiteiam judicialmente do ex-juiz Sergio Moro o ressarcimento pelos “prejuízos causados à Petrobras e pelos milhões de desempregados em razão da Operação Lava Jato”. Cinismo, não? Foram anos de investigações, com delações premiadas, alguns bilhões de reais recuperados e uma quadrilha de ladrões na cadeia, libertados porque o inqualificável Supremo Tribunal Federal tornou os processos inválidos por questiúnculas jurídicas. Se a ação vingar, estaremos provando ao mundo que, definitivamente, não somos um país sério.
Vai vetar?
Para espanto geral, Bolsonaro vetou integralmente projeto de lei aprovado com encômios no Congresso que inscreve o nome da renomada psiquiatra Nise da Silveira no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A Presidência da República argumentou que, após ouvir a Casa Civil, decidiu vetar a proposta, por representar “contrariedade ao interesse público”. O mesmo Congresso está em vias de aprovar o nome da catarinense Zilda Arns com a mesma honraria. Será vetado? A conferir.
Exemplo
O senador Esperidião Amin (PP-SC) foi à tribuna parabenizar o taxista Edson Schlogl, de Blumenau, que encontrou uma carteira na rua com R$ 5 mil e cartões com suas respectivas senhas e devolveu para sua proprietária. O taxista fez uma mobilização para encontrar a dona da carteira, que havia deixado o objeto em cima de um carro, não percebeu e saiu dirigindo o veículo. “Eu acho que um país não é feito apenas pelos heróis que vão para o Panteão. Um país é feito quando o caráter, quando a correção se dissemina na sociedade”, afirmou. Belíssimo exemplo.
Tarefas
Eleita para a terceira secretaria da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a congressista catarinense Geovânia de Sá (PSDB-SC) tem tarefas específicas (e não raro difíceis de controlar, porque há deputados verdadeiramente safados) no cargo. Caberá a ela autorizar a emissão de passaportes para os parlamentares e o reembolso com passagens aéreas internacionais.
Privatização
Começou ontem e segue até sábado, em Joinville, o 11º Congresso dos Empregados da Celesc. E uma das principais bandeiras de debate é a luta pelo compromisso de a companhia permanecer pública. Atualmente é a maior estatal de SC e uma das grandes do Estado. Seu presidente, Cleicio Poleto Martins, e os senadores Dário Berger (PSB) e Espiridião Amin (PP) tem participação nos debates, junto com vários deputados estaduais e federais. Paulo Horn, representante dos empregados no conselho, argumenta que como a Celesc pratica a menor tarifa de energia do Brasil, não há justificativa para sua privatização. Pensando bem…
Volta por cima
Não faltou emoção no Tribunal do Júri da comarca de Itapema, dia desses. Dois detentos do presidio local lá retornaram, não para sentar no banco dos réus e sim para colar grau em curso de nível superior. O mestre de cerimônias parafraseou o memorável político britânico Winston Churchil: “O sucesso não é definitivo e o fracasso não é fatal: o que importa é a coragem para seguir em frente”.
Ajudou
Fato ocorrido recentemente em SC, aqui relatado, foi o que motivou a aprovação pelo Senado, anteontem, por unanimidade, do projeto que garante a companhia de animais domésticos de pequeno porte em todos os meios de transporte ou em locais abertos ao público por pessoa com deficiência mental, intelectual ou sensorial. O relator foi o senador Romário (PL-RJ). O texto regulamenta o que já acontece com o cão-guia para pessoas com deficiência visual.
Apropriado
Projeto em tramitação no Legislativo estadual propõe alterar a denominação “mês antidrogas” para “junho branco” no calendário de datas estaduais. No caso trata-se de uma semana anual dedicada a ações e políticas de combate às drogas em SC.
A conta
Opositor de Carlos Moises, o deputado estadual Ivan Naatz (PL) fez um alerta ao Ministério Público Eleitoral quanto as reuniões realizadas na Casa da Agronômica, residência oficial do governador, com políticos de diferentes partidos para tratar de eleição. Não sugeriu outro lugar. Em todo caso se sabe quem paga a conta, em qualquer lugar.
Insensatez
A prefeitura de São Luiz, de 8 mil habitantes, menor PIB de Roraima, contratou por R$ 800 mil o cachê de show do cantor Gustavo Lima, atração principal de uma vaquejada local programada para dezembro.