X
X

Buscar

Covid-19: governadores se unem para neutralizar medidas liberais de Bolsonaro

O que fazer Partidos, ideologias e política à parte, a maioria dos governadores forma um bloco unido em relação a tomada de medidas em relação ao covid-19, e é certo que eles – e Carlos Moisés, de SC, junto – devem acionar a Justiça se o presidente Jair Bolsonaro cumprir a sua vontade e assinar […]

O que fazer
Partidos, ideologias e política à parte, a maioria dos governadores forma um bloco unido em relação a tomada de medidas em relação ao covid-19, e é certo que eles – e Carlos Moisés, de SC, junto – devem acionar a Justiça se o presidente Jair Bolsonaro cumprir a sua vontade e assinar um decreto para liberar setores da economia a voltarem a funcionar. Em privado, Moisés reprovou a atitude de Bolsonaro que no domingo, contrariando orientação do Ministério da Saúde, passeou por Brasília, cumprimentando pessoas.

Desfile
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é médico, ficou furioso com uma carreata, em Goiânia, contra o isolamento social. Diz que foi feita por alguns poucos, pilotando BMW, Land Rover e outros carrões. Não tanto em número de máquinas tão caras, mas o que se viu em Balneário Camboriú, semana passada, chegou perto. A propósito, a popularidade de Jair Bolsonaro na cidade é algo que impressiona.

Previsão
Gente bem preparada e informada no governo estadual garante que se o isolamento social se manter por mais uma semana, SC vai terminar a quarentena quando, muito provavelmente, estiver começado uma fase crítica no combate à pandemia no resto do Brasil.

Raiva
Elogiado por conduzir as ações contra o covid-19 e dividir responsabilidades com os demais poderes e prefeitos, o governador Carlos Moises tem que ouvir o que não quer, como o deputado estadual e empresário em Rio do Sul, Milton Hobus (PSD), que o chamou de idiota por esticar o isolamento social por mais uma semana.

Número dois
A deputada federal catarinense Carmen Zanotto (Cidadania) foi escolhida pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta, e ontem mesmo passou a ser a coordenadora para a região sul (SC, PR e RS) das ações da União no enfrentamento do covid-19. Relatora de comissão externa criada no Congresso especialmente voltada ao covid-19, e enfermeira de profissão, recomenda o isolamento social, mas admite flexibilizações, como as que estão sendo feitas em SC.

Ignorância
Com tanta informação sobre o isolamento social, a Policia Militar foi acionada no último final de semana, em São João Batista, porque a dona de um bar resolveu fazer um carreteiro para 80 pessoas, cobrando R$ 40 por cabeça. A PM chegou depois que todos haviam enchido o bucho.

Alta sociedade
Em Criciúma, uma socialite das mais conhecidas baixou hospital e deixou as amigas em pânico, as mesmas que estiveram com ela numa festa badalada na cidade. Uma chegou com gripe de outra e também famosa festa de Braço do Norte, onde se infectou. As fotos em redes sociais expuseram muitas pessoas. Com é obvio se supor, é o principal tema de conversas da região nos últimos dias. Umas não estão nem aí. O que importa é aparecer.

Inutilidade
Não dá para pensar em impeachment do presidente Jair Bolsonaro por estes dias. Entre outros motivos está o fato de os deputados e senadores estarem “trabalhando” em casa, e a população em isolamento social.

Brasil irreal
O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal teve que ajuizar ação para pedir a suspensão temporária de cirurgias e procedimentos eletivos de baixa e média complexidade na rede pública, pelo menos durante a pandemia do covid-19. Só em Brasília mesmo se poderia esperar algo assim.

Desafio
No meio de tanta angustia, incerteza e medo, quem responde a uma pergunta que não quer calar: quem retomaria a vida com normalidade, com lojas, cinemas, shoppings e academia abertas?

Eles tem tempo
Quando se toma conhecimento de noticia como a que segue, quem conhece as mazelas do Judiciário não pensa duas vezes para dizer: “eles, juízos e ministros, tem tempo”). A informação: na semana passada o Supremo Tribunal Federal negou recurso apresentado pelo ex-presidente Lula pedindo o reconhecimento de sua nomeação para ministro do governo Dilma Rousseff, em 2016. Pedido negado pela maioria com um voto a favor, de Ricardo Lewandowski. Óbvio que Lula não pretende integrar um governo extinto. Ele só que reparar uma “injustiça histórica”.