Deputado quer criar comissão para monitorar preparação da seleção para a Copa do Mundo
Cinismo
O site de petições change.org já conseguiu milhares de subscrições em abaixo-assinado, nos últimos dias, para detonar infame requerimento do deputado federal José Rocha (União-Bahia), aprovado na Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados, para criação de um grupo visando “monitorar a preparação” da seleção brasileira até a Copa do Mundo 2022. Para tal, 11 deputados (nenhum de SC, felizmente) acompanhados de um assessor cada, custariam para o otário do contribuinte a bagatela de R$ 2,5 milhões.
Pesquisas de hoje
O Ipec, instituto que substituiu o Ibope, anuncia para hoje uma pesquisa sobre as intenções de voto para o governo do Estado e ao Senado por SC. Serão 800 entrevistados no estudo registrado na Justiça Eleitoral sob o número SC-01218/2022. Aparentemente, na visão de alguns analistas políticos, não se terá surpresas maiores. A propósito, nesta semana serão divulgadas 71 pesquisas em todo país, conforme registros do Tribunal Superior Eleitoral.
Senadora Ivete
O senador e candidato ao governado do Estado pelo PL, Jorginho Mello, se licencia amanhã do mandato, para ceder o posto à primeira suplente, Ivete Appel da Silveira (MDB-SC), viúva do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, que ficará no Senado por três meses, de 24 de agosto a 23 de novembro. O segundo suplente, Beto Martins, que é do PL de Imbituba, assumirá de 24 de novembro a 24 de dezembro.
Desproporcional
Portais e sites estão escarafunchando as informações obrigatórias dadas pelos candidatos na Justiça Eleitoral. Por essa exigência agora se sabe que nenhum Estado brasileiro registrou um número de candidatos negros em proporção acima daquela vista em sua população. Só o Rio Grande do Sul tem uma quantidade de negros disputando a eleição que é proporcional ao percentual dos habitantes que se autodeclaram pretos e pardos. Em SC, por exemplo, 155 candidatos se autodeclararam negros, o correspondente a 16% do total de postulantes, enquanto que, conforme critérios do IBGE, 18,1% da população catarinense é negra.
Interesse nacional
Um processo que começou em Criciúma no distante ano de 2009 – a Prefeitura recorreu de decisão do Tribunal de Justiça do Estado que a obrigou a matricular uma criança em uma creche pública municipal que já tinha todas as vagas ocupadas – ainda aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal, onde foi parar. A expectativa era imensa, mas não mais. O julgamento do caso, que estava previsto para começar amanhã, sofreu mais um adiamento, o sexto seguido, sem previsão de nova data. Há ao menos 20 mil processos judiciais que aguardam o posicionamento desta ação. A decisão deverá ser seguida por juízes e tribunais de todo o país.
Colaboração premiada
O Ministério Público Federal em SC informou ontem de acordo de colaboração premiada na Operação Alcatraz envolvendo a devolução de R$ 39,2 milhões de perdimento de produto dos crimes e de multas compensatórias e penais. A operação flagrou fraudes em licitações e desvios de recursos públicos por meio de contratos de prestação de serviço de mão de obra terceirizada firmados com órgãos do governo de SC.
De araque
A propósito do caso de um senhor de 63 anos, flagrado pela Polícia Rodoviária Federal em Porto Belo, que trocou a placa de seu caro para se passar como “comendador chanceler” em SC, há uma pergunta que não quer calar: quem providenciou a tal placa? A propósito, em tempos recentes, em SC, algumas personalidades públicas, muito vaidosas, se apresentavam publicamente com o título de “comendador”. Até que um dia alguém questionou quem concedia tais honrarias e um agraciado de Jaraguá do Sul, inocentemente ludibriado, deu nomes, endereços e outros detalhes. Quem os concedia era um grupo de vigaristas de Pernambuco. Tudo pago, lógico. Tudo de araque.
Prestígio
O juiz catarinense Márcio Schiefler Fontes, da comarca de Joinville, foi convocado para atuar junto à Presidência do Supremo Tribunal Federal a partir de 12 de setembro, quando tomará posse a nova chefe do Judiciário nacional, ministra Rosa Weber. É a segunda vez que o magistrado é chamado a colaborar com o STF – a primeira foi em 2013, como auxiliar do ministro Teori Zavascki, até o desastre aéreo que o vitimou em janeiro de 2017. De 2017 a 2019, ele integrou os Conselhos Nacional de Justiça e dos Direitos Humanos. Desde 2018, é conselheiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, principal órgão de assessoramento técnico do Ministério da Justiça e Segurança Pública e que preside desde o ano passado.