Deputados federais propõem redução dos próprios salários durante pandemia
Reduzir salários Quatro deputados federais, entre eles o catarinense Rodrigo Coelho (PSB-SC), assinam projetos parecidos com o mesmo objetivo: reduzir em 50% os salários durante o período da pandemia. Passaria de R$ 33.763 para R$ 16.881. Mas a despesa que os 513 mandam para o contribuinte ainda fica muito alta, já que o custo total […]
Reduzir salários
Quatro deputados federais, entre eles o catarinense Rodrigo Coelho (PSB-SC), assinam projetos parecidos com o mesmo objetivo: reduzir em 50% os salários durante o período da pandemia. Passaria de R$ 33.763 para R$ 16.881. Mas a despesa que os 513 mandam para o contribuinte ainda fica muito alta, já que o custo total de cada um deles (salários, auxílios, privilégios e imoralidades) é de R$ 200 mil mensais. R$ 16,8 mil é pechincha. Mas já é um bom sinal.
Para o SUS
Outro deputado federal de SC, Celso Maldaner (MDB) é autor do Projeto de Decreto Legislativo 91/20, que autoriza a destinação do salário de R$ 33.763 dos parlamentares para o SUS em caso de pandemia ou declaração de estado de calamidade pública. Se houver acordo, o projeto poderá ser analisado pelo Sistema de Deliberação Remota do Plenário da Câmara.
Em SC
No âmbito estadual, o deputado Mauricio Eskudlark (PL) apresentou moção propondo a redução dos salários de deputados e servidores do Executivo e Legislativo. Sincero, justifica: “Precisamos dar exemplo; a sociedade inteira vai perder e nós, como políticos e servidores, temos também que dar nossa parcela de contribuição pensando nos doentes e nas pessoas mais necessitadas”. Será que pensam mesmo?
Direto
Desencantado com o comportamento do presidente Jair Bolsonaro diante do covid-19, o governador Carlos Moisés se juntou imediatamente a outros colegas e, via plataforma digital, todos têm contato direto, aberto e permanente com o Ministério da Saúde para discutir e decidir ações, tanto com o ministro Mandetta como para outros setores.
Distanciamento social
A deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC), relatora da comissão externa da Câmara que está discutindo medidas para combater o covid-19, defende radicalmente o distanciamento social para impedir o avanço da doença. Mais que isso, alerta: a medida é necessária para evitar um colapso no sistema de saúde.
Presente
Se não fosse a presença respeitada e respeitável do Ministério Público estadual em conter abusos contra o consumidor em SC, estaríamos numa terra sem lei. E continua mais presente ainda com a designação, anteontem, de 24 promotores para a área da cidadania em diversas comarcas. A maioria jovens idealistas, para atuar no enfrentamento da pandemia. Boa sorte.
Emprego protegido
Senadores como Álvaro Dias (Podemos-PR) defendem medidas para tentar proteger o emprego da retração econômica provocada pelo coronavírus. Flexibilização de regras trabalhistas pode ser um caminho. O senador Jorginho Mello (PL-SC) apresentou projeto que permite que empresas reduzam a jornada semanal mediante compensação com saldo de férias.
Conta
Informação da Petrobras: só neste ano o preço da gasolina sofreu uma redução em 40,5%. Na refinaria o litro está em R$ 1,14, valor que corresponde ao praticado no dia 31 de outubro de 2011. E ainda há postos vendendo, “na promoção”, anunciada em vistosos banners, a R$ 4,99 ou até mais. Canibais!
Não justifica
Cinco denunciados pelo crime de participação em organização criminosa em Florianópolis, famosa pela violência contra suas vítimas, e que por isso podem pegar, em futuro julgamento, mais de 30 anos de prisão cada um, pediram a revogação da prisão preventiva ou de substituição por prisão domiciliar, sob a justificativa de se protegerem de eventual contaminação pelo covid-19. O juiz disse não. Sua liberdade deixaria latente a falsa noção da impunidade, fazendo avançar a intranquilidade que os crimes da natureza cometidos por eles geram na sociedade como um todo, anotou o magistrado.
A propósito
Acerca do insensato e inacreditável pronunciamento de Jair Bolsonano, esta semana, alguém lembrou uma lendária frase do humorista Millôr Fernandes: “A loucura tem razões que a sensatez desconhece”.
Lido, alhures
“Levo tão a sério o presidente Bolsonaro quanto levava a presidente Dilma”.