Deputados ficam quase dois meses em recesso às custas do contribuinte
Deputados ficam quase dois meses em recesso às custas do contribuinte
- Por Raul Sartori
- 03/02/2020
- 13:00
De volta
A Assembleia Legislativa de SC, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal retornam do recesso nesta segunda-feira. Foram quase dois meses sem atividades, sem contar os 20 dias no meio do ano. E o otário do contribuinte ali, presente, pagando tanta folga.
Leilão da bandidagem
O Ministério da Justiça anunciará nos próximos dias o leilão de 150 imóveis tomados de traficantes, após decisão judicial. Entre eles, dois apartamentos de luxo, completamente mobiliados, incluindo até loucas e talheres, do maior traficante de drogas do Brasil, Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca. Um fica no mesmo condomínio em que o jogador de futebol Neymar também tem o seu, em Itapema. O valor mais baixo por unidade é de R$ 2,5 milhões. Outro fica numa daquelas torres de Balneário Camboriú.
Escravidão
Foi sancionada a lei estadual 17.898, que veda a concessão de benefício fiscal, a inclusão em programas de recuperação fiscal e ou a concessão de financiamentos pelo poder público às empresas que direta ou indiretamente tenham submetido trabalhadores à condição análoga à de escravo.
Escárnio
Os gaúchos de bem estão escandalizados com a denúncia de que o conselheiro do Tribunal de Contas de lá, Marco Peixoto, recebeu R$ 700 mil como pagamento por licenças-prêmio e férias não gozadas, sem contar, evidentemente, com seus 13 salários anuais de R$ 39 mil mensais. Um trabalhador que ganha salário mínimo levaria 58 anos para receber o que ele embolsou. E isso em um estado que há anos está sempre beirando a bancarrota.
Paranoia
Este espaço tentou saber como é o cotidiano de um antigo, fiel e discreto leitor catarinense que está trabalhando na China há mais de cinco anos. Queria breve relato de seu dia a dia nesses tempos de novo coronavírus. Pediu desculpas, mas não quis conversa. Afastou-se até das redes sociais. Tem medo de que esteja sendo monitorado pelas autoridades chinesas.
Chapecoense
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Acidente da Chapecoense, no Congresso Nacional, faz audiência pública interativa, amanhã, para debater os desdobramentos e as pendências indenizatórias em relação à tragédia, ocorrida em 2016. Um dos principais depoimentos esperados é do atleta Hélio Zampier Neto. Instalada em dezembro de 2019, a comissão é presidida pelo senador Jorginho Mello (PL-SC).
Regina Duarte
Atores e atrizes do círculo de amizades de Regina Duarte tem deixado explícito o terrível temor de que, tornado público o apoio a ela, sejam alvo do feroz patrulhamento no meio artístico, principalmente da ala esquerdista caviar, aquela que não raro sempre desfrutou de favores do poder.
O fogo bom
Pesquisadores da UFSC fizeram um importante estudo na região da Serra de SC e demonstraram a importância de se manter os campos de altitude a partir do manejo tradicional, com uso de fogo, assim induzindo a rebrota para alimentação do gado. Constataram que após 30 anos sem esse tipo de manejo, os campos desaparecem por completo, tornando-se arbustais, com implicações na biodiversidade, ecossistemas e até na cultura regional. O estudo conseguiu estimar que bastam 30 anos para haver uma perda de 99% das áreas de campos para arbustos, enquanto os nativos, tradicionalmente manejados com o fogo e a pecuária extensiva, permaneceram praticamente inalterados nos últimos 40 anos. Ambientalistas de bar e passeata tem que ser informados disso, urgentemente.
Concentração
Em decisão que deve ter repercussão no futebol e até em outros esportes, o Tribunal Regional do Trabalho de SC decidiu que o período no qual jogadores ficam à disposição dos clubes para pré-temporada, viagens e a concentração que antecede as partidas só geram acréscimo salarial ao atleta se houver previsão no contrato de trabalho. A decisão envolveu o volante Juliano Pacheco contra o Figueirense, time pelo qual o jogador atuou em 2017 e 2018. Atualmente está no Caxias RS).
Sem onda
Tudo é oficioso ainda mas alguns dos melhores surfistas do Brasil que moram em SC não escondem a apreensão. Marcas bilionárias, como Billabong e Quiksilver, quebraram ou estão quebrando. A Hurley também não está bem. A consequência disso: alguns atletas já estimam um corte de 50% nos contratos.