Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Detran continua a permitir agendamento on-line, mesmo sem atendimento presencial

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Detran continua a permitir agendamento on-line, mesmo sem atendimento presencial

Raul Sartori

Serviço do Detran-SC
A Controladoria-Geral e a Ouvidoria do Estado respondem reclamação de usuários do Detran-SC que mesmo depois de agendarem serviços no órgão, quando chegam lá encontram as portas fechadas. Esclarecem que atendem a portaria 587 de 2020, que suspendeu as atividades de atendimento presencial em Florianópolis a partir do dia 24 de junho. Mas não responderam porque continuou permitindo agendamento eletrônico, mesmo sem expediente. Isso é desserviço.

Saúde judicializada
Apesar das inúmeras tratativas já feitas, segue a judicialização da saúde em SC, em que o poder público é acionado para fornecimento de medicamentos, insumos e fórmulas e nem sempre para pacientes que realmente não tem como pagar. O governo foi intimado pelo Tribunal de Contas a apresentar, em 180 dias, providências voltadas à melhoria do controle e da gestão das ações. Pudera. Em 2017, dos R$ 3,2 bilhões em ações e serviços públicos de saúde, R$ 151,7 milhões foram empenhados para atender as demandas judiciais do Estado e da União relativas à área.

Já imaginou?
Em postagem em rede social o governador Carlos Moisés questiona: “Já imaginou se o Governo SC tivesse começado o ano de 2020 devendo centenas de milhões a fornecedores da saúde? Certamente ninguém iria querer fornecer para o Estado e não teríamos conseguido abrir os 570 novos leitos de UTI”.

Quinto lugar
SC está no momento na quinta posição nacional, depois do Pará, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, entre os Estados que concentram 96% de todos os casos de sarampo no país, com 111 registros de 29 de dezembro do ano passado a 20 de junho deste ano.

Ratinho em alta
O governador Ratinho Junior, do Paraná, está com sua popularidade nas alturas. Conforme pesquisa do Instituto Paraná, sua aprovação é de 74,2% contra apenas 20,04% de desaprovação. Seu desempenho na pandemia tem aprovação de 67,6% entre bom e ótimo.

Moisés e o general
Antes de bater pesado no Ministério da Saúde, o ministro falastrão do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, deveria ter ouvido a opinião dos governadores, dentre eles Carlos Moisés. Que mais de uma vez, publicamente, elogiou o ministro interino, general Eduardo Pazuello.

Repúdio
Transtornado com a moção de repúdio que a Assembleia Legislativa quase unanimemente votou contra ele semana passada, o reitor da UFSC, Ubaldo Balthazar, foi levar pessoalmente ao presidente do Legislativo, deputado Júlio Garcia, um ofício, em resposta à acusação de “paralisação total” da universidade durante a pandemia. Fez uma lista de ações que estão acontecendo, entre elas pesquisas em busca de uma vacina para o novo coronavírus, até cursos de capacitação para profissionais de saúde. Reclama que tratar a UFSC “com tamanha agressividade e desrespeito”, é negligenciar a história da instituição.

Silêncio quebrado
Talvez porque a maioria tenha rabo preso, no Legislativo estadual o deputado João Amin (PP) foi o único a bater na participação de lucros e resultados na Celesc, em que seu presidente e cinco diretores estão recebendo, além de seus salários, R$ 1.440.186,66 naquela rubrica. Questionou que mesmo não havendo ilegalidade, é totalmente questionável a aprovação destes valores no meio de uma crise sem data para terminar gerada pela pandemia, e justamente em um período em que o Estado está tentando se recuperar de um ciclone devastador. Tem total razão.

Tudo na mão
Diz um levantamento que as queimadas na Amazônia em junho atingiram a maior marca dos últimos 13 anos. Em plena pandemia. Os modernos recursos técnicos hoje disponíveis permitem o monitoramento praticamente online da situação. Significa dizer que é possível saber exatamente onde ocorre a ilegalidade. Com tudo isso na mão, é incrível, para não dizer estranho, que poderes públicos incluindo Ibama, a polícia, quem sabe até o Exército e o Judiciário, não consigam montar uma força-tarefa capaz de atuar em campo e mitigar esse quadro.

Mais iguais
O Instituto Locomotiva publicou estudo revelando que 108 milhões de brasileiros tiveram renda reduzida por conta da pandemia. Número que era de 85,8 milhões (52%) em abril. Enquanto isso, o Judiciário brasileiro pagou remuneração mensal acima de R$ 100 mil a 8.226 juízes ao menos uma vez entre setembro de 2017 e abril deste ano. O teto constitucional do setor público é de R$ 39,3 mil por mês. Definitivamente, este não é um país sério.

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