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Em home office há um ano, Senado trocará camas e colchões de apartamentos funcionais

Ânsia de vômito Mais uma notícia para provocar indigestão no brasileiro decente e honesto. Em home office há um ano, o Senado vai trocar camas e colchões de apartamentos funcionais dos distintos senadores. O edital prevê a compra de 10 conjuntos de cama box e colchão avaliados em R$ 2,6 mil cada, além do mesmo […]

Ânsia de vômito
Mais uma notícia para provocar indigestão no brasileiro decente e honesto. Em home office há um ano, o Senado vai trocar camas e colchões de apartamentos funcionais dos distintos senadores. O edital prevê a compra de 10 conjuntos de cama box e colchão avaliados em R$ 2,6 mil cada, além do mesmo número de colchões a R$ 1,3 mil a unidade. Trata-se de compra requintada: o colchão box precisa ser “queen size”, ter “mola ensacada com tela de alta resistência”, “tecido jacquard bordado com manta de espuma”, “manta de feltro agulhado”, além de “sistema estabilizador nos cantos e laterais do colchão”. Que nojo!

Sacanagem contra SC
Às vésperas do leilão, previsto para hoje, na Bolsa de Valores de São Paulo, a Secretaria Nacional de Aviação Civil suprimiu, sem fundamento técnico, a construção da segunda pista de pouso e decolagem do Aeroporto de Navegantes (constante do plano diretor em execução) e, surpreendentemente, tirou da cartola, como uma mágica, uma terceira pista de pouso e decolagem no Aeroporto Internacional de Curitiba, também listado no leilão. Os senadores Esperidião Amin e Dário Berger estão correndo para evitar o jabuti. Paralelamente, o governo de SC pediu a impugnação do edital. No que faz muito bem.

Libera!
O senador Jorginho Mello (PL-SC) apresentou projeto de lei para autorizar expressamente clubes de futebol a estampar marcas de bebidas alcoólicas em seus uniformes. Diz que os times brasileiros estão perdendo a oportunidade de conseguir patrocínio de empresas de bebidas. Está convicto de que a publicidade não induzi ao consumo exagerado ou irresponsável. Há controvérsias.

Visita de Bolsonaro
Bolsonaro poderá visitar Chapecó, hoje, para ver “in loco” como a Prefeitura local e seu prefeito, João Rodrigues, estão combatendo a covid-19. A raivosa “Folha de S. Paulo” publicou reportagem, ontem, dizendo que o prefeito distorceu fatos ao atribuir redução da covid a tratamento precoce. Mas o que se espera é que o presidente pelo menos use máscara e evite aglomerações. Quanto ao motivo da visita – fazer nada disfarçada propaganda de remédios sem eficácia comprovada – não há mais necessidade de comentários. Ele é negacionista mesmo.

Corrupção
Familiar deste colunista está sofrendo imenso assédio. Sem que o INSS o informasse oficialmente da aprovação da concessão de um benefício (aposentadoria), não tem sossego nos seus telefones. Várias instituições financeiras ligam parabenizando-o e informando-o de que o benefício foi aprovado e que elas estão fazendo depósitos de diferentes quantias, na conta bancária que obtiveram junto ao INSS, à título de empréstimo consignado. Um “sim” e o valor é depositado na conta, sabe-se lá com que taxa de juros, número de prestações, etc. Um absurdo.

Cegueira
Professores da Universidade de Brasília se deram ao trabalho de, em assembleia geral extraordinária, aprovar, por 35 votos contra e 6 contrários, uma moção contra a cooperação científica e tecnológica entre o Brasil e Israel, um dos países mais desenvolvidos do mundo.

Carestia
O consumidor de Florianópolis está sentindo a chamada carestia. A inflação foi de 0,90% em março, puxada, mais uma vez, pelos combustíveis para automóveis (8,3%). Nos três primeiros meses do ano, a inflação já soma 2,5%. Com as altas mensais seguidas de janeiro a março, o índice acumulado nos últimos 12 meses disparou e chega a 6,7%.

Menos pior
O Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat), da UFSC, dá a boa notícia: na semana de 26 de março a 2 de abril, a média de novos casos diários de covid-19 em SC foi de 3.358 – queda de 29% em relação à semana anterior e de 28% em relação aos últimos 14 dias. Esse comportamento indicou, pela primeira vez nos dois últimos meses, uma tendência consistente de queda dos casos oficialmente registrados. Ufa! Mas nada de relaxar, pessoal.

Covid-19 em Blumenau
Pesquisa do Sindilojas de Blumenau constatou que a maioria da população (52%) considera a pandemia de covid-19 fora de controle, ainda tem muito receio de contaminação (41%) e apoia as medidas de isolamento social (54,5%), mas é contrária ao lockdown (51,8%). Os entrevistados também avaliaram a atuação do prefeito Mario Hildebrandt na gestão da atual crise sanitária: 41,5% a consideram ótima e 23,5% boa. Para Emilio Schramm, presidente da entidade, “a postura dos blumenauenses é uma defesa dos empregos e do direito de consumir”.