Enquanto número de casos só cresce, taxa de isolamento declina em SC
Enquanto número de casos só cresce, taxa de isolamento declina em SC
- Por Raul Sartori
- 23/06/2020
- 13:00
Irresponsabilidade 1
O médico infectologista joinvilense Luiz Henrique Melo exteriorizou sua opinião pessoal de que parte da população só passa a acreditar na pandemia quando ela chega na vizinhança. Não quis ofender, já que não é bem assim para alguns, que só acreditam quando ela chega dentro de suas casas.
Irresponsabilidade 2
A taxa de isolamento social em SC no último domingo – ensolarado e quente – foi de 47,19%, segundo o Monitor Estadão/Inloco. Ruas, praças e praias voltaram a ter grande movimento, enquanto os índices de infestação pela covid-19 só crescem.
Exemplo a seguir
O “Diário do Sul”, de Tubarão, deu a boa notícia, ontem, que poderia ser um exemplo encorajador: o presidente da Câmara de Vereadores de Capivari de Baixo, José Adilson Machado, decidiu pela exoneração de 18 funcionários comissionados. Oito receberam o auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal e outros oito o requereram, mas não tiveram sucesso. Machado, que vem recebendo inúmeras manifestações de apoio por sua atitude, também abriu processo administrativo para apurar a conduta de dois servidores efetivos que teriam pedido o benefício.
Sem recesso
A grande maioria dos presidentes das câmaras de vereadores de SC ainda não se deu conta de que seria mais que providencial e necessário, nestes tempos de pandemia, em que muitas decisões dependem do Legislativo, não fazer recesso em julho.
Celebração
Políticos catarinenses estão comemorando a vitória do estado sobre o Paraná, no Supremo Tribunal Federal, sexta-feira, na ação reclamando direitos sobre a exploração de petróleo em sua costa marítima. Mas também merecia votos de pêsames o STF, que só decidiu a questão após 29 anos! Teme-se, agora, que se demore o mesmo tempo para que os direitos de SC sejam efetivamente transformados em recursos financeiros para os catarinenses.
Termômetro
O Centro Administrativo do Governo, que acompanha tenso o encaminhamento dos pedidos de impeachment do governador Carlos Moisés na Assembleia Legislativa – cuja chance de prosperarem são mínimas, por enquanto – já sabe quais deputados tem facas nos dentes, os que comem marimbondos e os que gostam de mel.
Oktoberfest
Em seminário virtual que discutiu apoio ao turismo pós-pandemia em SC, o secretário de Turismo e Lazer de Blumenau, Marcelo Greuel, deu show de otimismo. Afirmou que, por conta da pandemia, seria bem mais fácil não fazer nada, mas que em Blumenau é diferente e por isso decidiu-se que a Oktoberfest, um dos principais eventos turísticos do SC, pela primeira vez será transferida, de outubro para novembro, e que a cidade manterá todo calendário de eventos de fim de ano para sua concorrida Vila Germânica.
Segurança máxima
Pronta desde 2017, a esperada entrada em operação da primeira penitenciária de segurança máxima em SC, em Curitibanos, poderá ser ativada ainda este ano. Só depende da contratação de agentes, com concurso, previsto para julho. Entre outras instalações, contará com 30 vagas do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), destinado aos presos chefes de facções criminosas. Mesmo sem um preso, paga R$ 67 mil mensais pelo monitoramento. Já se foram mais de R$ 1 milhão de total desperdício.
Sem isonomia
José Maciel Neis, presidente da Associação das Empresas de Transporte Turístico e Fretamento de SC, reclama que o governo estadual faz discriminação com a com a falta de liberação no segmento, cujo órgão responsável é a Secretaria de Infraestrutura do Estado. Deu um exemplo: naquele hotel em que o governador ficou hospedado no penúltimo final semana (e flagrado não usando máscara) foram liberados três ônibus para transporte de hóspedes, mas a entidade não conseguiu nenhuma liberação de ônibus para turismo para outras regiões.
Enricar facilmente
Um detento posto em isolamento preventivo por faltas disciplinares no complexo de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, tentou obter uma indenização absurda de R$ 500 mil por danos morais. Não teve sucesso na primeira e segunda instância, cujos juízes evitaram enriquecimento sem causa às custas daquele otário de sempre, o contribuinte.