Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Eventual processo de impeachment de Moisés poderia esbarrar no “toma-lá-dá-cá”

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Eventual processo de impeachment de Moisés poderia esbarrar no “toma-lá-dá-cá”

Raul Sartori

Toma-lá-dá-cá
Há quem aposte que um eventual processo de impedimento de Carlos Moisés por conta do caso dos respiradores pode ser esfriado se o governador se dispuser a fazer algumas concessões. Que não estão claras ainda, mas se supõe que representem aquilo que se chama “velha política”.

Preparada
Não passou de fofoca a informação, espalhada em rede social, de que a vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) teria dito, num grupo restrito, que estava preparada para ser governadora com o impeachment de Carlos Moisés, que alguns esperavam acontecer logo.

Inimigo intimo
A exemplo de Joinville, empresários das principais cidades de SC são favoráveis ao retorno do transporte público coletivo urbano, suspenso por tempo indeterminado por determinação do governo do Estado. Na Assembleia Legislativa, dois projetos de lei tratam do assunto. Um do deputado Sargento Lima, do mesmo partido do governador (PSL).

Penhora
Talvez seja a primeira decisão do gênero no país a do TJ-SC, ao determinar a penhora de 30% de cada parcela do auxílio emergencial do governo federal de um homem para o pagamento de pensão alimentícia. Os R$ 600 tem natureza jurídica de benefício assistencial temporário. De acordo com o Código de Processo Civil, os vencimentos e remunerações são impenhoráveis. A exceção é a penhora para o pagamento de prestação alimentícia.

Sem perdão
Além da Federação das Cooperativas de Eletrificação Rural de SC, que judicialmente quer suspender lei estadual que proíbe o corte de energia, água, gás e esgoto até o dia 31 de dezembro para inadimplentes, devido à covid-19, agora é a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon) que ajuizou no Supremo Tribunal Federal ação direta de inconstitucionalidade contra a mesma lei.

Resposta
A coluna deve ao leitor o resultado de julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, de norma do Ministério da Saúde e Anvisa que excluíam do rol de habilitados para doação de sangue os “homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais destes nos 12 meses antecedentes”. Por ampla maioria, foi considerada inconstitucional.

“Influencers”
Lista publicada pelo site de “Veja” com os 10 parlamentares federais da Câmara dos Deputados e Senado que mais dominam as redes sociais, não tem nenhum catarinense. A pedido da revista, o Instituto FSB Pesquisa elaborou um ranking dos parlamentares mais influentes nas redes ao longo de 2019. Os cinco mais na Câmara são, pela ordem: Joise Hasselmann (PSL-SP), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP), Kim Kataguiri (DEM-SP) e Sargento Fahur (PSD-PR). No Senado: Alvaro Dias (Podemos-PR), Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Humberto Costa (PT-PE), Major Olímpio (PSL-SP) e Marcos do Val (Podemos-ES).

Lido, alhures
“Em vez de luto de três dias – embora válido -, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal devem ter gesto de cidadania e solidariedade com os desassistidos neste momento de pandemia: abrirem mão de parte de seus faustos salários em favor dos milhões de carentes”.

Sociedade
O novo coronavírus acaba de fazer uma vítima da ex-alta sociedade brasileira, a carioca Lourdes Catão, 93 anos, que tem muito a ver com SC e os catarinenses. No final dos anos 1980 morou quase isolada no norte da Ilha de SC, sem cumprir a promessa de escrever um livro das “histórias da sociedade dos anos 50, 60 e 70”. Até prometia revelações inéditas, como o romance que teve com o cunhado, Francisco Catão, pai de seu filho, Álvaro Luís, que ficou sabendo disso pouco antes de morrer, em 2001. Lourdes foi casada com o empresário e milionário catarinense Álvaro Catão, cuja família era dona de negócios em vários setores, como mineração, indústria química e portuária (porto de Imbituba). Hoje é uma lenda.

Difícil
Êta país complicado. Vai ser uma discussão de dias, agora, se governadores e prefeitos devem seguir ou não decreto presidencial declarando como atividades essenciais as academias de ginástica, salões e barbearias. Porque não deixar que cada governador ou prefeito decida melhor, de acordo com sua realidade, sem medos, culpas e condenações? Cada uma que se ponha no lugar dos governantes e reflita. São decisões difíceis de tomar.

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