Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Fraudadores do auxílio emergencial do estado serão notificados para devolução de valores

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Fraudadores do auxílio emergencial do estado serão notificados para devolução de valores

Raul Sartori

Os fraudadores
Os 4.753 servidos públicos estaduais e municipais de SC que requereram e receberam o auxílio emergencial federal de R$ 600, devem começar a ser chamados a partir da próxima semana, um a um, já que estão identificados. Primeiramente, serão notificados a fazer a regularização, com a obrigatória devolução do dinheiro (que deveria, mas não é, ter juros e pesada multa, como tanto gosta a Receita Federal, que deixou a porteira aberta). Se as prefeituras conseguirem provas de que houve o pagamento irregular do benefício a partir de declaração falsa nos sistemas de solicitação, o servidor pode responder pelo crime de falsidade ideológica e estelionato, além de sofrer infrações disciplinares. Demissão, que seria o correto, não cabe nesse pais de oportunistas.

Tirar casquinha
O grupo técnico que quase de forma diuturna coordena com extremo profissionalismo as ações de enfrentamento da covid-19 em SC, não raro tendo que atender políticos muito mais interessados em faturar sobre a pandemia do que verdadeiramente ajudar, que se prepare para ter mais paciência ainda. Os deputados estaduais aprovaram anteontem uma proposta de emenda à Constituição (e isso merece tanta importância assim?) que reduz de 30 dias para 72 horas o prazo máximo para as respostas do Poder Executivo a pedidos de informação feitos pelo Legislativo referentes à pandemia. Resumindo, vidas em risco podem esperar; os pedidos de suas excelências são inadiáveis. Quanto prepotência!

Represamento
O panorama do novo coronavírus relativamente sob controle em SC, tem levado o Ministério da Saúde a não dar a devida atenção ao estado, que há semanas solicitou formalmente a habilitação de 713 leitos de UTI mas até agora só conseguiu, sob pressão, apenas para 372.

Dispensado
A advogado florianopolitano Claudio Gastão da Rosa Filho, que adora mídia, holofotes, câmeras e afins, diz que deixou de defender a “terrorista” (como a qualifica a Globo) Sara Giromini, por ameaças ao ministro (outro vaidoso) Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal. Só que ela diz que o dispensou, contrariada por ter pedido a desistência de habeas corpus para evitar sua prisão, sem que ele comunicasse toda a equipe, com mais quatro defensores. Todos, dizendo que trabalham pro bono, sem cobrança de honorários.

Doce sabor
A pessoas próximas o bilionário Luciano Hang teria confessado que os R$ 25 mil ganhos por danos morais (ainda cabe recurso) do ator e escritor Gregório Duvivier, que numa postagem em rede social incitou seguidores a “matar o véio da Havan”, tem o sabor de milhões. Ele ficou muito chateado em saber que criador do portal de humor Porta do Fundos desejava sua morte. Ao comentar a condenação Duvivier, que se acha o suprassumo do humor e da intelectualidade (escreve para a “Folha de S. Paulo”!), foi de arrogância ímpar, qualificando-a como de “caráter repressivo-pedagógico”.

Sem recesso
A partir de parecer do deputado João Amin (PP) ao projeto de resolução 5/2020, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Julio Garcia, deve assinar ato suspendendo o recesso parlamentar de julho do Legislativo estadual. Mais que necessário neste momento tão crucial para todos, entre estes 539 mil desempregados esperando ações efetivas e urgentes no Estado.

Só a favor
Os últimos acontecimentos políticos e institucionais em Brasília colocam luz em um procedimento que parece ter se tornado uma regra: se ocorre uma decisão contrária ela é considerada “política”, no caso “injusta”. E se a decisão é a favor, daí sim, ela foi “justa”. É um figurino que se encaixa perfeitamente para vários governantes em todos os escalões nas últimas décadas.

Demais, não é?
Daqui a pouco a mulher (outro gênero também vale) que em um chamego intimo chamar de “meu nego” o marido, noivo, namorado ou amante, corre o risco de ser acusada de racismo nesse país do “etnicamente correto”, digamos assim. Exemplo das últimas horas: uma esponja de aço chamada Krespinha levou sua fabricante, Bombril, a ser acusada por racismo nas redes sociais. E retirou o produto de seu portfólio.

Protocolo covid
SC integra a lista de 15 estados brasileiros que estão ignorando o protocolo do Ministério da Saúde de ampliar o uso da cloroquina e hidroxicloroquina para pacientes com sintomas leves de covid-19. No estado a indicação é apenas para pacientes em estado grave e ainda assim, sempre que possível, em entendimento entre médico e paciente.

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