Mais de 70% dos juízes brasileiros recebe acima do teto constitucional
Mais de 70% dos juízes brasileiros recebe acima do teto constitucional
- Por Raul Sartori
- 18/09/2019
- 12:00
Imoralidade
Novo levantamento da Câmara dos Deputados mostra que 71% dos magistrados brasileiros têm ganhos que superam o teto constitucional (R$ 39,2 mil). É que no contracheque estão os imorais auxílio-moradia, auxílio-alimentação, viagens, gratificações e penduricalhos mil. E tem mais: acaba de ser autorizado o pagamento do “auxílio-saúde” (10% do salário base de desembargador).
Indiferença à UFSC
Comentou-se aqui sobre as consequências, na classe política catarinense, de ideologização da gestão da UFSC, que se comporta e age como se fosse um partido político: não só a grande maioria da bancada federal de SC no Congresso está indiferente com o drástico corte de verbas na instituição. Em audiência pública na Assembleia Legislativa, anteontem, com auditório superlotado, para discutir a situação, dos 40 deputados estaduais se sensibilizaram pela causa e comparecem apenas Luci Carminatti e Neodi Saretta, ambos do PT, e Jessé Lopes (PSL).
Competência
Questionou-se ontem, aqui, em que concurso foram aprovados promotores do MP-SC que queriam proibir dezenas de atividades produtivas em altitudes acima de 400 metros. Faça-se, justiça, a propósito: durante o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade, a Procuradoria Geral do Estado atuou firmemente na defesa do Código Estadual do Meio Ambiente. Inicialmente, a relatora do processo, desembargadora Soraya Nunes Lins, estava inclinada a votar pela inconstitucionalidade do dispositivo, mas sabendo da importância dessa decisão para a agricultura do estado, trabalhou-se para garantir que a decisão não afetasse os campos de altitude. Procuradores fizeram sustentação oral, distribuíram memoriais aos desembargadores, acompanharam as sessões de julgamento e realizaram reuniões técnicas com o Instituto do Meio Ambiente de SC. Sim, existia uma relativa chance de o inacreditável desejo do MP-SC ser acatado pelo Judiciário….
Telinha
Catarinense de Braço do Norte e prima do ex-tenista Gustavo Kuerten, a ex-modelo Renata Kuerten está deixando de ser apresentadora da Rede TV. Tem acenos da concorrência, já que seu talento ficou evidenciado, sem ser jamais mascarada. Seu projeto é um programa envolvendo viagens, também no papel de apresentadora.
Pode e não pode
Como entender isso? Desde sempre, nada impediu que gigantescos edifícios fossem construídos na orla de Balneário Camboriú, projetando sombras na praia no começo da tarde. E fez-se de tudo para impedir (agora não mais, com decisão judicial de anteontem) a construção, em área dezenas de vezes menor, da roda gigante (Big Wheel), que será, com certeza, o grande atrativo da cidade em futuro próximo.
Contra o VAR
Mais da metade dos clubes da Série A defende mudanças no árbitro de vídeo (VAR) no Campeonato Brasileiro. Querem, sobretudo, a liberação das imagens revistas no vídeo e do áudio das conversas entre o árbitro de campo e os auxiliares da cabine. Segundo o “Estadão”, que consultou os 20 clubes da elite, os catarinenses Chapecoense e Avai são a favor das alterações.
Inclusão
Desde sua primeira edição em SC, em 2016, a Semana Inclusiva, Santa Catarina conseguiu empregar 8.640 pessoas com deficiências especiais, graças a muitas parcerias, em especial com empresas. Somente o Senac em SC conta com 100 funcionários com alguma deficiência. Além disso tem 300 alunos que estudaram ou estudam para atender o mercado de trabalho. Que bom.
Jornalismo rasteiro
A revista “Época”, depois de fazer jornalismo rasteiro, teve que reconhecer o grave equívoco que foi publicar reportagem feita por repórter seu que passou por aluno de curso de coaching ministrado por Heloísa Bolsonaro, esposa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Tornou públicos acontecimentos vivenciados ao lado dela, em uma violação de privacidade sem limites.
Machismo estrutural
No Congresso Nacional acontece hoje uma audiência pública sobre a “prevenção do machismo estrutural”, assim chamado o temor dos homens em perder papéis diante da crescente participação das mulheres nas arenas políticas. A verdade é que muitos não estão preparados para mudanças dessa magnitude.