Motociata de Bolsonaro em Chapecó desrespeita leis de trânsito
Mais iguais? O que se vê e lê nas redes sociais de pessoas que cumprem a lei, os verdadeiros cidadãos e patriotas? Querem que Bolsonaro e quem esteve mais perto dele na “motociata” de sábado no Oeste de SC sejam multados por conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor sem viseira ou óculos de proteção. Pela legislação […]
Mais iguais?
O que se vê e lê nas redes sociais de pessoas que cumprem a lei, os verdadeiros cidadãos e patriotas? Querem que Bolsonaro e quem esteve mais perto dele na “motociata” de sábado no Oeste de SC sejam multados por conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor sem viseira ou óculos de proteção. Pela legislação de trânsito é infração gravíssima com multa de R$ 293,47. Mais: pilotar com a viseira levantada ou fora das condições exigidas é infração, como multa de R$ 88,38. Perguntas que não querem calar: o que custa cumprir a lei e, no caso, envolvendo a autoridade máxima da República, ser o exemplo? Porque que esse presidente tem nele mesmo seu principal inimigo?
Interesse politico
Abertamente anti-bolsonarista, o jornal “O Globo” publicou ontem que na organização das “motociatas”, como as de sábado em Chapecó, há militantes com pretensões políticas e que o presidente investe na linguagem simbólica e também em medidas concretas, como a promessa de revogação de pedágio para a categoria, para cristalizar o apoio deste segmento. Como sempre, ouviu “especialistas”. Um deles afirmou que “a moto pode ser uma tentativa não só de sinalizar virilidade, mas também de fazer um apelo mais populista ao brasileiro médio que utiliza este meio de transporte”.
Democracia ameaçada
Nos últimos dias a “Folha de S. Paulo” questionou leitores se consideram que a democracia brasileira está em risco. Renato H. Torres Polli, de Florianópolis, respondeu que “2022 poderá marcar o início de uma guerra civil fomentada pelo presidente diante de provável derrota nas urnas; seus seguidores se mostram irascíveis e irracionais a ponto de sair às ruas armados”. Na mesma linha respondeu Susana Claudino Barbosa, de Joinville: “Bolsonaro se nega a conhecer e reconhecer a história e a seguir o jogo democrático; não conhece autoridade; só autoritarismo”.
Lançamento mundial
Em julho, o jovem pianista florianopolitano Pablo Rossi faz o lançamento mundial do CD “As Sonatas Completas para Violino e Piano de Villa-Lobos”. Será o volume 7 da série “Brasil em Concerto”, uma iniciativa do Ministério das Relações Exteriores e Naxos Records, com a produção musical de Adam Abeshouse. O mundo musical erudito vê no oportuno lançamento mais um esforço conjunto para resgatar e propagar Villa-Lobos, tido como “a figura criativa mais significativa do século 20 na música clássica brasileira”.
Explica-se
Explica-se a simpatia, quase fanatismo, dos torcedores da Chapecoense por Bolsonaro. A Arena Condá, sede do time, passa por uma série de reformas, com um custo total de R$ 18,4 milhões, dos quais R$ 15,6 milhões são recursos federais. Entre as melhorias, estão a troca da iluminação, ampliação da capacidade, reforma de blocos e instalação de cobertura metálica.
Realidade
Na sexta-feira, quando chegou sem máscara e assim ficou o tempo todo, Chapecó tinha 96% de ocupação de leitos de UTI da rede pública por covid-19 e 647 mortes pela doença.
Comportamento
Grupos de WhatssApp são bons, mas quando seus integrantes se comportam civilizadamente. Não foi o caso de empregado de autarquia municipal de Florianópolis, que vai receber indenização de R$ 10 mil por ter sido ofendido repetidas vezes por um colega em um grupo criado e mantido pelo órgão público para aprimorar a comunicação interna. As mensagens foram compartilhadas por mais de 200 membros. O agressor acusou o empregado de ser preguiçoso e de inventar problemas de saúde para não trabalhar. O homem também foi alvo de brincadeiras com montagens usando seu rosto e ouviu insinuações sobre a esposa.
Caixa preta
Empresa pública que tem desfrutado de uma explicita hostilidade pública dos florianopolitanos, a Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap) é uma caixa-preta que o Tribunal de Contas está abrindo. Começou com sua recente reforma administrativa, feita sem nenhum estudo prévio do impacto financeiro e sem plano de contingência para mitigar os riscos de possíveis passivos trabalhistas. Curiosidade: a transparência dela é uma gracinha. Não tem site.
Lar Legal
Fatos que se deve enaltecer, pelo alcance social que eles têm. O programa Lar Legal, do Poder Judiciário de SC, ter sido referência par vários Estados, como Paraná, Piauí, Mato Grosso do Sul e, agora, Minas Gerais. Ele propicia a oportunidade de regularização da propriedade para famílias carentes ou de baixa renda, diante da falta de informação e de condições financeiras para execução do processo. Com a entrega do título de propriedade, o morador se torna apto a fazer um financiamento, investir no imóvel ou até mesmo negociar o bem que antes não tinha um registro.