Na eleição para o comando do Senado, quase nada sobrou para Santa Catarina
Na eleição para o comando do Senado, quase nada sobrou para Santa Catarina
- Por Raul Sartori
- 04/02/2021
- 13:00
Quase nada
O plenário do Senado elegeu terça-feira nove dos 10 membros da Mesa Diretora para o biênio que vai até fevereiro de 2023. Das 16 bancadas, 9 estarão representadas, que também terá senadores de todas as cinco regiões do país. O que sobrou para SC? Quase nada, já que o senador Jorginho Mello (PL) ficou em uma das três suplências da 2ª Secretaria, que se encarrega das atas das sessões secretas. Ui!
Expectativa
Quando está irado, Bolsonaro fala o que não deve. E quando está feliz, mais ainda. Seu momento de agora é de aparente felicidade com a vitória dos seus apoiados para presidir o Senado e a Câmara dos Deputados. Por isso há uma expectativa muito grande sobre o que ele pode falar na passagem por Florianópolis, hoje, para entregar 225 veículos a prefeituras. O curioso é que no convite para o ato está escrito que o evento obedecerá a todos os protocolos de segurança contra a covid-19, que Bolsonaro faz questão de ignorá-los, completamente.
Exceção
Ao contrário da maioria dos governadores, o de SC, Carlos Moisés, tem moral para dizer o que disse na mensagem anual aos deputados estaduais, anteontem, quanto à pandemia de covid-19: que aqui se tem a menor taxa de letalidade do país e que entidades independentes consideram a dele uma das melhores gestões no enfrentamento à doença do país. Quanto a prefeitos, merece os mesmos créditos o de Florianópolis, Gean Loureiro.
Armamento
De volta após licença de quatro meses, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC) não descansa até não ver revogado o Estatuto do Desarmamento, conforme projeto de sua autoria que entrou na pauta do Congresso. Para isso conseguiu um aliado poderoso como relator da proposta, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que festejou a escolha em redes sociais. O projeto já passou pela aprovação de comissões e está pronto para ser votado em plenário.
Angústia
O senador Esperidião Amin (PP-SC) compartilha da angústia do cidadão comum, para quem o Senado tem que apresentar um serviço melhor à sociedade. Não ficou parado. Assim que Rodrigo Pacheco foi eleito presidente da Casa, apresentou a ele sugestão para que seja realizada, ao menos, uma reunião semanal da Comissão de Constituição e Justiça; uma quinzenal para a de Assuntos Econômicos e uma mensal, ordinária, para as demais. Sem isso, projetos importantes ficam empacados por semanas, meses e até anos. E a sensação é de que nada vai adiante.
Privatização
Nas entidades empresariais de SC (Fiesc, em especial), festeja-se a existência de uma articulação, já bem adiantada, para privatização dos portos de São Francisco do Sul e de Imbituba e a possível extinção da Santa Catarina Parcerias (SC-Par), empresa estadual que administra os administra em parceria com o governo federal.
Escolas militares
Os municípios têm prazo até amanhã para manifestarem interesse no Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Até agora, 16 Estados já aderiram ao projeto, entre eles SC. A meta do governo federal é implementar 216 escolas do modelo até 2023, das quais 54 este ano.
Proteção
Mais que providencial a iniciativa da Associação Catarinense de Imprensa de indicar o jornalista José Augusto Gayoso para ocupar a Diretoria de Defesa e Proteção da Liberdade de Imprensa. O jornalismo independente (que este espaço se orgulha de fazer) precisa de um escudo de tal porte para continuar na sua missão, já que ameaças não faltam.
Empreendedorismo
Depois de São Paulo, Florianópolis é a segunda entre 100 cidades mais populosas do país para empreender, conforme o Índice de Cidades Empreendedoras 2020, divulgado há dias. O índice resulta de sete determinantes: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora. Em terceiro está Osasco (SP), depois Vitória e Brasília.
Serviço público
Um site especializado em concursos públicos festeja a votação das leis orçamentárias de SC, Paraná e Rio Grande do Sul. Quanto a SC, comemora anúncio do governo estadual de que as áreas de educação e saúde serão as que receberão mais recursos em 2021.