Não importa o partido, farra com dinheiro público continua livre, leve a solta
Não importa o partido, farra com dinheiro público continua livre, leve a solta
- Por Raul Sartori
- 17/10/2023
- 8:00
Grande farra 1
Não importa o partido, a farra com dinheiro do contribuinte continua livre, leve e solta, como sempre. Apuração da Agência Pública revela que deputados e senadores gastaram alguns milhares de reais de dinheiro público para ir a eventos bolsonaristas em setembro e outubro. Dentre eles catarinenses. A deputada estadual Ana Campagnolo viajou para a Suíça no dia 20 de setembro acompanhada de um assessor. Custou R$ 36 mil entre diárias e passagens. No relatório descreveu o seminário como um “evento oficial” onde haveria “reunião e visita com lideranças e entidades”.
Grande farra 2
No dia 5 de outubro a deputada foi novamente à Europa para seminários em Lisboa e Madrid, a um custo de mais R$ 28 mil. O senador Jorge Seif também iria para um evento na Europa, já com passagens e seguro-viagem a um custo de R$ 40 mil do Senado. Cancelou devido às enchentes. A agência não obteve retornos dos dois parlamentares.
Grande farra 3
Divulgou-se ontem que entre 18 de setembro e 10 de outubro foram registrados 167 novos voos de autoridades federais nos jatinhos da FAB. No ano são 1.647, sem contar viagens do presidente e do vice. Em média, foram oito voos por dia em 22 dias. Revoltante.
Melhores escolas
O jornal “O Globo” publicou ontem, com exclusividade, as escolas do Brasil que obtiveram as melhores notas do último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Apenas quatro das 50 melhores são privadas. As 10 melhores de SC, pela ordem de pontuação, do 1º ao 10 lugar, são o Colégio Energia, de Chapecó; AZ Floripa, de Florianópolis; Colégio Bom Jesus Divina Providência, de Jaraguá do Sul; Colégio São Bento, de Criciúma; Associação Educacional Luterana Bom Jesus IELUSC, de Joinville; Cemap CE Mundo de Aprendizagem, de Concórdia; Colégio Consul Carlos Renaux, de Brusque; Escola Internacional de Joinville; COC Colégio Osvaldo Carvalho, de Florianópolis; e Curso e Colégio Integral, de Itajai.
Não merece mesmo
A senadora catarinense do PSD de Mato Grosso, Margareth Buzetti, merece aplausos pela autoria de projeto que não só acaba com a visita intima como aumenta as penas para casos de feminicídio, que podem chegar a até 30 anos. Homem que bate em mulher é, sobretudo, um covarde.
Diplomacia anã
Os invasores do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro foram considerados como terroristas pelo governo Lula e afins. Agora, talvez até saiba, mas não quer usar um termo menos contundente que “terrorista” para contemporizar o que o grupo Hamas fez no último dia 7 contra Israel. Incoerência, total e absoluta.
Empregabilidade
Nove em cada 10 técnicos industriais de nível médio formados pelo Senai em SC estão empregados, conforme pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Invejável.
Patrimônio cultural
Mais um produto que representa de forma inequívoca os sabores e fazeres do litoral catarinense deve se tornar patrimônio cultural imaterial de SC conforme projeto que tramita no Legislativo estadual, de autoria do deputado Emerson Stein (MDB). É a apreciada cachaça com butiá.
Adoção
O Tribunal de Justiça de SC lança nesta terça-feira o Programa “Entrega Legal para Adoção”, para atendimento à gestante ou parturiente que manifeste interesse em entregar voluntariamente seu filho para a adoção, que não é crime; é um direito das mães assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Escravidão 1
O pós-doutorando da UFSC Clemente Penna, e a professora do departamento de História Beatriz Mamigonian, integram um grupo de 14 pesquisadores da escravidão e do tráfico de africanos que subscreveram uma ação do Ministério Público Federal pedindo reparação pela participação do Banco do Brasil nos negócios da escravidão no século 19. A iniciativa repercutiu na imprensa internacional, como na rede britânica BBC.
Escravidão 2
A ação, inédita no Brasil, pretende iniciar um movimento de cobrança por reparação histórica de grandes e centenárias instituições brasileiras – estatais e privadas – que de alguma forma tenham participado ou fomentado a escravidão no país. Onze universidades estão envolvidas com os estudos.