Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Nos bastidores, TSE já admite possibilidade de adiamento das eleições de 2020

Raul Sartori

Jornalista graduado em Ciências Sociais, atua na imprensa catarinense há cerca de 40 anos - [email protected]

Nos bastidores, TSE já admite possibilidade de adiamento das eleições de 2020

Raul Sartori

Calendário
Nos bastidores do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, se fala muito sobre o adiamento das eleições deste ano, em outubro, quando, pelo calendário epidemiológico, a pandemia poderá estar arrefecida. Um levantamento preliminar indica que mantidas as condições atuais, estão inviabilizadas em algumas capitais, como Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife e Manaus.

Bolsonaro anão
O blogueiro Marcos Schettini fez uma entrevista com o ex-senador e ex-governador de SC, Jorge Bornhausen. Na resposta a uma das primeiras perguntas, sobre a existência de “um descontrole” do presidente Bolsonaro no episódio Mandetta, o “Kaiser” bateu forte no capitão: “Nas crises o tamanho do líder pode ser medido; no nosso caso, ele é anão”. Outra pergunta: com perda de apoio, é possível que Bolsonaro dê um golpe de estado? Resposta: “Não tem força para isto, excluo a possibilidade”.

Refúgio
Ao invés de Florianópolis – mais apropriadamente a praia do Campeche, no sul da Ilha de SC – o ex-craque tri-campeão mundial Paulo Cezar Caju está fugindo do coronavírus em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, na casa de um amigo, sem ver TV e noticiário.

Colapso previdenciário
A OAB-SC detectou grave colapso previdenciário durante a crise do coronavírus e está cobrando mudanças urgentes no INSS. Há, represadas para cumprimento, mais de 120 mil ordens de concessão de benefícios nos três Estados do Sul. O mais grave: são benefícios não programáveis, por incapacidade (auxílio-doença e aposentadoria por invalidez), benefício assistencial e pensões por morte. Crueldade.

Nota zero
Se os florianopolitanos esperavam que a cidade ganhasse alguma coisa com o filme, podem esquecer se isso depender da crítica especializada. “Soltos em Floripa”, lançamento da Amazon Prime, mereceu nota zero de “O Globo”, para quem é um “De férias com o ex” piorado. Integram o elenco quatro homens e quatro mulheres que assistem e comentam ação que se passa em uma casa na capital catarinense.

Promissor
O catarinense Alexandre Fernandes, 44, que após passar gravemente pela UTI curou-se de covid-19, tem sido assunto no Palácio do Planalto por dois motivos. O primeiro: ele fez parte da viagem do presidente Bolsonaro à Miami; segundo: seu tratamento foi à base de asteroides, seguido por outros 17 infectados. Desses, dez já tiveram alta.

Ringue
Os Ministérios Públicos de SC, Federal e Público do Trabalho de um lado – recomendando ao governo do estado que a retomada das atividades se sustente sobre estratégias com respaldo científico e para aplicação de sanções claras em caso de descumprimento – e de outro as poderosas federações patronais (indústria, comércio, agricultura, lojistas, etc.) exigindo o contrário de uma mesma pessoa, o governador Carlos Moisés. Nesse ringue ele parece ser o sparing, apanhando de todos.

Heróis
Este espaço tornou público algumas vezes seu sentimento de que todo professor merece respeito máximo por ser, sobretudo, um herói. Mas diante do que se vê, em todo o mundo, nestes dias de pandemia, todas as pessoas que trabalham na área de saúde são também dignas de igual e incontestavelmente merecida deferência.

Ombro amigo
A deputada federal catarinense Carmen Zanotto (Cidadania) gravita no entorno do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem pedido conselhos a ela. Diz-se, ali em volta, que se é para cair fora, é agora, no pico de sua popularidade e respeitabilidade.

Constatações
É a mais pura expressão da verdade o que se começa a ler, ou seja, que só os pobres são chamados ao sacrifício e não os ricos e milionários. Somente agora, com o covid-19, governo, os do andar de cima e mídia parecem descobrir a estrutura da pirâmide social tupiniquim. Até se fez ironia porque empregadas domésticas estavam viajando para a Disney!?

Inalcançável
Dá para imaginar o que é para dezenas de milhões de brasileiros ter que optar por um aplicativo para receber o auxílio emergencial que o governo federal está dando. Porque não começar pelos cadastros que todas as prefeituras têm e, raro exceções, extremamente confiáveis? Arrogância de tecnocratas, que imaginam, nas redomas de vidro onde trabalham, que todos têm internet.

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